Descripción de la Exposición
Now it is Light, com curadoria de Sofia Lemos, inaugura na Galeria Boavista no próximo dia 25 de janeiro às 18h30. Envolvendo práticas artísticas que abordam o “geocosmos” como um agente em movimento, a exposição reúne trabalhos dos artistas Amélie Bouvier, Ana Manso, Ana Mazzei, Andreia Santana, Bernard Lyot, Davide Zucco, Elias Heuninck, Ester Fleckner, Haris Epaminonda, Jeronimo Voss e Pedro A.H. Paixão, muitos deles mostrados pela primeira vez em Portugal.
Inspirada na demanda de um astrónomo convertido em geólogo mineiro por matéria radiante, esta exposição explora a ebulição cósmica através de uma trama política, científica e narrativa. Enquanto as efusões cósmicas são progressivamente mediadas sob a forma de bens e ativos, metais e minerais permanecem capturados em delimitações políticas e corporativas. E ainda assim, encrostados na superfície planetária como registros sedimentares, estes elementos evidenciam-se em diversas posições artísticas que os reclamam em contínua emergência. De título homónimo ao poema de 1955 de Frank O’Hara e de forma a evidenciar processos e manifestações, Now it is Light ficciona a luminescência do mundo enquanto substância narrativa para interrogar o pulsante encontro entre a observação astronómica e as economias de extração.
Esta exposição apresenta trabalhos de imagem em movimento, desenho, instalação e contribuições de arquivos científicos que investigam a luminosidade do mundo, ou as qualidades através das quais a luz se contrai, reflete, refrata, difrata ou atravessa sem afetação aparente a verticalidade do tempo “geocósmico”. Da perenidade do plano astronómico à acelerada cadência da extração de recursos, Now it is Light é um espaço de materializações inanimadas, de metais, minerais e estrelas cuja magnitude é apenas parcialmente apreendida.
Uma apresentação complementar de investigação curatorial e de materiais de arquivo reunirá referências de levantamentos astronómicos, geológicos e económicos que existem como ponto de partida desta exposição. Uma publicação a ser editada incluirá um ensaio visual de Coco Piccard, e um prefácio curatorial sob a forma de ensaio abordando a emergente inseparabilidade entre as contribuições artística e arquivística. Now it is Light é comissariada por Sofia Lemos, com o apoio da EGEAC – Galerias Municipais – Open Call para Jovens Curadores 2016.
Amélie Bouvier (1982, França) vive e trabalha em Bruxelas. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Museo Patio Herreriano, Valladolid; e Carpe Diem, Arte e Pesquisa, Lisboa; bem como em numerosas exposições coletivas: Plataforma Revólver, Lisboa; Verbeke Foundation, Kemzeke; 16ª Bienal Internacional de Arte de Cerveira; e 6ª Bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe. Obteve os prémios: Hors d’OEuvre, ISELP; e Best Emerging Artist, Just Mad Fair. Bouvier é cofundadora do projeto de investigação “Uncertainty Scenarios” no EfRS Enough Room for Space, Bruxelas.
Ana Manso (1984, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: art3, Valência; Museu de Serralves, Porto; Uma certa falta de coerência, Porto; bem como em numerosas exposições coletivas: Futura Centre for Contemporary Art, Praga; Ar Sólido, Lisboa; Palazzo Milio, Ficarra; Fondazione Rivolidue, Milão; Museo Di Capodimonte, Nápoles; Plataforma Revólver, Lisboa; Spike Island, Bristol; e Museu da Eletricidade da EDP, Lisboa.
Ana Mazzei (1979, Brasil) vive e trabalha em São Paulo. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Saludarte Foundation, Miami; Pivô, São Paulo; CCSP, Centro Cultural São Paulo; e La Maudite, Paris; bem como em numerosas exposições coletivas: Sesc_Videobrasil 20, São Paulo; CAC, Vilnius; 32ª Bienal de São Paulo; Sunday Painter, Londres; BFA Boatos, São Paulo; Fondación Rac, Madrid; Museu de Arte Brasileira/Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, entre outros. Mazzei é docente no Istituto Europeo di Design São Paulo.
Andreia Santana (1991, Portugal) vive e trabalha em Lisboa. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais no Museu de Serralves, Porto; bem como em numerosas exposições coletivas: Old School, Lisboa; MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, Lisboa; Zaratan – Arte Contemporânea, Lisboa. Santana obteve o Prémio Revelação do Novo Banco, bem como as residências: Residency Unlimited, Nova Iorque; Panal 360, Buenos Aires; Mieszkanie Gepperta, Breslávia; e Gasworks – Triangle Network Hangar, Lisboa.
Bernard Lyot (1897-1952) foi um astrónomo francês que trabalhou no Observatório Meudon em Paris. Em 1939, utilizando o seu cornógrafo e filtros captou as primeiras imagens em movimento de proeminências solares e da coroa sem ser numa situação de eclipse total do sol. No mesmo ano foi eleito membro da Academia de Ciências e galardoado com a Medalha de Ouro da Real Sociedade de Astronomia em Inglaterra.
Davide Zucco (1981, Itália) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho foi apresentado em exposições individuais: NURTUREart, Nova Iorque; bem como em numerosas exposições coletivas: Fondazione Bevilacqua La Masa, Veneza; ARCOS, Benevento; State Institute of Sofia, Bulgária; Museo de la Ciudad de México, Cidade do México; Jaus, Los Angeles; e Katzen Arts Center, Washington, D.C. Zucco participou das residências: Lower Manhattan Cultural Council’s Process Space, Nova Iorque; ISCP, Nova Iorque; e Bevilacqua, La Masa, Veneza.
Elias Heuninck (1986, Bélgica) vive e trabalha em Ghent. O seu trabalho foi projetado no IFFR, International Film Festival Rotterdam; Beursschouwburg, Bruxelas; e iMAL, Bruxelas, entre outros. Desde 2015 Heuninck sustem uma colaboração com Sofia Lemos e numerosos investigadores e instituições artísticas e científicas em Bruxelas sobre o astrónomo belga Jean-Charles Houzeau de Lehaie. Os seus filmes são distribuídos por August Orst e Werktank.
Esther Fleckner (1983, Dinamarca) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Malmö Konsthall; Overgaden Institute of Art, Copenhaga; bem como em numerosas exposições coletivas: Kunstnernes Hus, Oslo; KH7 Artspace, Aarhus; Schwules Museum, Berlim; LWL – Museum für Kunst und Kultur, Münster; National Art Museum of Ukraine, Kiev; Latvian Centre for Contemporary Art, Riga; e Dalian Art Museum, Liaoning Sheng, entre outros. Fleckner obteve o Art Brussels Solo Prize.
Haris Epaminonda (1980, Chipre) vive e trabalha em Berlim. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: FRAC Île-de-France, Paris; Point Centre for Contemporary Art, Nicósia; Modern Art Oxford; Kunsthaus Zürich; e Museum of Modern Art, Nova Iorque, entre outros; bem como em numerosas exposições coletivas: Hammer Museum, Los Angeles; Fondazione Prada, Milão; Museu de Serralves, Porto; Hamburger Bahnhof, Berlim; e Kunsthalle Lissabon, Lisboa, entre outros. Epaminonda correpresentou Chipre na 52ª Bienal de Veneza e participou na dOCUMENTA 13.
Jeronimo Voss (1981, Alemanha) vive e trabalha em Frankfurt am Main. O seu trabalho tem sido exibido em exposições individuais: Stedelijk Museum Bureau Amsterdam; Bielefelder Kunstverein; e MMK Museum für Moderne Kunst Frankfurt am Main; bem como em numerosas exposições coletivas: FACT Liverpool; Clark House Initiative, Bombaim; Haus der Kulturen der Welt, Berlim; Fondazione Nicola Trussardi, Milão; e Secession, Viena, entre outros. Voss participou na dOCUMENTA 13 e é docente no Art Institute HGK FHNW Basel.
Pedro A. H. Paixão (1971, Angola) vive e trabalha em Milão. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais: Fundação Carmona e Costa, Lisboa; Ar Sólido (com Catarina Dias), Lisboa; Museu do Dinheiro, Lisboa; bem como em numerosas exposições coletivas: Centro de Arte Manuel de Brito, Lisboa; Centro Internacional de Artes José de Guimarães, Guimarães; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; e Centro Cultural de Belém, Lisboa. Paixão é editor, tradutor e fundador do projeto editorial disciplina sem nome para a editora Documenta.
Sofia Lemos (1989, Portugal) vive e trabalha em Berlim e no Porto. Atualmente é curadora associada da Galeria Municipal do Porto, tendo recentemente trabalhado como investigadora associada na Haus der Kulturen der Welt, Berlim e como coordenadora do programa público da Contour Biennale of Moving Image 8. Anteriormente, coordenou projetos de investigação artística com o Massachusetts Institute of Technology e com o Max Plank Institute, e esteve envolvida na investigação e preparação de exposições e publicações em várias instituições, incluindo Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; CCA Singapore; PRAXES, Berlim; The David Roberts Art Foundation, Londres; e MACBA, Barcelona. Lemos é cofundadora (com Alexandra Balona) de PROSPECTIONS for Art, Education and Knowledge Production, uma assembleia peripatética de investigação em artes visuais e performativas, e editora associada da publicação Drawing Room Confessions. Escreveu textos para vdrome, art-agenda, …ment, e Archis/Volume, entre outros.
No âmbito do Open Call Jovens Curadores lançado pela EGEAC - Galerias Municipais em 2016, com o objetivo de acolher, divulgar e apoiar a produção e pensamento artístico contemporâneo na cidade de Lisboa, e reforçar a importância dos jovens curadores como agentes de mediação junto das novas gerações de artistas, a Galeria Boavista acolhe os quatro projetos curatoriais vencedores. As participações anteriores envolveram Alejandro Alonso Diaz, Sara De Chiara e Inês Geraldes Cardoso. A edição final acolhe Sofia Lemos.
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