Descripción de la Exposición
Mãos negativas é um gesto anónimo. É a força que apreende objectos, intensidades e conhecimentos e os inscreve sob a forma de um signo, de um devir. Esse devir-obra estabelece uma relação com o futuro, com uma comunidade por vir, e está entre o sujeito e a obra, uma relação que se quer em permanente movimento. Mãos negativas agarra-nos ao enigma das imagens rupestres e da permanente oscilação entre futuro e passado, cultural e natural, mágico e profano.
O título Mãos negativas é emprestado pelo poema homónimo de Marguerite Duras. A imagem das mãos inscritas nas cavernas refere-se também à força que, na cave da galeria, construiu A gruta. As mãos em contacto com a parede são uma forma de empatia, erótica e abrangente, que abraça uma complexa rede de estímulos e impulsos interiores, assim como de impressões e expressões do quotidiano. A exposição permite-nos assim apreender também um conjunto de forças e intensidades presentes n’A gruta através das obras de Hugo Canoilas, Vasco Costa, e Filipe Feijão.
Canoilas apresenta dois conjuntos de pinturas. O primeiro desenvolve-se em torno de fragmentos de um poema que resulta de uma deriva em textos sobre a criação do mundo, de várias proveniências geográficas e históricas. O segundo conjunto apresenta animais pré-históricos ou já extintos. Ambos, imagem gráfica e texto, colocam num segundo plano de comunicação pinturas abstractas, produzidas com tinta acrílica fluída e anilinas que se tornam parte do corpo do tecido.
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España