Na exposição Passagens da inocência, a fotógrafa Giullia Paulinelli apresenta figuras humanas nuas, sem definir símbolos que imponham uma ideia ou pensamento, com uma nudez que não se liga a questões de pudor ou moralidade. O observador é confrontado com indícios, nada mais, com um olhar não revelado, indeterminado pelas personagens que dão as costas aos observadores.
O conceito da exposição surgiu a partir de um incômodo da fotógrafa com a banalização do corpo, da nudez. “Um assunto ainda muito presente e mal resolvido”, diz a artista. “Procuro tirar a segunda pele de pessoas comuns para mostrar um nu inocente, que sim, acredito deva ser mostrado, mas sem exageros, apenas como algo natural. Sem despertar a curiosidade no observador em relação ao nu em si, mas antes no conjunto de mistérios que compõem as cenas”, explica a fotógrafa.
A série é composta por 12 imagens que foram feitas em diversos lugares do...Brasil. Entre estes locais está uma estação ferroviária em Morretes (PR), um porto no Paraná, uma Caverna em Altinópolis (SP) e uma praia em Angra dos Reis (RJ). “Tive que me deslocar e enfrentar riscos e dificuldades que estavam presentes nas locações. A pressa e os cuidados exigidos por esses lugares marcaram todo o processo”, relata. A artista utiliza o ambiente digital e se propõe a um meticuloso trabalho de pré e pós-produção para criar composições que unem o real e o fantástico.
Giullia Paulinelli é paulistana e fotografa há oito anos. Fez cursos de Fotografia na Faculdade Panamericana de Artes e na Universidade Anhembi Morumbi, além de cursos experimentais em Nova Iorque (EUA) e Taipei (China). Participou das exposições coletivas VesTinta para Casar e Fugacidade, ambas realizadas na cidade de São Paulo em 2015.
Entrada actualizada el el 12 abr de 2017
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