Coletiva em homenagem a Maria Bethânia.
Ana Basbaum teve a ideia da exposição impulsionada por amigos e admiradores do trabalho de Maria Bethânia. O intuito não era o elogio à artista, mas os ecos e as inspirações que brotam a partir de seu trabalho. Espontaneamente foram se juntando obras, ideias, artistas, admiradores, e a exposição foi sendo concebida a partir desses estímulos. Não há propriamente uma curadoria, há objetos, obras de arte, fotografias, textos, poemas - em comum o fato de estarem aqui expostos por terem sido, todos, um ato de criação, um esforço pessoal e um desejo de participar dessa "cerimônia" de comemoração aos 50 anos de carreira da artista. Comemorar a artista é também comemorar o desejo da construção e a valorização de um Brasil mais genuíno e ético. Cá estamos, todos, nessa construção coletiva - utópica.
Toda exposição necessita de uma linha curatorial definida e clara, para que além...da apreciação de cada obra, a ideia do conjunto imprima um raciocínio e uma imagem que possibilite ao espectador a apreciação do todo e das particularidades.
Nesse caso, nessa "ocupação", a chave desse conjunto não se dá através da homogeneidade estética, mas através de um espírito de coletividade, de desejo e de ação. O Paço Imperial através de sua equipe e de Cláudia Saldanha, a Natura através de Luiz Seabra e Kati Almeida Braga se juntaram a essa tarefa como parceiros, amigos e cúmplices.
Sejam todos bem-vindos a esse plano de futuro.
Bia Lessa, curadora
Entrada actualizada el el 03 jul de 2015
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