Descripción de la Exposición
No próximo dia 13 de dezembro, pelas 17h00, abrirá ao público na área principal de exposições do MUDAS.Museu de Arte Contemporânea da Madeira, a exposição “Nada pela Nação, um projeto de Nuno Nunes-Ferreira que conta com a curadoria de Adonay Bermudez.
Esta mostra reúne um conjunto de obras de Nuno Nunes-Ferreira, selecionadas por Adonay Bermudez, especificamente para a esta sua primeira apresentação da Madeira, cujo denominador comum é a temática ― de rápida identificação, que versa sobretudo sobre o período correspondente ao 25 de Abril de 1974 e ao pós 25 de Abril. Época que marcou de forma indelével a história de Portugal e que, este ano, regista em celebração 50 anos desde da Revolução dos Cravos, momento incontornável da história portuguesa que permitiu restituir à população o direito democrático à liberdade, nas suas múltiplas aceções.
Esta mostra tem uma natureza complexa e de grande relevância pedagógico-reflexiva, sendo importante situá-la, desde já, num campo da conceptualidade artística e de uma investigação profunda assente na História, na identidade e na memória coletiva de um povo. Metas de exercício estético que têm sido o norte orientador do campo de ação e teorização de algumas das criações deste artista. Com uma abordagem de carácter experimental e conceptual, que muito tem do olhar cirúrgico de um arquivista, Nuno Nunes-Ferreira, faz recurso a registos de arquivo, de dados momentos históricos, documentos que acumula de modo quase compulsivo (revistas, jornais, cartazes, panfletos,…), e, de outros materiais dos quais se apropria, para através da sua transformação em obras de arte, tratar a sociedade e os seus processo transformadores e até transitivos, trabalhando o tempo e uma memória (coletiva e ou individual), como mecanismos para questionar e estudar as estruturas e as narrativas de poder. Desta forma, desafia o público para a articulação de um pensamento crítico e para a possibilidade de novas perspetivas, contribuindo para o desenvolvimento de uma explanação conjunta por via de um processo dinâmico e vivo que obriga a repensar o presente, sem esquecer o passado recente, revisitando-o e dando a (re)ver como lembrança do caminho feito e do muito que ainda está por fazer.
Em simultâneo à abertura da exposição, será apresentado ao público o livro “NADA PELA NAÇÃO”, um projeto de Nuno Nunes-Ferreira que reúne uma seleção de obras do artista, com a chancela da Documenta e coordenação de Hugo Dinis. Inclui textos de António Pinto Ribeiro, Catherine Coleman, Hugo Dinis, Irene Flunser Pimentel, Adonay Bermúdez, João Silvério, Raphael Fonseca e Rui Bebiano. Esta publicação conta com o apoio do Ministério da Cultura de Portugal através da DgArtes, da Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 Abril, do MUDAS.Museu de Arte Contemporânea Madeira, da Galeria Balcony e Galeria Juan Silió.
A abertura desta exposição, encerra o programa dedicado às comemorações dos 50 anos do 25 de abril que a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura/Direção Regional através do MUDAS.Museu desenvolveram durante o último ano que integrou, entre outras iniciativas, a exposição de António Barros “ESCRAVOS.INSULAE_Do 25 de Abril, 50 anos depois” que teve lugar na Galeria dos Prazeres, espaço cuja direção artística está à responsabilidade do MUDAS.Museu.
“Nada pela Nação” de Nuno Nunes-Ferreira, estará patente ao público no MUDAS.Museu até 30 de junho de 2025.
O Serviço de Ação e Mediação Pedagógica do MUDAS.Museu, preparou um programa paralelo para acompanhar a exposição que integra visitas orientadas, visitas temáticas, oficinas e outras ações de acesso gratuito ao público escolar e não escolar. Para mais informações e inscrições, contacte através do telefone: 291820900 ou pelo e-mail: mudas@madeira.gov.pt
Nota Biográfica do artista e do Curador:
Nuno Nunes-Ferreira, nasceu em 1976, em Lisboa, vive e trabalha em Santarém. Expõe com regularidade desde o ano 2000, a sua obra está representada em inúmeras coleções privadas e públicas, donde se destacam a Coleção de Arte Contemporânea do Estado Português, Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação EDP, IVAM, MAAT, FLAD, EGEAC, MU.SA, PLMJ, Fundação Vasco Vieira de Almeida, Fundación Focus Abengoa, Fundació Sorigué, Museo de Arte Moderno y Contemporáneo de Santander, Fundación Hortensia Herrero, Colección Norte de Arte Contemporáneo, Colección DKV, Liberty Seguros, Coleção Norlinda e José Lima, Colecção Figueiredo Ribeiro, Colecção José Carlos Santana Pinto, Coleção Oliva Arauna, entre muitas outras.
Das suas exposições individuais mais recentes destacamos: Ano Sabático, Galeria Appleton, Lisboa (2024); Tan nuevo y tan cerca, Galeria Juan Silió, Madrid (2024); Monsieur Valadares, Balcony Gallery, Lisboa (2022); Café Central, Galeria Juan Silió, Madrid (2021); A Palavra, Convento São Francisco, Coimbra, (2020); Dois anos e meio, Balcony Contemporary Art Gallery, Lisboa (2019); A qué hora comienza la revolución?, Galeria Juan Silió, Santander, Espanha (2017) e 1440 minutos, Galeria Baginski, Lisboa (2016).
Participou em inúmeras exposições coletivas, entre as quais: Esto es lo verdadeiro, Centro Cultural de España en Mexico, Cidade do Mexico (2024); Abril Vermelho, CAV – Centro de Artes Visuais, Coimbra (2024); Herança, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Lisboa (2021); O que eu sou, MAAT, Lisboa (2017); Tensão e liberdade, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2015).
Adonay Bermúdez (Lanzarote, Espanha. 1985) trabalha como curador independente, com um leque de projetos que cobrem geralmente temas relacionados com o compromisso social e a política, procurando analisar os conceitos relativos ao (pós)colonialismo, ao androcentrismo ou a fluxos migratórios. Foi curador de exposições para o CCE México, Museo Barjola (Espanha), Nave Sotoliva (Espanha), Museu Nacional da Costa Rica, CCE Tegucigalpa (Honduras), Sala Díaz (Texas, EUA), CAAM – Centro Atlántico de Arte Moderno (Espanha), IAACC Pablo Serrano (Espanha), Museu de Arte Contemporânea e Design da Costa Rica, Sala Amadís (Governo de Espanha. Madrid), Centro de Condeduque Cultura Contemporânea (Espanha), Párraga Center (Espanha), Instituto Cervantes de Roma (Itália), Bòlit Centre d'Art Contemporani (Espanha), DA2 (Espanha), X Biennale di Soncino (Cremona, Itália), Artpace San Antonio (Texas, EUA), Galeria Casa das MUDAS, Madeira (Portugal), Museo de Arte Moderno Chiloé (Chile), Centre del Carme (Valência, Espanha), Centro de Cultura Digital (México), TEA Tenerife Espacio de las Artes (Espanha), Centro de Arte Contemporânea de Quito (Equador) ou ExTeresa Arte Actual (México), entre outros. Foi diretor do Festival Internacional de Videoarte “Entre isla” (2014-2017), curador em 2018 do Mês de Arte Contemporânea em San Antonio (Texas, EUA), curador do INJUVE 2022 (Governo de Espanha) e Diretor Artístico do XI Bienal de Arte de Lanzarote 2022/2023.
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España