A escultura nasce nesse momento em que o ser e o estar da obra se unificam na matéria: ser de tempo, estar de espaço nas prefigurações da matéria que o gesto transforma. Um corpo habita outro corpo e tudo acontece. Mas a criação poética não se pode explicar: ela é um enigma, sempre uma vertigem. Sei apenas que o meu corpo é o corpo árvore, o corpo rocha, o corpo rio, o corpo terra transfigurado em obra. Transporto significados e dou-lhes múltiplos sentidos no suceder das metamorfoses. (?) Sei apenas que estas esculturas têm a ver com o meu corpo, com tudo o que ele sabe do universo, física, mental e subtilmente.
Pegar na montanha, na árvore, moldá-las em matéria arte e inscrever nela os gestos da memória do corpo sobre a terra ? todos os caminhos, todas as viagens, todas as mudanças, todos os saberes,
... todas as inquietações? Se imagino sobre as revelações das matérias da terra, logo me habitam miríades de sensações: as que me antecederam no nascimento, as que vivi desde o primeiro gesto, as que refleti sobre os sentidos da vida e da existência e que tomaram formas de escultura? Evoco memórias de mutações de sucessivas vivências com a matéria, tempos de anamneses transformados agora em tempos de criação, como consciência de identidade da forma/ação do corpo.Alberto Carneiro
Entrada actualizada el el 26 may de 2016
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