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Pedra, metal e madeira

Exposición / Mul.ti.plo Espaço Arte / Rua Dias Ferreira 417/206, Leblon / Rio de Janeiro, Brasil
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Cuándo:
04 sep de 2024 - 01 nov de 2024

Inauguración:
04 sep de 2024 / 18 a 21 h.

Organizada por:
Mul.ti.plo Espaço Arte

Artistas participantes:
Luiz Zerbini
Etiquetas
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Descripción de la Exposición

Sobre rastros e riscos Fred Coelho Pedra, metal e madeira é uma exposição rara. Sua marca principal é nos colocar diante do momento em que um artista expande suas possibilidades de trabalho e assume novos riscos. Aqui, tal palavra age em seu duplo sentido: aquilo que risca a superfície dos materiais e aquilo que desloca a certeza de uma técnica em direção a um gesto lúdico de descobertas não programadas. Ao exibir um conjunto de gravuras e monotipias – feitas a partir das diferentes técnicas que dão origem ao título da exposição –, Luiz Zerbini mostra um movimento inédito na sua trajetória. São trabalhos em que o pintor consagrado pode experimentar outras frentes para sua lida cotidiana. Se na pintura Zerbini encontra seu espaço reservado, introspectivo e controlado de liberdade, ao incorporar as práticas das monotipias e gravuras no seu dia a dia, ele também incorpora uma série de experiências que resultam nesse encontro entre técnicas milenares e frescor criativo. Aqui, é importante enfatizarmos a ideia de trabalho na arte, mais do que trabalho de arte. Todas as obras expostas são fruto da relação altamente produtiva – em qualidade e quantidade – que Luiz Zerbini criou com o gravador João Sanchez. A parceria gráfica entre os dois ao redor da prensa fez com que a obra do pintor ganhasse dinâmicas inéditas. A primeira é o que o próprio chama de planificar o mundo através das monotipias, técnica que, desde 2017, fez com que Zerbini pudesse fazer da pintura um espaço tridimensional de cores e formas. Se as coisas estão no mundo para o olhar do artista, as monotipias vão além ao permitir que ele coloque a matéria da natureza junto às cores. São justamente os rastros de folhas, galhos, sementes e ramagens que se transformam em combinações impactantes de cores e camadas. Já a segunda é a perda do controle dos traços de um desenho, ao fazer sua transposição para o jogo químico entre superfícies, luzes e sombras das gravuras de metal. Afinal, cada um desses trabalhos tem seu dado imprevisível entre o plano inicial e o resultado final. A precisão do traço é duplicada no redesenho feito para a chapa de metal, instaurando o jogo entre claro e escuro que inverte a sensibilidade do senso comum a partir de tempos e reagentes que fazem as formas escaparem do esperado. Esses dois gestos – um, expandindo as possibilidades do pensamento pictórico, outro, desafiando a mão que desenha – trazem um frescor criativo que renova uma tensão fundamental na trajetória artística de quem se mantém de forma singular entre a tradição da arte e o contemporâneo do mundo. Em tempos extrativistas de chamas que, cada vez mais, nos empurram em direção a catástrofes, Zerbini consegue fazer de sua arte – seu trabalho – um espaço em que a beleza não esquece da tragédia. No atual contexto de contrastes e conflitos, rastros e riscos o interessam. Por fim, os trabalhos apresentados em Pedra, metal e madeira dialogam intimamente com o que Luiz Zerbini vem produzindo nos últimos anos de expansão da sua pintura. Sem criar falsas fronteiras, o que merece ser destacado é a forma original que ele encontra ao criar uma espécie de sístole e diástole de suas obras. As monotipias se desdobram das telas em que formas da natureza comparecem majestosas ou sutis. As gravuras, por sua vez, são desenhos e estudos que originaram algumas das poderosas telas exibidas no MASP em 2022 (me refiro aqui a “Rio das Mortes”, “Massacre de Haximu” e “Canudos – A mesma história nunca é a mesma”). Tudo em movimento, em eterna transformação e eterno retorno. Se observamos o conjunto de sua obra, conseguimos perceber uma espécie sinuosa de respiração. Pedra, metal e madeira, portanto, apresentam trabalhos que, ao mesmo tempo que movimentam gestos novos e inaugurais, também ampliam em outras direções o que já vem sendo feito com maestria. É como se estivéssemos diante de um artista cujo trabalho cotidiano e manual o libera para gestos inaugurais surpreendentes – tanto para ele, quanto para nós que, neste momento, podemos olhar nos olhos o resultado dessas surpresas.


Entrada actualizada el el 06 sep de 2024

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