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No plan for Japan

Exposición / Museu do Oriente - Museu Fundação do Oriente - Galeria Nascente / Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
05 nov de 2021 - 13 feb de 2022

Inauguración:
04 nov de 2021 / 18:30

Organizada por:
Museu do Oriente - Museu Fundação do Oriente

Artistas participantes:
Ana Aragão

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Dibujo  Dibujo en Lisboa 

       


Descripción de la Exposición

No Plan for Japan é uma exposição desengonçada, com a falta de coerência que interrupções inesperadas, viagens canceladas e muitas mudanças de plano foram causando. Recorre-se mais à imaginação do que à memória na construção deste projecto composto principalmente por ensaios de arquitectura de papel — talvez ilustrações, decididamente desenhos. O Japão, define Roland Barthes com exactidão, é um sistema de traços. O Japão é um lugar eminentemente gráfico, contudo ilegível. Um problema intransponível: como construir novas narrativas gráficas a partir do expoente máximo do gráfico? Muitas tentativas, todas lost in translation. Não se traduz aquilo que não se compreende e quem lá foi sabe que o Japão não é um conjunto de ilhas, é outro planeta. No Plan for Japan é composta por seis colecções: Blind Dates: encontros insólitos dão origem a megaestruturas que deliraram depois de engolirem a cidade. Sem contexto, são uma espécie de contentores de tudo — welcome to non-sense. Forever Lost: espécie de teoria sobre as relações, a fragilidade, a complexidade, a transitoriedade, a imperfeição, a fugacidade, a durabilidade e outros conceitos não listáveis. Fictions: casas voadoras, estruturas instáveis, kurofunes impossíveis, cidades de bambu, edifícios origami e outras ficções que passaram diante da folha de papel. Quem as fixou aplicou filtros, duplicando a imagem. Há sempre pelo menos duas versões da mesma história. Kanji: o preto sobre o branco em traços tão rigorosamente dispostos quanto aleatórios. Pequenas fantasias e Tóquio invadida por enigmáticos Kanji gigantes. Could happen. The Metabolic Ones: narrativas distópicas que reinventam a Nakagin Capsule Tower (Kurokawa, 1972) e o Centro de Imprensa e Difusão Shizuoka (Tange, 1967). O Metabolismo Japonês foi certamente o mais genial desfecho do Movimento Moderno, contudo é sempre a Cidade que triunfa sobre os Movimentos. Obi: uma sequência acerca da impossibilidade da repetição: unidades com anterioridade dividem temporariamente o infinito. Não importa se estamos perante planos urbanos, dentro de um game center ou apenas perante padrões. Assume-se a polissemia. No Plan for Japan é composta por seis colecções e alguns desvios, coisas encontradas e logo perdidas, como as gémeas de “Kyoto”. Conseguir planear tudo ao pormenor seria de facto japonês. Este olhar é de alguém que perdeu a viagem e ficou no aeroporto à espera, até à data de regresso, a desenhar traços como quem conta o tempo. O esforço não foi encontrar o Japão, tarefa falhada à partida, mas antes não o perder para sempre. Como a frase mais comovente de "Tokyo Story": If we got lost, we’d never find each other again.


Entrada actualizada el el 25 oct de 2021

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