Descripción de la Exposición
De 5 a 27 de março, a Galeria Casa apresenta a mostra coletiva M’ART Plataforma de Arte, com obras de 18 artistas visuais que produzem em Brasília ou que tiveram trajetórias iniciadas em Brasília. A exposição marca o lançamento da plataforma digital de arte que reúne informações sobre artistas, obras, catálogos, biografias, textos críticos sobre as produções dos artistas, entre outras informações sobre arte contemporânea que podem ser consultadas pelo público e ajudam as pessoas interessadas em colecionismo de arte contemporânea. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos, a visitação acontece de terça a sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 12h às 20h. A Galeria Casa fica no Casapark, Piso Superior, dentro da Livraria da Travessa.
Com curadoria compartilhada de Carlos Silva e Luan Grisolia, a mostra reúne trabalhos de André Santangelo, Camila Soato, Cirilo Quartim, Dalton Camargos, Fernanda Alpino, Fernanda Pacca, Gisel Carriconde Azevedo, Glenio Lima, Gustavo Silvamaral, Julio Lapagesse, Paula Catu, Pedro Ivo Verçosa, Silvie Eidam, Silvino Mendonça, Suyan de Mattos, Valéria Pena-Costa, Virgílio Neto e Zuleika de Souza. Segundo o idealizador da M’ART e cocurador da mostra, Luan Grisolia, a exposição apresenta um recorte do portfólio da plataforma criada para conectar os amantes das artes aos artistas e suas produções. “O público terá a oportunidade de se surpreender com pinturas, desenhos, monotipias e admirar fotografias e colagens produzidas por 18 artistas com trajetórias no Distrito Federal”, diz Grisolia.
O curador da Galeria Casa Carlos Silva ressalta que um dos compromissos da galeria é promover o fomento ao circuito contemporâneo das artes visuais em Brasília e no Brasil. “A partir dessa missão geral, a proposta para a exposição soma uma série de atributos positivos, pois a M’ART é uma plataforma digital que nasce no cerne da ativação artística dentro do panorama atual da produção na capital federal. A Galeria Casa se soma à M’ART para, juntas e em sintonia, proporcionarem um percurso de imersão no imaginário absurdamente fantástico da arte contemporânea de Brasília, arte produzida por artistas comprometidos com o aqui e agora de nosso tempo e espaço”, afirma Carlos Silva.
Sobre os artistas
Licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade Dulcina de Moraes, Brasília, DF, em 1999, e frequentador da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, RJ, entre 1996 e 1998, André Santangelo tem os olhos voltados para o cotidiano e os espaços urbanos. O vídeo e a fotografia são utilizados como forma de reverberação das imagens que instala. Cria ciclos que se repetem sob a ação do fruidor, numa circularidade de tempo e espaço.
Camila Soato nasceu em Brasília-DF, reside e trabalha em Planaltina de Goiás, é graduada em Artes Visuais pela Universidade de Brasília e mestre pela mesma instituição. Doutora em Artes pela Universidade de São Paulo, trabalha com pintura, escultura, performance e intervenção urbana. Por meio da fuleragem, se apropria de imagens satíricas ou icônicas para retratar situações críticas e bizarras.
Cirilo Quartim destaca-se com ações e pesquisas nas áreas da intervenção urbana, desenho, pintura, computação gráfica, instalações, objetos e, principalmente, na fusão dessas linguagens. Quartim ganhou o "Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012" e, além de participar e promover ações extramuros, integrar mostras nacionais e internacionais, sua obra também está presente em acervos públicos, a exemplo das coleções Caixa Cultural e Museu Nacional da República. Recentemente participou mostras como "Não Matarás", "ACT – Arte, Ciência e Tecnologia", "Onde Anda a Onda II e III", "Obranome" realizada no mosteiro de Alcobaça em Portugal, dentre outras de relevância nacional e internacional.
Dalton Camargos é fotógrafo, iluminador, fundador e diretor da Alfinete Galeria, trabalha com teatro, dança, música e artes visuais desde 1992.
Fernanda Alpino é colagista, diretora, performer e atriz. Formada em Artes Cênicas pela UnB é integrante fundadora do coletivo de teatro performativo Grupo Liquidificador. Buscando encontrar terrenos de contaminação entre suas colagens e sua produção nas artes cênicas, Fernanda joga com o acaso para motivar colagens improvisadas. Criando com os restos do mundo em ruínas souvenirs de mundos que poderiam ter havido.
Fernanda Pacca tece suas criações com sobreposições de coloridas linhas de costura e faz da pinça cirúrgica uma extensão de seus dedos. A técnica autoral é associada aos estudos de anatomia humana, o que confere mais profundidade e detalhamento às obras. Seu modo de compor permite a manipulação sensível dos filamentos em busca do esgotamento da potência criadora. Suas composições derivam de incômodos introspectivos, da colagem de pensamentos e da urgência de expressá-los. A artista destaca a fala libertária da mulher contemporânea, em descosturas críticas da realidade. A arte de Pacca está sempre por um fio.
Gisel Carriconde Azevedo é artista visual graduada pela Universidade de Brasília, com mestrado e doutorado em artes nas universidades de Brighton e de East London – UEL, respectivamente. Entre 2000 e 2016, trabalhou com design de exposição, direcionando sua atenção para as relações entre espaço, objeto e público. Sua produção artística inclui instalação de objetos, pinturas e fotografias, expografia e design de mobiliário. Trabalha com gestão cultural e, desde 2014, está à frente do deCurators, um espaço de arte independente dedicado a experimentos expositivos e curatoriais.
Desde os anos 1990, as obras que Glenio Lima produz fazem referência à matéria e à memória. A partir de materiais encontrados na natureza como terras de diversos matizes e texturas, sua pintura, que antes fora elaborada com tintas industriais, torna-se orgânica levando sua produção para questões conceituais ligadas ao ambiente em que vivia. A prática dessa pintura matérica o incentivou a construir objetos com íntima relação com as memórias afetivas de lugares onde passei ou vivi e também de memórias de infância. Isso impulsionou uma busca de identidade que o levou a elaborar objetos com uma narrativa voltada ao lúdico – ver a arte mais como um processo de vida e não como uma atividade paralela de artista onde o mercado da arte parecia sobrepor à minha própria filosofia de vida. A apropriação de objetos descartados pelo mundo de consumo como madeira, plástico, papel e metais o aproximou da experimentação com instalações com associação dos mais diversificados tipos de objetos e materiais.
Nascido em Brasília onde até hoje desenvolve seu trabalho, Gustavo Silvamaral é bacharel em Artes Visuais pela UnB. O artista constrói um diálogo contínuo com a linguagem pictórica, independente do suporte que utiliza, se posiciona enquanto pintor. Existe uma insistência em pensar o monocromático, colocando a cor como protagonista do trabalho, pensando sua relação com o espaço. O amarelo de Silva e seus possíveis significados estão sempre sendo negociados entre a obra e quem a olha, ele é potência nele mesmo e na relação que tenciona.
Julio Lapagesse é bacharel em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Trabalha principalmente com desenho, colagem e desdobramentos dessas duas linguagens na arte contemporânea. Trabalhou como ilustrador, designer gráfico e infografista por três anos no Jornal de Brasília e, depois, cinco anos para o Correio Braziliense, produzindo diariamente para o jornal. Foi integrante do Espaço Laje (DF), e fundador do Ateliê Nova (DF) e do Espaço BREU (SP). Atualmente vive e trabalha em São Paulo (SP).
Em sua produção, Paula Catu busca experimentar a visualidade pictórica de diversos materiais têxteis e seus desdobramentos, criando colagens fragmentadas e mundos imaginários que abordam temáticas ligadas ao universo feminino, intimidade, cotidiano, melancolia e tempo
Formado em artes visuais pela Universidade de Brasília, Pedro Ivo Verçosa (1986-2020) foi um dos mais importantes artistas da sua geração - seja na pintura, no desenho, experimentações com fotografia, colagem, intervenções urbanas ou gravuras. Pedro era retratista, e sua principal pesquisa foi a sobre a percepção do tempo e seu registro, expressa principalmente em seus trabalhos de pintura e fotografia.
Silvie Eidam nasceu em Frankfurt/Main na Alemanha e vive atualmente no Brasil. O seu avô era o pintor Wilhelm Eidam quem encorajou a sua produção artística desde a sua infância. Ela foi aluna das artistas locais Andrea Simon e Beatrix Pohle-Stiehl, e continuou a sua formação estudando artes plásticas na Universidade de Brasília e no Goldsmiths College em Londres. Durante os seus anos na universidade, foi membro ativo de grupos ativistas feministas em Brasília e Londres com foco em sua arte nas representações do corpo feminino e identidades políticas em uma grande variedade de mídias, participando em exibições coletivas desde 2005. Ultimamente, vem tateando imagens que nascem de um impulso onírico e espontâneo, e tenta materializá-las sem muitas interferências da sua consciência crítica, sem buscar simbolizações. Nesse percurso, a técnica tem sido seu ponto de partida mais sólido e de sustentação da tela, para poder permitir o fluxo daquilo que acaba se manifestando.
Silvino Mendonça é artista-pesquisador e designer gráfico. Sua obra aborda as diferentes tipologias visuais do espaço público e seus atravessamentos sociais, políticos e culturais por meio de fotografias, vídeos e instalações. É mestre em Artes Visuais pela Universidade de Brasília. Realizou exposições individuais em Brasília e participou de coletivas em São Paulo, Los Angeles, Berlim e Tóquio, entre outras cidades. Em 2012, fundou a editora independente Savant, que produz e distribui publicações impressas de baixa tiragem, como zines e fotolivros. Atualmente, reside e trabalha em Brasília.
Suyan de Mattos é carioca, tem pós-doc em Artes, Universidad de Buenos Aires/UBA e doutorado em História da Arte, Instituto de Investigaciones Estéticas, Universidad Nacional Autonoma de México/UNAM. Realizou exposições individuais e coletivas no Brasil, México, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, Holanda, Dinamarca e Hong Kong. Participou de residências artísticas na Espanha, Chile, Portugal e pela BabBienal, Búzios/RJ. Coleções no Museo de Cozumel/México, Museu Nacional de Brasília e na Galeria Homero Massena, Vitória. Coleção particular Fernando Bueno. É coordenadora e curadora das residências artísticas Hospitalidade/Casa Aberta e Residência Volante. Atualmente coordena os Coletivos 40Antenas e MASKARADA. No desenvolvimento do seu trabalho utiliza-se de múltiplas linguagens na composição de narrativas, pautadas, principalmente, pela ótica do mundo sexual e sensual feminino/feminista, cujas evidências são coletadas em memórias vividas diariamente como mulher nos tempos atuais.
De Monte Carmelo, Minas Gerais, Valéria Pena-Costa vive e trabalha em Brasília, DF. É artista visual, com bacharelado em pintura, pela Universidade de Brasília. Vem realizando exposições coletivas e individuais desde 1995. Utiliza-se de múltiplas linguagens no desenvolvimento do seu trabalho, cujo tema central é o Tempo desdobrado na Decomposição das coisas e na Memória coletada. Decomposição, esta, que se dá ao acompanhamento e observação do fenômeno em andamento, ou seja, no gerúndio da ação. Realiza o Projeto Fuga, que consiste em movimentos seriados de mostras de arte, oficinas, ciclos de encontros culturais, residências artísticas a partir de seu ateliê e a Feira do Fuga.
Virgílio Neto é artista visual e desenvolve seu trabalho explorando a linguagem do desenho. Desde de 2008 participa constantemente de exposições e projetos em instituições de arte, galerias e espaços independentes. É mestre em Poéticas Contemporâneas pela Universidade de Brasília – UnB (2015) onde também fez sua graduação em Design Gráfico (2008). Participou de diversas residências artísticas, como The Banff Centre for the Arts, Canadá (2013) e Sacatar, na Ilha de Itaparica (2016). Conta com sete exposições individuais, entre elas no Paço das Artes (2019), Espaço Funarte Brasília (2013) e Museu de Arte Contemporânea de Campo Grande (2011). Já foi indicado duas vezes para o Prêmio Pipa Investidor de Arte (2013, 2014), ficou em primeiro lugar no Prêmio EDP nas Artes do Instituto Tomie Ohtake (2012) e também premiado em salões de arte como Transborda Brasília (2016) e Salão Anapolino de Arte e Salão Nacional de Arte de Jataí (2012). Foi selecionado para participar de exposições coletivas como projeto Rumos do Itaú Cultural (2011) e 100 anos de Athos Bulcão no Centro Cultural Banco do Brasil (2018). Tem obras nas coleções do Museu de Arte do Rio - MAR e Museu de Arte da República, Brasília. Foi um dos sócios fundadores do Espaço Cultural Laje, em Brasília, (2011 a 2015) e posteriormente sócio fundador do Espaço BREU em São Paulo (2018 a 2020).
Aos 18 anos, Zuleika de Souza começou a fotografar a cidade que considera sua irmã mais velha: “Crescemos juntas, trabalhei em vários jornais e revistas nacionais e locais tendo ficado mais tempo no Correio Braziliense, quase 30 anos, onde consegui acompanhar de perto suas mudanças. Brasília e sua experiência única sempre foram o interesse maior do meu trabalho como fotógrafa”, conta a fotógrafa. Hoje, Zuleika deixou a redação do jornal e criou um espaço dedicado para a fotografia: o Plano Imaginário.
Sobre o idealizador da plataforma
Luan Grisolia é educador, produtor e empreendedor. Tem formação nas áreas de artes visuais e psicologia pela Universidade de Brasília. Em 2020 fundou a startup brasiliense M’ART e desde então vem se dedicando na construção de uma plataforma inovadora, acessível, plural, que proporcione novas conexões e fortaleça o universo da arte contemporânea.
Sobre M’ART
A mostra, que fica em cartaz durante o mês de março na Galeria Casa, marca o lançamento da plataforma digital de arte Contemporânea M’ART que reúne informações sobre artistas de Brasília ou que produzem na capital federal. “M’ART é um espaço de convergência, fomento e compartilhamento das diferentes formas de expressão artística. Cada artista cria seu perfil e cataloga seus trabalhos, organizando suas produções e as conectando ao público, em um espaço plural, em constante evolução e dedicado à arte contemporânea. A startup MART foi concebida por pessoas que acreditam no potencial transformador da arte e em sua capacidade de conectar pessoas”, diz o idealizador da plataforma. O acesso ao conteúdo da plataforma digital se dará por meio do aplicativo M’ART, disponível gratuitamente na Play Store e na App Store.
Sobre o curador da Galeria Casa
Carlos Silva nasceu em 1963 em Barretos (SP). Vive e trabalha em Brasília desde 1982. Atua como artista visual, historiador, mestre em arte, especialista em psicologia e educação, professor, curador independente, crítico, coordenador de cursos livres e programas educativos em artes visuais, diretor de galeria, consultor, diretor de criação. Foi membro do Conselho de Cultura do DF e professor do Departamento de Artes da UnB. Como curador e assistente, assinou “suspensões”, “a seco”, “fora do lugar” e “100 anos de Athos Bulcão”. Participa de exposições individuais e coletivas. Atua na interface entre arte, história, literatura, psicanálise e filosofia. Publica textos técnicos e poéticos com frequência.
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España