Descripción de la Exposición
A Galeria Quadrado Azul tem o prazer de apresentar uma nova exposição de Hugo Canoilas com Antónia Labaredas. A exposição é composta por uma instalação desenhada para o espaço da galeria, novas pinturas de Hugo Canoilas produzidas com anilinas sobre linho e um conjunto de peças em cerâmica de Antónia Labaredas.
A camada monocromática que toma o espaço da exposição traz consigo um conjunto informe de objectos rejeitados, obsoletos. Assemelhando-se ao fundo de um rio que acolhe estes objectos de cores incógnitas, o cenário carrega a projecção latente de um futuro pós-apocalíptico, das lamas tóxicas que vertem de um qualquer depósito, numa qualquer central nuclear.
A sala converte-se num ponto de intersecção em que visível e invisível se tocam e contaminam através de uma metamorfose violenta, quase animal no modo como as suas cores saturadas nos ferem. Essa transformação acontece como um ritual de passagem do cenário pós-apocalíptico para uma zona informe que se entreabre com as nossas projecções, de forma a rebater um futuro pré-determinado ou mesmo uma ausência de futuro.
Os objectos e pinturas contrariam a colonização do futuro que o plano monocromático produz. Passamos de um olhar animal - que olha para baixo, para os objectos sobre o chão que pisamos - para um olhar mais humano - que olha para as pinturas e esculturas que, pela sua natureza, se propõem como receptáculos para as projecções daquele que vê.
Os animais e a flora que encontramos evocados nestas obras, sobretudo os elementos do fundo do mar, parecem ter o valor de uma parte desconhecida de nós, uma zona submersa mas ainda povoada. O fundo do mar, ou a natureza dada aqui como novo, evoca metaforicamente um turbilhão de incertezas que nos assolam do ponto de vista social, político, ecológico e tecnológico. São uma chamada para o interior, um regresso às nossas possibilidades, libertando-nos das narrativas impostas exteriormente que hipotecam o futuro e suspendem o presente.
Hugo Canoilas
Lisboa, Portugal, 1977. Vive e trabalha em Viena, Áustria.
A obra de Canoilas tem sido integrada em exposições colectivas como a XXX Bienal de São Paulo (2012), When elephants come marching in, no Centro De Appel (2014), Meanwhile what about Socialism?-AV Festival,Workplace Gallery, Gateshead, a IV Industrial Ural Biennial, Ekaterinburg (2017) e Publishing as an artistic toolbox:1989-2017 na Kunsthalle Wien e Futuro, no ARCO Madrid (2018). Apresentações individuais do seu trabalho incluem Vota Otávio Pato na Frankfurter Kunstverein (2007), Endless Killing, no Centro de Arte Contemporâneo Huarte, (2008), Spirit of the air, Wiener Art Foundation, Viena (2013) Someone a long time ago now, Cooper Gallery, Dundee (2015) e Debaixo do Vulcão, MNAC- SONAE Art Cycles, Lisboa (2016).
Antónia Labaredas
Évora, 1979. Vive e trabalha em Caldas da Rainha, Portugal.
As obras de Antónia Labaredas foram apresentadas em 2017 nas exposições Incerta Desambiguação, Zaratan, Lisboa; Guimarães Noc Noc 7, Guimarães; Factor Cavalo - Emergências e fulgurações vernaculares na prática artística contemporânea, Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira; Art+feminism Edit-a-thon, Colectivo MIO, Espaço Concas, Centro de Artes de Caldas da rainha (2017); Guimarães Noc Noc 4, Hive, Guimarães e Cuidado com o Cão, Electricidade Estética, Centro de Artes de Caldas da Rainha (2014); Na senda da raposa - projecto colectivo para “rádio Bandolim” de “Pizz Buin”, XV Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira e Celebração das Caldas às Caldas MIO”, performance musical, colectivo MOTOR, Inferno da Azenha, Caldas da Rainha (2008).
Exposición. 17 dic de 2024 - 16 mar de 2025 / Museo Picasso Málaga / Málaga, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España