Descripción de la Exposición
“Um anartista será um anormal que, como vulgarmente são entendidos os anormais, não faz nada como normalmente os artistas fazem (…)”
“São os estudiosos das artes como os índios que, perante a projecção de um filme sobre uma grande metrópole, não reagem a não ser quando observam em trânsito num passeio apinhado de gente estranha uma bem familiar galinha, a única coisa que os liga a esse mundo desconhecido.”
“Há, naturalmente, nesta apreciação crítica ao anartista o maior elogio à sua arte, ou anarte, sendo esta a arte que nega a arte, como a anti-filosofia é a filosofia que nega a filosofia.”
“Os artistas vivem no mundo dos artistas, numa espécie de éden onde todos andam nus e desconhecem a existência do lado de fora do jardim de onde nunca saíram, coitados, foram lá colocados e ninguém lhes disse que podiam sair e como rejeitam, como os índios, o que desconhecem, negam a existência da arte anedénica, talvez porque nunca comeram uma maçã.”
“José Régio afirmou no seu “Três ensaios sobre arte” que a arte é a “criação consciente de beleza”. Na minúscula ilha do Pacífico, arte é a “criação obediente de beleza.”
“Concluo que é claro que o anartista não tem pátria nem partido, mas as suas obras poderão revelar a pátria que não o possui e o partido a que não se filiou.”
“Com “anarquista”, o anartista sente uma ligação fraternal, acreditando ter sido parido por mesma mãe e de ter sido concebido por mesmo pai. “
“O anartista é o anarquista da arte e, tal como o anarquista, ainda ninguém o foi capaz de classificar como uma gema de incalculável valor porque só são capazes de classificar as pedras que já identificaram e só valorizam as que são lapidadas como já viram fazer.”
Exposición. 19 nov de 2024 - 02 mar de 2025 / Museo Nacional del Prado / Madrid, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España