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Marcelo Silveira: Hotel Solidão

Exposición / Galeria Nara Roesler Nueva York / 511 West 21st Street / Nueva York, New York, Estados Unidos
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Cuándo:
09 mar de 2022 - 23 abr de 2022

Inauguración:
09 mar de 2022 / 18 a 20 h.

Precio:
Entrada gratuita

Comisariada por:
Moacir dos Anjos

Organizada por:
Galeria Nara Roesler

Artistas participantes:
Marcelo Silveira

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Escultura  Escultura en New York 

       



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Descripción de la Exposición

Nara Roesler New York tem o prazer de anunciar a primeira individual do artista brasileiro Marcelo Silveira (1962) nos Estados Unidos. A mostra reúne trabalhos de diferentes épocas, centrando-se na sua prática com a cajacatinga, madeira típica da mata atlântica brasileira, cujos fragmentos são encontrados parcialmente carbonizados pelo artista em Gravatá, no interior de Pernambuco, estado onde reside. Com curadoria de Moacir dos Anjos, curador do 30o Panorama de Arte Brasileira e da 29a Bienal de São Paulo, a mostra apresenta também as mais recentes colagens da série Hotel Solidão, feitas com imagens de revistas dos anos 50. Ao longo de mais de trinta anos de carreira, Marcelo Silveira se consolidou como um dos grandes nomes da arte brasileira contemporânea, conjugando técnicas provenientes do universo da artesania popular com aquelas da tradição artística ocidental. Sua prática caracteriza-se pelo olhar atento aos objetos e materiais que não possuem mais utilidade no cotidiano. Essas “sobras”, como o artista gosta de se referir a elas, são incorporadas em seu processo fundamentado por uma economia do material. Seja recuperando estruturas de madeira abandonadas, ou seus fragmentos incinerados, seja colecionando revistas, vidros de perfume, pedaços de plástico, fotografias antigas, cartões postais, entre outros objetos, o artista visa aproveitar ao máximo os materiais, conferindo-lhes novas formas, destinos e sentidos, que demandam sua preservação como instrumentos estéticos. Em trabalhos como os das séries Manuais de Liêdo e Peles, Silveira investiga as características da madeira cajacatinga, abordando os limites da plasticidade do material, esculpindo-o, desgastando-o e criando linhas de resistência em sua superfície. Em seguida, organiza essas esculturas em diferentes configurações, por vezes sobre, ou encostadas à parede, como relevos; outras, construindo formas que brotam do chão, como em De natureza viva; ou ainda, penduradas, como Pêndulo e Aérea. Segundo Silveira, o gesto artístico pode ser verificado justamente na coesão do conjunto, que transforma um mero ajuntamento em uma forma coerente. O ato de reunir objetos é comum na prática do artista, constituindo uma verdadeira forma de colecionismo. Em Manuais de Liêdo, por exemplo, Silveira grava com letras de ferro sobre pedaços de cajacatinga frases retiradas dos mais diversos manuais. Além de conjugar dois tipos de colecionismo, a obra nos leva a refletir sobre as relações entre trabalho artesanal e intelectual. Hotel solidão, por sua vez, se inicia com uma coleção de edições brasileiras de 1947 à 1955 da revista “Grande Hotel”. Silveira faz uso das capas do periódico de fotonovela, doando seu miolo para outros artistas. As imagens, produzidas por ilustradores italianos, são cuidadosamente selecionadas, higienizadas, cortadas e então coladas sobre papel cartão, em diversas composições que chamam a atenção pelas suas cores peculiares e pela fisicalidade do trabalho que destaca as diversas camadas de papel ali organizadas. Marcelo Silveira: Hotel Solidão sintetiza as principais linhas presentes no processo criativo do artista, determinadas por uma lógica que privilegia as potencialidades do residual por meio de processos de reciclagem de materiais e significados, ao mesmo tempo em que estabelece com maestria uma ponte entre a arte contemporânea e o artesanato popular brasileiro. marcelo Silveira A prática de Marcelo Silveira parece questionar categorias pré-estabelecidas, ao desafiar e tensionar definições aparentemente consolidadas de escultura, instalação, arte popular, artesanato e colecionismo. Sua produção move-se a partir do interesse pela materialidade. Tudo pode ser objeto de trabalho: madeira, couro, papel, metal, plástico e vidro são apenas alguns dos elementos explorados. Contudo, também é fundamental a configuração por eles assumida, que pode ser criada a partir do repertório formal comum àqueles objetos – garrafas e copos de vidro, por exemplo – ou pela recriação de formas familiares e comuns em matérias inesperadas – como Silveira faz com a madeira, por exemplo. O colecionismo, de fato, constitui estratégia privilegiada do artista, ao lado do constante jogo entre apropriação e produção. Essas operações aparecem em seu trabalho de diversos modos, seja pelo acúmulo de artefatos encontrados no mundo – como cartões postais, réguas dedesenho, vidros de perfume, etc. –,em objetos que remetem a utensílios domésticos, mas desprovidos de qualquer utilidade, ou até pela apresentação dos trabalhos sob a forma de conjuntos, em que cada fragmento se integra àquela totalidade, ressignficando-a. Nesse sentido, a organização é fundamental na prática de Silveira, não só como estratégia expositiva, mas também para conferir novo sentido a esses objetos, que possuem a potência de despertar memórias afetivas. Marcelo Silveira nasceu em 1962, em Gravatá, Pernambuco. Vive e trabalha em Recife. Exposições individuais recentes incluem: Compacto com pacto, no Sesc Triunfo (2019), em Triunfo, Brasil; Compacto mundo das coisas, na Galeria Nara Roesler (2019), em São Paulo, Brasil; Com texto, obras por Marcelo Silveira, no Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba (MACS) (2018), em Sorocaba, Brasil; Censor, no Museu da Imagem e do Som (MIS) (2016), em São Paulo, Brasil; e 1 Dedo de Prosa, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) (2016), em Recife, Brasil. Participou da 5ª Bienal do Mercosul, Brasil (2005), e da 4ª Biennale de Valência, Espanha (2007), além das mostras coletivas: Triangular: Arte deste século, na Casa Niemeyer (2019), em Brasília, Brasil; Apropriações, variações e neopalimpsestos, na Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB) (2018), em Viamão, Brasil; Contraponto – Coleção Sérgio Carvalho, no Museu Nacional da República (2017), em Brasília, Brasil; Modos de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos, na Oca (2017), em São Paulo, Brasil. Suas obras integram importantes coleções institucionais, tais como: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), São Paulo, Brasil; Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM), Recife, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil. nara roesler Nara Roesler é uma das principais galerias brasileiras de arte contemporânea, representando artistas brasileiros e internacionais fundamentais que iniciaram suas carreiras na década de 1950, bem como artistas consolidados e emergentes cujas produções dialogam com as correntes apresentadas por essas figuras históricas. Fundada por Nara Roesler em 1989, a galeria tem consistentemente fomentado a prática curatorial, sem deixar de lado a mais elevada qualidade da produção artística apresentada. Isso tem sido ativamente colocado em prática por meio de um programa de exposições criterioso, criado em estreita colaboração com seus artistas; a implantação e estímulo do Roesler Curatorial Project, plataforma de iniciativas curatoriais; assim como o contínuo apoio aos artistas em mostras para além dos espaços da galeria, trabalhando com instituições e curadores. Em 2012, a galeria ampliou sua sede em São Paulo; em 2014 expandiu para o Rio de Janeiro e, em 2015, inaugurou um espaço em Nova York, dando continuidade à sua missão de oferecer a melhor plataforma para seus artistas apresentarem seus trabalhos.


Entrada actualizada el el 01 mar de 2022

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