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Maciej Babinski - Retratos eriçados

Exposición / Pharmacia Cultural Fundação Stickel / R. Ribeirão Claro 193, Vila Olímpia / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
07 sep de 2019 - 01 nov de 2019

Inauguración:
07 sep de 2019 / 11:00

Horario:
De segunda a sexta das 11 às 16 horas. Sábado - das 11h às 15 horas

Comisariada por:
Agnaldo Farias, Fernando Stickel

Organizada por:
Fundação Stickel

Artistas participantes:
Maciej Antoni Babinski
Etiquetas
Acuarela  Acuarela en Sao Paulo  Dibujo  Dibujo en Sao Paulo  Grafito  Grafito en Sao Paulo  Óleo sobre tela  Óleo sobre tela en Sao Paulo  Pintura  Pintura en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

A Pharmacia Cultural - espaço expositivo e centro de atividades criativas de toda ordem e qualidade da Fundação Stickel – tem o privilégio de apresentar Retratos eriçados, a mais nova série de desenhos de Maciej Babinski, o mítico artista nascido na Polônia em 1931, radicado no Brasil desde 1953, mais uma involuntária contribuição do nazismo para a civilização ocidental. Foi precisamente no dia 6 de agosto de 1953 que Babinski desembarcou no Rio de Janeiro vindo do Canadá, onde gelava junto com a família, portando pouquíssimos dólares e algumas gravuras que, em compensação, lhe valeram o reconhecimento instantâneo de Darel Valença Lins, Osvaldo Goeldi e o grande colecionador Castro Maya. Andejo por natureza, Babinski rodou pelo Brasil, e em 1965, graças aos militares e de uma reitoria que lhes era cúmplice, pediu demissão do cargo de professor do centro de artes da Universidade de Brasília. Donde se conclui que São Paulo deve Babinski à ditadura. Uma vez aqui, logo chamou a atenção de Wesley Duke Lee, Nelson Leirner e, passados alguns anos, introduziu a prática da gravura na célebre Escola Brasil:, de Baravelli, Resende, Nasser e Fajardo. Amafumbado no subsolo da escola, transformou o porão na fábrica de suas imagens fantásticas e suas aquarelas sem par. Depois de passagens por Goiás e Minas (Uberlândia), foi reintegrado à Universidade de Brasília em 1985, por obra do reitor Cristovão Buarque e, em seguida, na bica de se aposentar, apaixonou-se por Lidia. Graças a ela, que é cearense, em 1992 rumou para Várzea Alegre, encravada no Cariri. Lá, quase “sem rádio e sem notícia das terra civilizada”, como cantava o grande Luis Gonzaga, nascido ali pertinho, do outro lado da fronteira, a obra do grande artista, ao mesmo tempo em que se escondeu de nós, moradores das grandes cidades, e talvez por causa disso mesmo, vicejou. Babinski segue fazendo gravuras, aquarelas e pinturas. Desenhando sempre, é claro, dado que não se concebe nenhuma das práticas acima sem desenho, linguagem mãe. Segue produzindo copiosamente sem ser interrompido pelo demônio do celular, que lá pega muito mal, e que faz da nossa produção metropolitana um hiato entre chamadas e verificações sucessivas da caixa de entrada do whatsapp. Nosso artista é fundamentalmente focado em dois assuntos que, a seu ver, se interpenetram: a natureza – vegetal e mineral, e a natureza humana, esse animal de comportamento raro, imprevisível, assanhado, nós mesmos, tema no qual sempre esteve enredado e que ele leva a confins surpreendentes. Fernando Stickel, artista, diretor da Fundação Stickel e amigo de longa data de Babinski, convidou Agnaldo Farias e juntos abalaram-se até Várzea Alegre. De lá trouxeram essa série de 66 magníficos desenhos, além de duas pinturas que, como salientou o artista, louvando a escolha dos curadores e ressaltando o movimento dialético de sua pesquisa, nasceram e propiciaram o nascimento da série. Retratos eriçados reúne um impressionante conjunto de desenhos cuja tônica é uma gestualidade tensa, explosiva. Eles diferem das gravuras minuciosas, diante das quais os olhos esquadrinham incansavelmente, das pinturas cujo cromatismo desatado atua como protagonista. Nesses desenhos o gesto é solto e a serviço da representação de pessoas – uma, duas, três ou mais, conversando animadas, silenciosamente ensimesmadas, apaixonadas ou às turras, não raro amarguradas, esbravejando, alvo de desprezo ou de um desejo voraz; as cenas seguem sempre diferentes. Trata-se, já se vê, de desenhos psicológicos, que deixam ver o interesse e respeito do artista pela natureza humana, sua tentativa em capturar a variedade infinita das possibilidades expressivas. Sua mão liberta-se da educação, afinal o que mais, em se tratando desse tema tão profundo e enigmático, poderia reter um gesto educado? Em diapasão semelhante vêm as pinceladas abertas, as manchas largas de cores esmaecidas, reforçando a vibração dos corpos e dos ambientes afetados pelo movimento interior dos retratados. Retratos eriçados retoma em chave atualizada, fruto da maturidade do artista, sua herança de artista pertencente ao Automatistas canadenses, ligados ao Paul-Émile Borduas, hoje, na esteira da crítica ao eurocetrismo, recuperados na qualidade de um dos mais fecundos ramais do Surrealismo. Técnica: 66 desenhos, grafite e aquarela sobre papel, 53 x 40 cm; 2 pinturas: "Protagonista" e "Paisagem Carbonizada”, óleo sobre tela, 150 x 200 cm


Imágenes de la Exposición
Maciej Babinski — Cortesía de la Fundação Stickel

Entrada actualizada el el 27 ago de 2019

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