Descripción de la Exposición Marta Soares (Lisboa, 1973) regressa ao Módulo com uma novo conjunto de pinturas. Esta artista iniciou a sua carreira no início da década de 90 afirmandose com um percurso pessoal e de grande coerência. A obra desta pintora caracteriza-se pela afirmação da fisicidade do material (acrílico), pela reflexão sobre o processo pictórico, pela independência do material em relação ao suporte e, finalmente, pela questão objetual da pintura e a negação do gestual. Sobre a obra de Marta Soares escreveu Carlos Vidal num catálogo sob o título, Escultura da invisibilidade: '... Marta persegue a escultura através da pintura, investe as grelhas de elementos habitualmente heterogéneos... escolhe como visíveis, ou presentificados, os elementos soterrados da pintura, as suas 'costas'. É desta reinversão permanente que nasce o informe, e é sobretudo daqui que nasce a pintura, precisamente porque 'nasce' e não préexiste ao processo. Marta enfatiza-o como 'fundadora' do quadro, não porque seja uma artista 'processual' nem 'experimental', mas porque vê no processo uma desocultação da própria pintura.' A pintura de Marta Soares constrói-se a partir sempre de um referente inicial. Neste caso uma parede de azulejos que serve de matriz para todos estes trabalhos. Cabe aqui citar José Luís Porfírio (Expresso 10.04.10): '... Uma grelha... ou a multiplicada multidão de pequenos quadros dentro do quadro que acontecem caso a caso, por vezes com uma minúcia surpreendente, a sua presença é fortíssima de longe e fascínio caleidoscópio de perto, e tudo acontece como se fosse obra do acaso, ou antes, da erosão, obra do tempo desagregador das coisas, trabalhando-as, enriquecendo-as continuadamente.'. O próprio processo nega qualquer vestígio da mão (gesto da pintora), pois o que vemos é sempre o negativo da pintura inicial realizada na parede de azulejos. É a parede que serve de objecto para esta pintura. As obras de Marta Soares, que agora se apresentam, vêm na continuidade dos trabalhos da sua mostra anterior, Wallsurfing, em que a pintura se apresentava como uma metáfora de lugares que estiveram na sua origem. Agora, a pintura apresentase como matéria autónoma e expressiva de uma multiplicidade de imagens possíveis a partir de um ponto de partida comum e aonde a dimensão óptica e imaterial da imagem ganha particular relevo. Se na exposição anterior, Wallsurgfing, Marta Soares transferia as marcas deixadas por grafitistas na parede, agora é a própria parede que é representada com todos os seus acidentes, diria mesmo que nestes trabalhos há um diálogo entre a grelha modernista e o 'objet trouvé' dadaísta. Obras desta pintora figuram em reconhecidas colecções institucionais como, C.A M.-Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Veranneman, Bélgica, Fundação P.L.M.J., Museu de Arte Contemporânea de Elvas e Fundação carmona e Costa, entre outras.
Exposición. 10 mar de 2025 - 22 jun de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Cambio de forma: Mito y metamorfosis en los dibujos romanos de José de Madrazo
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España