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Não Consigo Respirar

Exposición / Fundação Marcos Amaro / Rua Padre Bartolomeu Tadei, 09 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
Desde 11 dic de 2021

Inauguración:
11 dic de 2021

Comisariada por:
Claudinei Roberto da Silva

Organizada por:
Fundação Marcos Amaro

Artistas participantes:
Sergio Adriano H

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

Em 11 de dezembro de 2021, a Fábrica de Arte Marcos Amaro – FAMA Museu, abre a exposição “Não Consigo Respirar” de Sérgio Adriano H., com curadoria de Claudinei Roberto da Silva, contemplado no Edital FAMA Museu 01/2021. “Por todo o mundo casos de racismo são recorrentes e aparecem nos noticiários de jornais. No Brasil diariamente há casos de famosos ou não sofrendo essa violência que maltrata e mata pessoas pretas 24 horas por dia. A questão fundamental é: como estamos nos posicionando no Brasil/mundo ontem, hoje e amanhã contra o RACISMO? Você precisa saber: seu silêncio mata! É preciso investigar o passado histórico colonialista escrito por homens brancos e anular os apagamentos propositais da construção da cultura/imagem negra no Brasil, uma história que meus antepassados não participaram com palavras, mas sim com mão de obra forcada na escravidão que ainda não acabou. Simplesmente se transformou. Negros como eu, nascem sem voz, sem ouvir, sem poder pensar, pelo simples fato de ser “preto”. Um corpo sem direito à palavra. O Projeto “Não Consigo Respirar” procura discutir sobre o racismo que é invisível. Somente é sentido pela vítima, pela pessoa em questão. Invisível para muitos, visível para todos os negros, índios, pardos e todos os outros que não estão dentro do estereótipo de uma sociedade enraizada em questões de beleza, etnia e cor de pele. O preconceito está embutido em falas habituais do cotidiano, “serviço de preto”, “preto de alma branca”, “branco de alma preta”. O filósofo Franklin Leopoldo e Silva ressalta que “singularidades raciais e culturais devem ser comparadas, para ressaltar o sentido da diversidade”. Existirá um momento em que uma criança, ao voltar da escola, não indagará mais o pai sobre o motivo do colega de classe ter sido hostilizado, pela cor de pele. Nos Estados Unidos, embora sejam 13,4% da população, os negros correspondem a 60% das mortes ocorridas, segundo estudos. Segundo a CPI do Senado sobre o Assassinato de Jovens de 2016, no Brasil todo ano, 23.100 jovens negros de 15 a 29 anos são assassinados. São 63 por dia. Um a cada 23 minutos. Os dados são baseados nos números do Mapa da Violência, realizado desde 1998 pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz a partir de dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. O Atlas da Violência de 2019 aponta que 75% das vítimas de homicídio no País são negras. Essa proporção é a mais alta da década, segundo estudo do Ipea e do Fórum Brasileiro de Segurança divulgado dia 10/09/2019. Assassinato é causa de metade das mortes de jovens. Logo, um racismo estrutural é espelhado na postura e na abordagem da polícia brasileira/USA, evidenciada e debatida neste momento pelas mortes de George Floyd, um homem negro, morto por um policial branco nos Estados Unidos, e de João Pedro, adolescente de 14 anos, morto dentro de casa ao ser baleado em operação policial, em São Gonçalo (RJ). As duas violências demonstram o racismo invisível e mortal, levando a uma contestação no Brasil e no mundo. Ao buscar discutir Corpo, Palavra, Fé e Sociedade, procura-se, a partir da arte, evocar aspectos do pensamento e indagações no que se refere à Verdade, Colonialismo, Racismo Estrutural e Descolonialismo. Essas indagações se desdobrarão em outras questões filosóficas, pois não basta apenas responder, é necessário também dar vazão a diversos outros questionamentos que se desenvolvem sobre o prisma da arte e da vida. Neste postulado, amplia-se o olhar sobre o que é apresentado: racismo, gênero, preconceito e paradigmas, em que o falso é tomado pelo verdadeiro. Cada vez mais estamos mais informados, porém com menor ganho de conhecimento, pois não somos educados para formular perguntas, mas sim, para responder perguntas. Portanto, o projeto “Não Consigo Respirar” busca o diálogo com o espectador, a comunidade, os estudantes sobre a igualdade entre os homens, tornando visível o que está Invisível. Uma analogia ao isolamento da dor do preconceito – dor da dor. Um diálogo sobre o ser humano na sociedade, aquilo que não se deseja olhar – a morte social por meio do preconceito. Morte que não é só física, mas moral e diária. Não basta não ser racista, sejamos antirracistas.” Trechos do texto do Projeto “Não Consigo Respirar”, de Sérgio Adriano H. ------------------------------------- Sérgio Adriano H. – Joinville SC – 1975. Artista visual, performer e pesquisador. Vive e produz em Joinville e São Paulo. Formado artes visuais e mestre em filosofia. Selecionado em 2014 como um dos 30 artistas mais influentes de Santa Catarina, tendo sua biografia incluída no livro Construtores das Artes Visuais: Cinco Séculos de Artes em Santa Catarina. Claudinei Roberto da Silva é artista visual e curador formado em Educação Artística pelo Departamento de Arte da Universidade de São Paulo. Em 2002 foi bolsista de Iniciação Científica do CNPq; em 2011 foi bolsista do “International Visitor Leadership Program” (Departamento de Estado do Governo dos EUA).


Entrada actualizada el el 25 feb de 2022

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