Descripción de la Exposición
O Museu Nacional de Arte Contemporânea apresenta, a partir do próximo dia 18 de Novembro, com curadoria de Maria de Aires Silveira, Cristina Azevedo Tavares e Raquel Henriques da Silva, a exposição Coleção de Maria Eugénia & Francisco Garcia. Incluindo pintura, desenho e gravura, a exposição mostra cerca de cinco dezenas de obras de artistas, sobretudo nacionais, com obra realizada entre as décadas de 1950 e 1970.
Colecionando por gosto e amizade, esta é uma exposição que evoca o quanto das coleções se faz por afinidades pessoais. Da pintura à gravura, a exposição apresenta obras de arte de Cruzeiro Seixas, Fernando Lemos, Júlio Pomar, Victor Fortes, Marcelino Vespeira, Alice Jorge, João Hogan, Eduardo Nery, entre outros.
O catálogo conta com textos das curadoras e também com um texto inédito do historiador de Arte José-Augusto França, amigo pessoal dos colecionadores.
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Maria Eugénia e Francisco Garcia constituíram, nas décadas de 1960 e 1970, uma coleção de arte que manifesta as transformações de gosto artístico de uma burguesia cosmopolita, cada vez mais desligada dos constrangimentos do Estado Novo, embora sofresse as suas permanentes consequências. Apesar da guerra colonial, pressentia-se que o regime se esboroava e a cultura estava na primeira linha da contestação.
Era raro, na Lisboa de então, que o gosto pela pintura incidisse sobre artistas contemporâneos, trabalhando entre a abstração e a nova figuração, esteticamente atualizados e motivados por um mercado em inédita animação.
Amigos de quase todos os artistas expostos, Maria Eugénia e Francisco Garcia eram também amigos e admiradores de José-Augusto França e procuravam os seus conselhos.
Por isso, quando se começou a pensar expor a Coleção, ele escreveu para o catálogo o seu último texto, na casa de Jarzé, quando estava à beira de completar 94 anos.
Neste território de amizades, destaca-se o convívio permanente com Fernando Lemos, o artista com mais obras na Coleção, Fernando Azevedo e Marcelino Vespeira, os expositores de 1952 na Casa Jalco na Rua do Carmo onde a aventura terá começado.
Raquel Henriques da Silva
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As gravuras que integram esta coleção foram produzidas num tempo pioneiro para a história da gravura em Portugal, e simultaneamente muito generoso. Tal significa que houve a intenção, em particular com a fundação da Cooperativa Gravura (1956) de atingir um mercado mais amplo, novos públicos, e potenciar amplas experiências artísticas explorando a criatividade a partir das variadas técnicas da gravura contemporânea.
Maria Eugénia e Xico Garcia (conhecido deste modo entre os amigos) tornam-se ambos sócios da Cooperativa Gravura na década de sessenta, e nessa qualidade tiveram acesso à compra e sorteio periódico de gravuras aí editadas, que constituem a base alargada da coleção, além de outras adquiridas exteriormente. E integraram o Clube Cem Cem (1966), que operava como um grupo informal de amigos, apreciadores e colecionadores onde se sorteavam obras de arte.
Trata-se de uma coleção de exemplares muito significativos e maioritariamente de autores portugueses, constituída por cerca de setenta exemplares. Estão expostos somente vinte sete, além dos múltiplos de Edgar Pillet, Sonia Delaunay, Vasarely que se enquadram em produção seriada com características distintas. Este núcleo expositivo comporta gravuras de autores que só se encontram representados neste núcleo, obras de gravura que complementam outras de pintura do mesmo autor, e obras significativamente expressivas das diversas técnicas como a gravura em metal, litografia, xilogravura e serigrafia.
Cristina Azevedo Tavares
Exposición. 13 dic de 2024 - 04 may de 2025 / CAAC - Centro Andaluz de Arte Contemporáneo / Sevilla, España
Formación. 01 oct de 2024 - 04 abr de 2025 / PHotoEspaña / Madrid, España