Descripción de la Exposición
No dia 5 de maio, quinta-feira, das 17h às 21h, a Referência Galeria de Arte inaugura a mostra “Nenhum poema brota de uma terra desperdiçada”, do artista visual Gê Orthof, com curadoria e expografia de Marília Panitz. Em sua primeira individual em seis anos em Brasília, o artista apresenta dioramas, aquarelas e poemas originais gravados em placas de metal produzidas a partir de uma residência artística realizada no Rio Grande do Sul. No dia 7 de maio, sábado, às 11h, o artista participa de uma Conversa aberta ao público com o poeta e pesquisador Murilo Moscheta. A mostra fica em cartaz até o dia 9 de julho, com visitação de segunda a sexta, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 15h. A entrada é gratuita e a classificação indicativa é livre para todos os públicos. A Referência fica na 202 Norte Bloco B Loja 11, Subsolo, Asa Norte, Brasília-DF. Telefone (61) 3963-3501 e Wpp (55 61) 98162-3111.
Gê Orthof iniciou a produção das obras que compõem a mostra "Nenhum poema brota de uma terra desperdiçada", em julho de 2021, durante a Residência Artística Torus, em Garibaldi, RS, com duração de dois meses e uma semana. O desenvolvimento dos trabalhos aconteceu ao longo de 2022 em Florianópolis (SC), Porto (Portugal) e em Brasília (DF). A exposição é composta de três grandes dioramas, trinta placas-poemas de autoria do artista e gravadas em baixo relevo em lâminas de alumínio, doze aquarelas com o "Alfabeto Germinal" e um objeto valise. “Os trabalhos apresentam tudo o que envolve o momento social e político em que vivemos. O Alfabeto deve ser novo para criar outra realidade: A esperança”, diz o artista.
A curadora Marília Panitz comenta que esta mostra nasce de uma experiência de duas longas residências, durante a pandemia. “Nasce do isolamento, na praia de inverno e na floresta que provoca a conversa com os elementos e com o pai do artista. É das duas cabanas onde vive, nesse período, que surge o modelo dos dioramas que Gê apresenta... e de uma vivência perdida no tempo, de visita a um museu de história natural. Os dioramas dialogam com a vida nesses lugares perdidos no espaço e tempo... e com o além-vida do sonho e da morte, caixas supratemporais. Há também doze aquarelas pintadas sobre papéis especiais, comprados pelo jovem Gê de 22 anos como postais a serem mandados ao Gê de agora. Um alfabeto de 12 letras; uma para cada mês do ano, única marcação temporal possível no espaço de suspensão que é a mostra. As poesias a completam. Sim, o artista descobriu em si o poeta que vem escrevendo seu primeiro livro: palavras inscritas como imagens (de pensamento). São trinta placas de alumínio, onde foram gravados os seus versos. Curtos e ao mesmo tempo imensos, escritos como cicatrizes no metal. Organizadas em conjunto sobre uma parede, elas completam a instalação, lançando letras e luz de sua superfície reflexiva sobre a penumbra do lugar... Como janelas naquela cabana de antes.”
“Afinal, de onde imaginamos o que (não) vemos? Quando um poema deixa de ser balbuciado, para onde naufragam as suas palavras? Quando um país desperdiça uma noite estrelada, o que nos resta? Antes, as palavras brotavam em orvalho, dentro da cabana, onde aguardavam pela sua mão. Vem!”.
Trecho do poema “Nenhum poema brota de uma terra desperdiçada”, de Gê Orthof
Conversa com o artista
No dia 7 de maio, sábado, das 11h às 12h, Gê Orthof participa de um Conversa com o pesquisador, poeta e professor Murilo Moscheta, que assim como o artista, participou da Residência Artística Torus, mediada pela curadora Marília Panitz. Entre os tópicos que serão abordados, estão: O processo de composição da obra como parte de uma residência artística; os acionamentos singulares da experiência da residência ligados aos deslocamentos geográficos, temporais e relacionais que a compuseram, as práticas de coleta e de cultivo que criamos juntos e que sustentam uma disposição para a poética instaurada na exposição “Nenhum poema brota de uma terra desperdiçada “, em exibição na Referência. Após as falas, haverá uma sessão de perguntas e respostas com a participação do público. A entrada é gratuita, livre para todos os públicos.
Sobre o artista
Gê Orthof é artista e professor no Departamento de Artes Visuais da Universidade de Brasília, onde coordena o grupo de pesquisa Da condição anfíbia: a-método-artifício no PPGAV/UnB. Nasceu às 23h30 no frio e na neblina das montanhas, onde sua avó Gertrud o ensinou a conversar em silêncio. Antes, porém, nasceu em 1836 na Dinamarca pelas mãos de Hans Christian Andersen. Algum tempo depois construiu com Thoreau sua primeira cabana, foi ali que conheceu o poliamor quando Rimbaud sussurrou em seu ouvido: "eu é um outro". Entre uma página e outra realizou Doutorado em Artes Visuais na Columbia University- NYC e Pós-Doc no Museum of Fine Arts - Boston e na Penn State School of Visual Arts- PA. Atualmente finaliza um livro de poesias e imagens a ser publicado pela Ventania Editorial- RJ. Em 2021 participou, como artista convidado, da Residência Artística Torus em Garibaldi (RS).
Artista Selecionado Prêmio PIPA - 2019 e 2010. Artista vencedor do Prêmio CNI – Marcantonio Vilaça, São Paulo, 2015 e Best Group Exhibition of the Year, Hyperallergic Art Magazine, NY, 2017, entre outros. Exposições recentes: “Viberations”, Illges Gallery of Columbus State University, 2020. “Mata!Mata", Canberra Contemporary Art Space, Australia, 2019. "Una posmodernidad periférica”, Fundación Federico Jorge Klemm, Buenos Aires, 2019. “Buraco”, Luciana Caravello Arte Contemporânea, Rio de Janeiro - 2019.
Sobre a curadora
Mestre em Arte Contemporânea: teoria e história da arte, foi professora na Universidade de Brasília, de 1999 a 2012, Marília Panitz dirigiu o Museu Vivo da Memória Candanga e o Museu de Arte de Brasília. De 1994 a 2013, trabalhou como pesquisadora e coordenadora de programas educativos em exposições. Atua como crítica de arte e curadora independente, com projetos como: “Felizes para Sempre”, Coletivo Irmãos Guimarães Brasília, Curitiba e São Paulo, 2000/2001; “Gentil Reversão”, Brasília e Rio de Janeiro, 2001/2003; Rumos Visuais Itaú Cultural 2001/03 e 2008/10; “Azulejos em Lisboa Azulejos em Brasília: Athos Bulcão e a azulejaria barroca”, Lisboa (Portugal), 2013; “Vértice – Coleção Sérgio Carvalho”, nos Correios em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo 2015| 2016; “100 anos de Athos Bulcão” CCBB Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, 2018-9; “O Jardim de Amilcar de Castro: neoconcreto sob o céu de Brasília”, no CCBB-Brasília, 2022-24. Realiza projetos com ênfase na produção artística do Distrito Federal e na formação de uma visualidade determinada pela cidade nova; e em mapeamento da cena cultural de espaços não hegemônicos.
Sobre Murilo Moscheta
Poeta, pesquisador e professor, Murilo Moscheta realizou doutorado em psicologia na Universidade de São Paulo e atualmente trabalha como professor no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Estadual de Maringá. Dedica-se a investigações nos campos mistos da arte, subjetividade, sexualidade e produção do conhecimento. Aprendeu a respirar com Guimarães Rosa. Gosta das margens e interessa-se pelos vãos.
Serviço:
Nenhum poema brota de uma terra desperdiçada
Mostra individual | Gê Orthof
Dioramas, aquarelas e poemas gravados em placas de metal
Curadoria e expografia | Marília Panitz
Abertura | 5 de maio, quinta-feira
Das 17h às 21h
Visitação | Até 9 de julho
De segunda a sexta, das 10h às 19h
Sábado, das 10h às 15h
Onde | Referência Galeria de Arte
Endereço | CLN 202 Bloco B Loja 11 – Subsolo
Asa Norte – Brasília DF
Telefone | (+55 61) 3963-3501
Wpp | (+55 61) 98162-3111
E-mail | referenciagaleria@gmail.com
Facebook | @referenciagaleria
Instagram | @referenciaarte
O uso de máscara dentro da galeria é recomendado
Conversa com o artista
Com | Gê Orthof e Murilo Moscheta
Mediação | Marília Panitz
Quando | 7 de maio, sábado, das 11h às 12h
Temas | O processo de composição da obra como parte de uma residência artística; os acionamentos singulares da experiência da residência ligados aos deslocamentos geográficos, temporais e relacionais que a compuseram; e as práticas de coleta e de cultivo que criamos juntos e que sustentam uma disposição para a poética instaurada nessa exposição
O uso de máscara dentro da galeria é obrigatório
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