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Par ce que c'estoyt luy; par ce que c'estoyt moy

Exposición / Kubikgallery / Rua da Restauração, 6 / Oporto, Porto, Portugal
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Cuándo:
23 jul de 2021 - 04 sep de 2021

Inauguración:
23 jul de 2021 / 16:00

Precio:
Entrada gratuita

Comisariada por:
Oscar Faria

Organizada por:
Kubikgallery

Artistas participantes:
Fernando Brito, Jorge Queiroz, Manuel Vieira

       


Descripción de la Exposición

“Par ce que c'estoyt luy; par ce que c'estoyt moy." Fernando Brito e Manuel Vieira [KUBIKGALLERY] Jorge Queiroz [KUBIKULO] O título da exposição de Fernando Brito e Manuel Vieira adultera a célebre frase de Montaigne para revelar uma outra dimensão nela presente, que, à falta de melhor palavra, se pode definir com rabelaisiana, ou seja, livre de linguagem, à semelhança do estilo de Rabelais, podendo também, caso prefiram, exprimir o carácter licencioso de algumas obras mostradas, quando comparadas com os pastiches minimalistas presentes noutros trabalhos. A mostra, com curadoria de Óscar Faria, foi assim planeada a partir de uma política da amizade, neste caso entre dois artistas, que já foram um em diversas ocasiões – veja-se o exemplo de Orgasmo Carlos. Temos então pintura, desenho e escultura que, por vezes, procuram dialogar entre si, enquanto noutras situações, afirmam ostensivamente monólogos interiores ou não, uma atitude mais condizente com algumas tradições artísticas com origem nas primeiras décadas do século XX, como o surrealismo, dádá ou o construtivismo russo. Há, portanto, matéria que cobre um arco temporal que vem do século XVI até aos nossos dias, seja ela literária, pictórica ou mesmo proveniente de outras expressões culturais, como o design industrial ou a arquitectura modernista. À dupla Brito e Vieira, junta-se, a convite de todos os envolvidos neste projecto, Jorge Queiroz, que propõe para o Kubikulo, uma nova versão de “1838 Que de mots pour si peu de choses!”, uma instalação que parte da epígrafe universal com que Flaubert antecede o conto “Dança da Morte". Viagens por histórias de amigos, que potencia uma reflexão iniciada em meados de quinhentos, quando, aos 32 anos, morre La Boétie, vítima da peste. São dele as últimas palavras: “A amizade é uma palavra sagrada, é uma coisa santa e só pode existir entre pessoas de bem, só se mantém quando há estima mútua; conserva-se não tanto pelos benefícios quanto por uma vida de bondade.” Fernando Brito (Pampilhosa da Serra, 1957) Licenciado em Artes Plásticas - Pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1983). Membro convidado do grupo Homeostética (Portugal, Proença, Ivo, Vieira, Xana), membro fundador do grupo Ases da Paleta (Feliciano, Portugal, Vieira) e activo na década de 1990 com Louro, Mendes, Palma, Tabarra e Vidal. Desde 2010, a crescente curiosidade pelo chamado pensamento pós-colonial e a descoberta dos conceitos de política e de sujeito político em Rancière têm determinado que as ideias de arte como jogo político, artista como político que age por imagens, obra como jogada política, se tenham constituído em motor do seu trabalho. Manuel Vieira (Lisboa, 1962) Artista Plástico, performer e músico. Nasce em Lisboa em 1962, faz um curso de ilustração da Fundação Calouste Gulbenkian com a pintora Maria Keil e um curso de formação artistica da SNBA em 1982. Licenciou-se em Pintura pela FBAUL em 1988. Vive e trabalha em Lisboa. É co-fundador do Movimento Homeostético, com Pedro Portugal, Pedro Proença, Fernando Brito, Xana e Ivo em 1983, do grupo Ases da Paleta em 1989, do projecto O Candidato Vieira, em 2001, do colectivo Orgasmo Carlos desde 2002 e do grupo Arthomem desde 2018. Tem obras nas colecções Elídio Pinho, Museu de serralves, MATT, FLAD, Gulbenkian e EDP. É também responsável pela curadoria da casa-museu João Vieira, em Vidago. Jorge Queiroz (Lisboa, 1966) Frequentou o Ar.Co, o Royal College of Arts em Londres e ingressou em 1997 na School of Visual Arts em Nova Iorque, tendo aí residido nos seis anos seguintes. Em 2004, estabeleceu-se em Berlim. Presença nas Bienais de Veneza em 2003 e São Paulo em 2004 (a convite dos comissários Francesco Bonami e Alfons Hug, respectivamente). Em 2006 participou na 4a Bienal de Arte Contemporânea de Berlim (Alemanha) e em 2016 na Bienal de Rennes (França). Expôs em instituições como o Centre Georges Pompidou (Paris, França), o MUDAM (Musée d’Art Moderne-Duc Jean, Luxemburgo), o Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto), Palais de Tokyo (Paris, França), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), o FRAC Île-de-France Le Plateau (Paris, França), o Museu Walhof (Bielefeld, Alemanha), a Fundação Carmona e Costa (Lisboa), o Museum Boijmans Van Beuningen (Roterdão, Países Baixos), o FRAC Haute-Nor- mandie (Sotteville-lès-Rouen, França), o Pavilhão Branco do Museu de Lisboa e a Galeria Zé dos Bois (Lisboa). Queiroz tem uma vasta presença em coleções particulares e institucionais, tais como o MoMA, Centre Georges Pompidou, a Coleção MAAT/EDP, o SFMOMA (Museu de Arte Moderna de São Francisco), a Fundação de Serralves, a Fundação Calouste Gulbenki- an, o FNAC (Fonds National d’Art Cotemporain), a FLAD (Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento), a Coleção Caixa-Geral de Depósitos, o Deutsche Bank, a Fundação PLMJ, a Fundação Carmona e Costa, a Coleção de Arte Contemporânea do Estado Português, o Carré d’Art Musée d’Art Contemporain, (Nîmes, França), a CaixaFórum (Espanha), o Banco Privado Português, La Banque Postale (França), a Fundação Ilídio Pinho, o FRAC Haute-Normandie (França), a Fundación Helga de Alvear (Espanha), a Coleção Oberrauch-Zitt (Bolzano, Itália), a Coleção Per Amor a l’Art (Valencia, Espanha), a Coleção Daniel et Florence Guerlain (França), entre outras.


Entrada actualizada el el 16 jul de 2021

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