Descripción de la Exposición
As Carpintarias de São Lázaro e a Associação Sonora têm o prazer de convidar para a vernissage da Exposição "Para Lá da Escuta", do artista português Gil Delindro – a sua primeira exposição individual em Lisboa – a inaugurar no dia 12 de Abril às 18h.
"O Som Liberta" é um programa da SONORA para as Carpintarias de São Lázaro, que inclui a exposição “Para lá da Escuta”, do artista português Gil Delindro – a sua primeira exposição individual em Lisboa – e ainda duas noites O SOM LIBERTA, com concertos e dj’s.
EXPOSIÇÃO | Para lá da Escuta
Para lá da Escuta, é uma exposição que transcende a esfera convencional da arte sonora, desafiando os limites da perceção auditiva e visual. Gil Delindro convida-nos a explorar a essência vibratória do som e a sua materialização no espaço físico. Ao transformar a energia acústica em matéria escultórica, propõe uma experiência multissensorial, que transcende o auditivo para alcançar o corpóreo, o tátil e o visual.
Na sua prática artística, Delindro permanece durante longos períodos em comunidades isoladas e paisagens extremas, como o deserto do Sahara, o glaciar do Rhone,ou floresta Amazónica, entre outras, para investigar as respostas sonoras efémeras que se ocultam sob as superfícies da Natureza e que revelam as camadas inaudíveis da sua essência acústica.
Delindro acredita que o ecossistema é interdependente e não pode ser fragmentado ou compreendido separadamente, mas apenas como um todo. As suas instalações são concebidas como entidades vivas, influenciadas pelo tempo, erosão, acústica e condições atmosféricas, e operam na aleatoriedade, no choque e na reação, refletindo a transformação contínua e a imprevisibilidade da Natureza.
Nascido com alta miopia, Delindro foi levado a explorar fenómenos sonoros escondidos, aprendendo sobre o mundo ao seu redor através do som, do toque e da proximidade. Essa sensibilidade levou-o a experimentar com camadas físicas mais discretas, desafiando preconceitos imutáveis sobre a natureza, como em "Fictional Forests" (2020), instalação sonora eletroacústica feita de ramos de centeio em rotação, que foi apresentada no Lisboa Soa em 2020. Sem procurar impor uma mensagem política direta, o artista aborda ecologia, bioacústica e educação social ao questionar de que formas pode a perceção humana da “Natureza” ser desafiada.