Descripción de la Exposición
O Centro Cultural dos Correios de São Paulo recebe a partir do dia 03 de maio de 2022 (terça-feira), às 15h a exposição coletiva O encontro é um lugar impossível com curadoria de Allan Yzumizawa. O evento é inédito e presencial, e estará aberto gratuitamente para visitação até 10 de junho de 2022. A exposição apresenta obras dos artistas:
Alan Oju, Ana Takenaka, Angerami, Antonio Pulquério, Carlos Carvalho, Cristian Psedks, Dani Shirozono, Eduardo Amado, Erica Sanches, Gabriel Torggler, Guilherme Borsatto, Gustavo Salvatore, Jeff Barbato, Julie Dias, Lucas Souza, Marcio Amâncio, Marisa Martins Carvalho, Raquel Fayad, Soraia Dias, Sylvia Sanchez, Thiago Goya, Vera Parente, Wesler Machado Alma e Yohana Oizumi.
TEXTO CURATORIAL
Allan Kaprow, em seu texto O legado de Jackson Pollock (1958), prevê uma mudança no modo de operar a criação de trabalhos de arte, trazendo como objeto de investigação, a própria banalidade do cotidiano. De certa forma, essa afirmação, já seria um presságio amparado pelos ready-mades de Duchamp, que levado ao extremo, transbordaria as preocupações dos objetos artísticos para a sua desmaterialização, além da exploração do corpo (performance), espacialidade (instalação), virtualidade (arte conceitual, arte digital), etc. Para as artes visuais, as Neo-vanguardas – termo utilizado pelo crítico norte-americano, Hal Foster – amplia o gesto artístico (que anteriormente preso à bidimensionalidade da pintura e a tridimensionalidade do monumento), oferecendo uma maior variedade de pesquisa e experimentação. É a partir dessas perspectivas, que se situa a exposição coletiva O encontro é um lugar impossível, partindo da heterogeneidade de pesquisas artísticas possibilitadas pelo tempo histórico que vivemos.
Composta por 24 artistas localizados no estado de São Paulo, o conjunto de obras apresenta uma heterogeneidade em suas produções, evidenciando segundo o termo do filósofo Jacques Rancière, dissensos. Estes desencontros (na ordem do sensível) são como metáforas do nosso tempo, que cada vez mais, se distancia de encontros divergentes da espacialidade pública e física. Com a virtualização dos nossos afetos, e das nossas atividades – das quais foram potencializadas pelo período da quarentena devido à pandemia do COVID-19 – houve um processo de nichificação, pela qual os algoritmos sustentam uma espacialidade a partir dos seus iguais. Como exemplo, as notícias, as ideias, e as imagens que circulam nas telas individuais, sempre serão congruentes com a crença de cada indivíduo. Já sentimos os efeitos colaterais dessa forma de configuração social na polarização política presenciada nas últimas eleições. De certo modo, o ser humano desaprendeu a conviver com o desacordo, com o dissenso – de modo que buscamos somente com os nossos iguais.
A física diz que a matéria nunca pode se encontrar. Isso porque os átomos – as menores partes de um elemento– nunca se encostam, ao mesmo tempo em que ambos trocam sua energia (elétrons) um com o outro. A exposição coletiva O encontro é um lugar impossível, apresenta a divergência e o conflito como potência, de modo que se posiciona em direção oposta ao que os algoritmos tendem a reunir; apresenta um leque de possibilidades de técnicas, temáticas que a contemporaneidade na arte possibilitou explorar.
Allan Yzumizawa
curador convidado
Exposición. 17 dic de 2024 - 16 mar de 2025 / Museo Picasso Málaga / Málaga, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España