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Na pele, o silêncio

Exposición / Galeria Pedro Oliveira / Calçada de Monchique, 3 - 4050-393 Porto / Oporto, Porto, Portugal
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Cuándo:
19 sep de 2023 - 28 oct de 2023

Inauguración:
16 sep de 2023 / 16 h.

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Pedro Oliveira

Artistas participantes:
Wanderson Alves
Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Porto 

       


Descripción de la Exposición

Wanderson Alves is a Brazilian photographer artist (1979, São Paulo, Brazil). Postgraduate in Contemporary Philosophy and Photography. He is currently studying a Master's degree in Aesthetics and Artistic Studies - Photography and Cinema – at Universidade Nova de Lisboa. He participated in several individual and collective exhibitions, among which Cidade (Re)Velada stands out, held in 2014 in the city of Phoenix, Arizona USA, where he also held an Artistic Residency, through a partnership with the Phoenix Institute of Contemporary Art (PHICA). Following this exhibition in Phoenix, one of his photographs was chosen to be part of the permanent collection of the Mesa Contemporary Arts Museum. «In his work, his visual narratives, in a constant research process, seek to stimulate the public's reflection through unique poetics and sophisticated language. This journey imbues each image with an intriguing mystery: unveiling without describing. It is the record of the profound discomfort of looking at the ineffable, through the lens of art, which causes an attractive strangeness in his images.» The exhibition will be accompanied by a text by portuguese art critic Carlos França. ---------------------------------- WANDERSON ALVES: LUZ E MEMÓRIA Há uma mão que toca ao de leve numa das lâminas da persiana por onde a luz perpassa deixando-nos ver os contornos da silhueta de alguém que espreita através de uma frincha de claridade, como se fossemos subitamente chamados a participar no enigma que o acto de ver potencia. Para perceber esse enigma temos de o desvelar no modo como ele ao ocultar-se se dá a ver, tal como acontece com a fotografia, que possui uma intensa força visual que não se limita a imitar a realidade nem a representar a verdade, mas que procura sobretudo interagir com a beleza da natureza e com as coisas concretas da vida que o fotógrafo revela nos traços mais específicos, através do seu olhar cuidadoso. O conhecido psicólogo da arte alemão Rudolf Arnheim num texto particularmente interessante intitulado On the Nature of Photography (Critical Inquiry, 1974) teceu um conjunto de importantes considerações sobre a relação da fotografia com a técnica, o estúdio e os vários modelos e códigos que constituem o modo de produção estético da fotografia. Segundo Arnheim, existe uma relação de não espontaneidade da fotografia nos seus inícios com as suas condições técnicas. Isso deveu-se, na sua opinião, ao facto do equipamento ser demasiado pesado para capturar alguém de surpresa, já que o tempo de exposição era muito longo e daí advinha, segundo ele, aquela invejável intemporalidade das primeiras fotografias. Vem isto a propósito do modo como o jovem fotógrafo brasileiro Wanderson Alves explora com mestria nos seus trabalhos mais recentes o sentido da imanência natural da imagem fotográfica feita de pequenas ocorrências captadas pela câmara, buscando desse modo recriar uma autoficção focada na paisagem, nas memórias de lugares e nas percepções de situações efémeras que sugerem vivências ocasionais convertidas depois pela fotografia em imagens que evocam tanto o esquecimento e a morte como a sensação de vazio e de tristeza. É desta forma que Wanderson Alves capta a acção descontínua de uma multiplicidade de experiências que foram assimiladas através da consciência, como se o fotógrafo projectasse na imagem capturada o ténue fio de uma melancolia contemplativa de modo a reconstituir as marcas deixadas pelo tempo sobre aquilo que ele sentiu, viu e testemunhou. Nas fotografias agora expostas na Galeria Pedro Oliveira, Wanderson Alves explora através de um subtil jogo de cintilações e contrastes a natureza simultaneamente ontológica e estética da imagem que tanto surge num registo crepuscular e romântico como num registo realista e impressionista remetendo, em ambos os casos, para uma atmosfera de assombração que abre a fotografia para um campo de possibilidades em que as narrativas da imaginação e do sonho ocupam um lugar de relevo. Carlos França Porto, setembro 2023 (O autor escreve de acordo com a antiga ortografia)


Entrada actualizada el el 03 oct de 2023

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