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Matrioshka

Exposición / Bergamin & Gomide - [ESPACIO CERRADO] / Rua Oscar Freire, 379 lj 1 - Jardins / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
19 sep de 2020 - 31 oct de 2020

Inauguración:
19 sep de 2020

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Gomide&Co

Artistas participantes:
Flora Rebollo, Giulia Puntel, Janina McQuoid, Paula Scavazzini

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

A Bergamin & Gomide e o Projeto Vênus tem o prazer de apresentar a coletiva Matrioshka, com obras das artistas Flora Rebollo, Giulia Puntel, Janina McQuoid e Paula Scavazzini. A exposição acontece de 19 de setembro a 31 de outubro de 2020. Matrioshka parte de um processo criativo coletivo através de encontros virtuais entre as artistas, o Projeto Vênus e a equipe da Bergamin & Gomide. A exposição será em 3 atos: serão 3 os momentos em que a montagem poderá ser reconfigurada, assim, constitui-se como impermanente, uma vez que o espaço expositivo estará suscetível a transformações conforme obras vão sendo inseridas, reorganizadas ou retiradas. Enquanto a exposição estiver em cartaz, o conteúdo de comunicação também seguirá o fluxo dessas novas inserções de obras e diálogos. Simultaneamente, o público poderá acompanhar nas nossas redes sociais as transições da exposição, bem como a imprensa, que terá acesso aos novos materiais produzidos até o encerramento da coletiva. Sobre a exposição: Ao invés de um fim em si mesma, tratemos de ver a “exposição” como um instrumento ativo na produção e recepção da obra de arte. A exposição pode ser lida como uma constelação que articula esses dois binômios — produção e recepção — em torno dos sujeitos. Assim, são vozes, imagens, culturas, crenças e corpos num movimento determinado por regras, tradições e criações estabelecidas consensualmente por todos. Segundo se represente a constelação, onde se encontra a artista, a obra, o público, a galeria, e a própria exposição no interior da exposição, todos são os elementos que constituem a Matrioshka, a exposição final em processo. Como linha de demarcação ou fronteira, a constelação pode funcionar no interior de uma cultura, como forma de organizar o tempo, e também pode servir para dividir e definir diversas linhas ou níveis da obra e das criadoras, i.e., as artistas aqui apresentadas. Em cada linha e em cada tempo, a constelação é diferente, porque desde a representação da obra de arte, e seu complexo de subjetividades não verbais, as fronteiras são mais ou menos visíveis, dependendo do efeito que se busca. Teremos diversas linhas e tempos segundo quem diga “eu” na configuração da exposição coletiva, da exposição individual e das obras criadas como coletivo. E teremos também distintas linhas e tempos segundo o acidente ou impacto que se aplica a produção individual e coletiva, e a exposição que devora tudo dando assim origem a constelação. A constelação Matrioshka na exposição não só nos serve para marcar linhas e tempos, mas nos leva a ler as ficções das obras aqui expostas, a correlação por vezes harmoniosas, mas também contraditórias, dos sujeitos implicados, dos estilos, das identidades, e do meio da arte. E numa quantidade de tempos, porque as crenças culturais não são sincrônicas com a divisão do tempo e do trabalho no meio da arte, arrastam estágios ou temporalidades anteriores e às vezes, até se poderia dizer, arcaicas. *Projeto Vênus é a galeria de onde o curador Ricardo Sardenberg desenvolve os seus projetos. Sobre as artistas: Flora Rebollo (1983) Flora Rebollo segue um fluxo incessante e intuitivo com os gestos mais básicos do desenho: rabiscar, colorir, figurar. Suas obras ganham singularidade e corpo a partir das condições que envolvem o próprio fazer, influenciadas pelos estados mentais e espirituais que podem orbitar fugidiamente no interior da artista ou em seu espaço de trabalho. A curiosidade pelos efeitos da sobreposição de camadas e texturas possíveis com diferentes meios e tonalidades amparam o flerte experimental da artista com a pintura e a colagem. Há também um interesse de Flora em manipular as bordas dos desenhos, rasgando ou furando o papel, moldando formas abstratas ou figurações caricaturais. É nesse equilíbrio entre o forte caráter processual e as escolhas de finalização do trabalho que a obra da artista se apresenta. Giulia Puntel (1992) A condição sensorial e a expressão subjetiva das obras de Giulia Puntel sobrepõem sua habilidade formal com a pintura. As situações apenas insinuadas que surgem nas complexas composições pictóricas da artista suspendem identidades e naturalizações fáceis. As figuras distorcidas e criaturas sugestivas de suas telas hipnotizam quem as encontra. Esse imaginário visual é profundamente lírico, reflexivo e enigmático. Estruturado por um repertório onde partes ou recorte de um todo não são revelados, mesmo quando calcado na representação de algo concreto, ela coloca em dúvida as posições de verdade e reconhecimento em torno do objeto. Giulia busca dar foco e transparência para aquilo que soa evidente e, ainda assim, é indizível, fantasmagórico. Janina McQuoid (1989) Para não falar em improviso, a pesquisa artística de Janina McQuoid envolve fazer um gato. Ao experimentar livremente com os materiais moles e suas sobras, com pedaços de coisas que já existem e carregam algumas formas, suas obras retém memórias e sensações que aguçam nosso instinto curioso de traçar desenhos e histórias apenas com a percepção. Num balanço entre o familiar e o inquietante, cada peça encobre fantasias irônicas e bem-humoradas, que revelam atenção e abstração do olhar. Os objetos, os temas e seres que estimulam seu apetite artístico carregam sempre consigo algum tipo de recordação, e as consequentes deformações da memória, não como analogia formal simples, mas por sentimentos espontâneos. Suas escolhas figurativas, irônicas ou bem-humoradas, estão associadas ao rabisco livre, não porque são imagens em estágio de esboço, mas porque podem se referir também ao que foi reduzido e desgastado pelo tempo. Janina inventa métodos improváveis para estruturar seus trabalhos, acomodando as possibilidades cromáticas e de textura que surgem ao misturar escultura, objeto, pintura e desenho na mesma composição artística. Com a liberdade que só os trecos podem ter. Paula Scavazzini (1990) A vontade particular de Paula Scavazzini com a pintura é movida pelo exercício retratista. Seus personagens policromáticos se lançam para um jogo de afastamento e aproximação, reconhecimento e desconhecimento dos corpos retratados, sejam de pessoas reais ou fictícias, incorporando os desvios que surgem durante o próprio processo artístico. As composições de Paula podem variar da dramatização para a espirituosidade. Imagens ecléticas de situações vividas ou vistas num cinema, por exemplo, são deslocadas e interpretadas pela artista sob diferentes intenções ocultas, numa experiência de memorização através do fazer pictórico. Além disso, suas obras quase sempre vão de encontro ou, inversamente, se camuflam com o ambiente, refletindo seu interesse constante pelos detalhes vernaculares.


Entrada actualizada el el 04 ene de 2021

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