Descripción de la Exposición
Noemi Iglésias (1987), Caio Marcolini (1985) e Job Sanchéz (1979) são artistas provenientes de diferentes lugares, residentes temporários em múltiplos países, com formações muito distintas, meios e processos de produção artística muito diversos que, contudo, pela sua obra se aproximam pela presença de formas orgânicas, vivas, desde as flores de porcelana de Noemi às geometrias desdobradas em avanços sucessivos das formas circulares em madeira ou papel de Job ou aos arames entrelaçados de forma padronizada que formam a base estrutural dos organismos de Caio. Um denominador comum parece ser a predominância da forma circular e a mutabilidade real (ou sugerida) em todas as obras.
Citando Caio Marcolini, acerca do seu trabalho “ … o arame maleável é então usado para formar sistemas que se assemelham a rizomas e a outras estruturas orgânicas como os complexos labirintos do interior dos formigueiros. Por sua própria natureza de quase bordado, a trama de metal assemelha-se a um emaranhado de linhas e as esculturas parecem por vezes criar um lugar fronteiriço entre o bi e o tridimensional, como se a linha do desenho se tivesse descolado do plano e saltado para o espaço …”. A instalação variável das obras realça a sua natureza ambígua e mutável.
Noemi, sobre o seu trabalho agora apresentado, flores em porcelana diz “…que faz uma crítica à actual mercantilização do enamoramento e das relações afectivas onde os padrões emocionais são socialmente assumidos como ícones de consumo na produção de uma utopia romântica onde as experiências sentimentais se expressam através de produtos fabricados por indústrias específicas, aproveitando emoções para desenvolver estratégias consumistas…”; e que dizer, neste contexto, da coincidência, do “acaso” de Caio Marcolini dividir o seu trabalho entre o design de jóias (por tradição, os objectos de luxo que são símbolos materiais e duradouros da expressão e assunção dos afectos) e a produção das suas esculturas?
Job apresenta também obras de configuração escultórica mas sempre ligadas à parede, que insistem em continuar com a prática da pintura, ora materializada sobre relevos de madeira, ora sugerida pelo uso de cartolinas coloridas, explorando a forma circular que se desdobra de modo incessante ao longo das obras que constrói.
Assim, a reunião entre estes três artistas nesta exposição “ O que deixou a alegria florescer” será certamente, mais que um acaso, um encontro entre rectas paralelas."
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España