Descripción de la Exposición
A Galeria Luisa Strina tem o prazer de apresentar a primeira exposição individual da artista e ativista Panmela Castro, reunindo obras produzidas no último ano e que vão da performance à pintura, passando por suportes tradicionais e mídias pouco ortodoxas.
Autora de uma obra confessional e autobiográfica, Panmela começou sua trajetória nas quebradas do subúrbio carioca. Nos últimos anos, seu trabalho alcaçou repercussão internacional não apenas no sistema da arte, como também meio a setores que lutam pelos direitos humanos de grupos historicamente marginalizados e periféricos - o que diz respeito a sua própria biografia.
Há dez anos fundou a rede Nami, um projeto de conscientização crítica pela arte e contra violência de gênero. Suas atividades multidisciplinares já a levaram para congressos internacionais, instituições de arte contemporânea e eventos de cultura urbana diversos pelo mundo. Um exemplo disso é o documentário “We Are One” (2020), do diretor Stéphane de Freitas, produção francesa do Netflix.
Ostentar é estar viva traz a experimentação estética de Panmela Castro e o impulso social de suas ações. A exposição se apresenta como uma grande narrativa de encontros, rituais e processos de transformação. Uma constelação que fala de relações de confiança e correntes de cuidado.
Além de muitas pinturas, entre retratos e telas abstratas, há objetos em bronze, espelho, madeira, neon, jóias, bibelôs, pixo, stories de redes sociais, print-screens, video... Uma profusão de suportes e visualidades que retratam vivências da artista com pessoas de diferentes círculos, durante o processo que originou a mostra. Portanto, esta individual não diz só sobre a autora. O discurso de soberania sobre si própria se materializa em obras de arte protagonizadas por imagens dessas outras pessoas, habitantes da exposição.
Com curadoria de Daniela Labra, Ostentar é estar viva é uma mostra auto-referente e midiática, inspirada em visualidades Gangstar, espiritualistas, queer, digital, acadêmica, da pixação e outras. Seus trabalhos e ambientes incorporam a multiplicidade complexa da cultura contemporânea, juntando à estética do agora relatos e existências que se afirmam no mundo de modo político, original e apaixonado.
SOBRE A ARTISTA
Nasceu em 1981, Rio de Janeiro, Brasil.
Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
Originalmente pichadora do subúrbio do Rio, Panmela Castro interessou-se pelo diálogo que seu corpo feminino marginalizado estabelecia com a urbe, dedicando-se a construir obras a partir de experiências pessoais, em busca de uma afetividade recíproca com o outro de experiência similar. O cerne das inquietações da artista é descrito por ela como “alteridade e pertencimento: o trabalho é sempre sobre o amor, sobre a relação com o outro, é sobre a minha existência vivenciada a partir da existência do outro”. Sua obra já foi exposta em museus ao redor do mundo, como o Stedelijk Museum em Amsterdã, e faz parte de importantes coleções. Recentemente, seu trabalho passou a integrar o acervo do Institute of Contemporary Art (ICA- Miami) e a Jorge M. Pérez Collection. Sobrevivente de violência doméstica, Panmela desenvolve há quase 20 anos, projetos de arte e educação para conscientizar sobre os direitos das mulheres, especialmente por meio da Rede NAMI - associação criada por ela.
A artista foi indicada ao Prêmio Select Arte Educação, e ao Prêmio Pipa em 2020. Figurou na lista ‘The Next Generation of Activists Making a Difference’, W Magazine, em 2016; foi nomeada ‘Young Global Leader’, no World Economic Forum, Davos, Suíça, em 2013; recebeu o DVF Award, The Diller - Von Furstenberg Family Foundation, Nova Iorque, EUA; e fez parte da lista ‘150 Women That Are Shaking The World’, Newsweek Magazine, em 2012.
Exposições recentes incluem: O Canto do Bode, Comporta, Escrito no Corpo, Tanya Bonakdar, Enciclopédia Negra, na Pinacoteca do Estado de São Paulo; ‘Rua’, Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro, ‘Ocupação Lavra’, Centro de Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, em 2020; ‘Aparelho’, Maus Hábitos, Porto,’Exposição Grau 360’, Museu da República, Rio de Janeiro, ‘Palavras Somam’, Museu de Arte Brasileira da FAAP, São Paulo, em 2019; Street Type”, Caixa Cultural DF, Brasília, em 2018; Frestas Trienal de Artes”, Sesc Sorocaba, Sorocaba, ‘Urban Nation Museum Permanent Collection’, Urban Nation Museum, Berlin, em 2017, entre outras.
Entre as coleções que possuem seu trabalho estão: Museu de Arte do Rio (MAR), Museu da República, Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (FUNARJ), Espaço Furnas Cultural, Furnas Centrais Elétricas, no Rio de Janeiro; Pinacoteca do Estado de São Paulo, MAB FAAP, Museu de Arte Brasileira Armando Álvares Penteado, em São Paulo; The United Nations Art Collection, ONU Mulheres, Museu da Câmara dos Deputados, em Brasília; Institute of Contemporary Art MIAMI (ICA), EUA; Stedelijk Museum, Amsterdan, Holanda; IDB Art Collection - Inter-American Development Bank (IDB) - Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Urban Nation Museum, Berlim, Alemanha.