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Linhas Tortas

Exposición / Mendes Wood DM - São Paulo / R. Barra Funda 216 / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
02 sep de 2023 - 11 nov de 2023

Inauguración:
02 sep de 2023

Precio:
Entrada gratuita

Comisariada por:
Diana Campbell Betancourt

Organizada por:
Mendes Wood DM

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

A Mendes Wood DM tem o prazer de anunciar Linhas Tortas, uma exposição coletiva internacional que ocorrerá em São Paulo, com a participação de vários espaços de arte. A exposição toma como inspiração o aforismo “Deus escreve certo por linhas tortas” para explorar o cruzamento de diferentes caminhos e o poder da narrativa, comemorando uma década de existência da galeria. Embora muitos dos mais de 100 trabalhos em Linhas Tortas apresentem, de maneira formal, linhas curvas, a exposição não adere estritamente ao aforisma que a inspirou. O que ela se propõe é apresentar perguntas ao mesmo tempo que traz outras formas de interpretar esse ditado tão complexo quanto onipresente. A exposição abarca cinco linhas curatoriais interconectadas, justapostas e, muitas vezes, entrelaçadas, que se estendem por um espaço doméstico e íntimo, que é uma obra-prima da arquitetura moderna brasileira, e por um grande espaço industrial, que é a sede da Mendes Wood DM em São Paulo. Essas linhas curatoriais são unidas pela ideia de que linhas de solidariedade, fundamentadas em compromisso, confiança e amizade, dão vida a uma moeda poderosa e intangível, capaz de possibilitar mudança radicais em direções, antes, inimagináveis. Direções que não são retas, nem sequer são estreitas, convenientes ou únicas. Linha curatorial 3 Jornadas inesperadas podem mudar quem somos? Qual o impacto de encontrar e se envolver com um lugar fora dos itinerários convencionais? A vida é uma jornada. Linhas Tortas investiga como encontros transacionais transformadores influenciam a produção artística de muitos artistas representados pela galeria e dos artistas que os inspiram e influenciam. Quando você vai a um lugar inesperado, a jornada leva você a algum lugar que nunca fora imaginado. Ela é uma experiência externa que pode transformar o seu mundo por completo. Falando em sua própria voz, essa linha curatorial entrelaça as palavras de Édouard Glissant sobre a errância – conceito que afirma que os indivíduos adquirem identidades mais plenas com base não apenas em suas raízes, mas também em sua relação com o outro – às palavras de Saidiya Hartman sobre a indisciplina, “a prática incansável de tentar viver quando você nunca deveria ter sobrevivido”. A mostra segue trilhas complexas (de pensamento e de vida), que se desdobram quando alguém parte com intenção, mas sem um destino à vista. O próprio crescimento da Mendes Wood DM de São Paulo (2010) para Bruxelas (2017), Nova York (2022) e Paris (2023) – com paradas em locais externos, tais como Retranchment (desde 2019), Villa Era (desde 2020), Luss House (2021), no estado de Nova York, e no Hudson Valley (2022) –, também pode ser mais bem entendido por meio dessa linha curatorial. A contínua jornada internacional da Mendes Wood DM é o reflexo de um sonho de longa data de criar espaços de troca artística em locais e com comunidades que nutrem tanto a galeria quanto os seus artistas. Umas das primeira seções da exposição é um painel que evidencia a importância da jornada na produção de Paulo Nazareth. Nazareth foi o primeiro artista da galeria (ele começou a trabalhar com os sócios em 2007, antes mesmo da fundação oficial da galeria) e já percorreu mais de uma dezena de países colecionando histórias, objetos, amigos e propósitos ao longo do caminho. Entre as fotografias, os vídeos e as instalações de Nazareth que aparecem em Linhas Tortas está A Rupee For My Country (2006), um trabalho que o artista produziu durante a sua primeira viagem ao exterior, quando visitou a Índia. A obra é a encenação de um jogo que aborda a complexidade da identidade e o possível significado de capital/ moeda cultural. Pacita Abad, Lynda Benglis, Antonio Dias, Antony Gormley, Matthew Lutz-Kinoy, Daniel Steegmann Mangrané, Hana Miletić, Senga Nengudi e a curadora Diana Campbell estão entre os muitos protagonistas da exposição que também tiveram encontros transformacionais na Ásia que podem ser vivenciados nos seus trabalhos. Nascido 77 anos antes de Paulo Nazareth, em 1900, o artista autodidata Amadeo Luciano Lorenzato, de Belo Horizonte, mudou-se para a Itália com os seus pais, imigrantes italianos, no final da década de 1920, quando a gripe espanhola eclodiu no Brasil. Lá, ele trabalhou como pintor de paredes durante a reconstrução da Itália após a Primeira Guerra Mundial. Em 1925, ele embarcou em uma viagem de bicicleta, com duração de um ano, por toda a Europa, com um pintor holandês que ele havia conhecido, ampliando os seus horizontes e expandindo o seu envolvimento com a arte europeia, antes que a Segunda Guerra o trouxesse de volta ao Brasil e, posteriormente, de volta a Belo Horizonte. Ele trabalhou em construções até que uma lesão na perna fez com tivesse que se dedicar à pintura em tempo integral, uma experiência que pode ser percebida na fisicalidade de sua produção artística: em suas superfícies texturizadas, feitas com pigmentos de sua própria feitura e transformadas por ferramentas artesanais, tais como pincéis, pentes e garfos. Histórias de migração e encontros transacionais não se limitam aos seres humanos. O artista de Los Angeles Calvin Marcus é a quinta geração de descendentes que cuidam de begônias derivadas de uma muda que o tetravô de Marcus trouxe da Inglaterra quando migrou para os Estados Unidos. Embora a begônia seja nativa do Brasil, e as lembranças da viagem que a planta fez entre a América do Sul e a Inglaterra para encontrar com os antepassados de Marcus tenham se perdido, o artista vê essas plantas como um brasão de família em constante crescimento e evolução. Em suas pinturas, ele amplia e reduz o foco das plantas, fazendo com que nos sintamos envolvidos em um mundo familiar, porém difícil de compreender, que está aqui, lá e em todos os lugares, ontem, hoje e amanhã. Daniel Steegmann Mangrané, que também está entre os primeiros artistas da galeria, teve uma experiência transformacional ao visitar o Brasil pela primeira vez após um importante encontro com o trabalho de Lygia Clark, em uma exposição na Fundació Antoni Tàpies, em 1997. Em 2004, ele acabou se mudando permanentemente para o Brasil. A curadora e o artista vêm explorando as correntes subterrâneas que ligam Bangladesh ao Brasil por meio da ecologia e da arquitetura. Linhas Tortas apresentará, pela primeira vez no Brasil, Fog Dog (2019–2020) na Casa Iramaia, conectando as escadarias projetadas nos anos 1950 por Muzharul Islam, em Bangladesh, e por Gregori Warchavchik, no Brasil, por meio da cenografia em torno do filme. O primeiro filme narrativo do artista nos leva a uma comunidade de habitantes humanos e não humanos em Charukala, a Faculdade de Belas Artes da Universidade de Daca, que foi projetada por Muzharul Islam entre 1953 e 1955. Misturando ficção e contemplação, esse trabalho explora os fantasmas do passado e do futuro que assombram Bangladesh nos dias de hoje, a partir do ponto de vista dos vira-latas que vivem nos espaços compartilhados. Enquanto a vida dos protagonistas do filme gira em torno da escola de arte, os horrores da violência climática e política em outras partes do mundo surgem e falam sobre a interconexão de contextos aparentemente díspares. Além de Steegmann e Clark, a exposição Linhas Tortas revela linhas de influência artística entre diferentes culturas, conectando a produção de Lucas Arruda e Luc Tuymans, Solange Pessoa e Aleijadinho, Alma Allen e Louise Bourgeois, bem como outros pares que demonstram como esses artistas se movem uns em direção a outros em seus processos criativos, que estão em constante evolução. Também na Casa Iramaia, a artista ucraniana Veronika Hapchenko, que vive na Polônia, aproxima o Brasil e a Ucrânia de hoje, país este que é também o país de origem de Gregori Warchavchik, onde ele viveu antes de construir o seu legado artístico no Brasil. A artista se baseia em arquivos do mundo para reconstruir imagens dos relevos cerâmicos do artista ucraniano Ivan Litovchenko (1921-1996), feitos em Pripyat – uma cidade abandonada no norte da Ucrânia que foi, no passado, um centro para os trabalhadores que serviam a usina nuclear de Chernobyl. As obras pictóricas de grande escala de Litovchenko, ilustrando os principais mitos da URSS, foram finalizadas apenas alguns anos antes da trágica explosão nuclear e parecem sugerir a morte e a destruição que estavam por vir. O mito soviético da iluminação via eletrificação é questionado e reescrito por Hapchenko em um trabalho inédito, feito para Linhas Tortas, que representa uma nação fugindo da escuridão, guiada por uma luz alegórica que irradia de um coração arrancado de uma figura mitológica soviética presente na literatura de Maksim Górky. Linha curatorial 4 Certos eventos ou reviravoltas da vida que parecem limitações podem abrir novas direções para a expressão criativa? O que seriam as geometrias da libertação? "Linhas Tortas" celebra a forma como os artistas colaboram com mudanças em seus próprios trajetos de vida, reconfigurando a maneira como fazem arte e recusando-se a permitir que seus impulsos criativos sejam abatidos pela dúvida – seja ela interna ou externa. Essas mudanças podem ser físicas ou políticas, mas são sempre pessoais. Entre elas, várias surgem de renovações profundas no rumo da carreira feitas por escolha, enquanto outras resultam de descobertas acidentais no processo de construir uma vida, desvendando espaços de liberdade e possibilidades talvez antes inimagináveis. A pintura da artista estadunidense Torkwase Dyson exibida em "Linhas Tortas" presta homenagem a um conceito que ela descreve como “geometria da libertação”, um conceito que permeia toda a sua prática artística e está inserido na filosofia em constante evolução do Pensamento Compositivo Negro. Seu trabalho desafia o legado violento do modernismo e nos conduz a espaços de liberdade construídos e habitados por corpos marrons e negros. Espaços que são forjados com o propósito de sobreviver e enfrentar os mundos criados para destruir o protagonismo desses corpos. Os quadrados, linhas curvas, triângulos e trapézios presentes em seu trabalho estão conectados à história da resistência e libertação negra. O quadrado, por exemplo, remete à história verídica de Henry 'Box' Brown, um homem escravizado que se libertou em 1849 ao despachar-se pelo correio em uma caixa até a Filadélfia. Da mesma forma, o triângulo evoca a história de Harriet Jacobs, que, em 1861, escreveu a história de sua fuga da escravidão, escondendo-se por quase uma década em um sótão sob um telhado inclinado. Também trabalhando com geometria e libertação, Rubem Valentim, um artista autodidata de Salvador, entrou no cenário artístico no final da década de 1940, após uma trajetória profissional nas áreas de jornalismo e odontologia. Sua jornada o levou a reimaginar e reinscrever representações dos orixás na arte brasileira, criando uma linguagem artística capaz de evocar o sincretismo cultural do Brasil. As obras de Valentim são organizadas e compostas por signos abstratos, construídos a partir de linhas horizontais e verticais, círculos, cubos e setas. Esses elementos são simplificações geométricas das representações dos orixás, divindades do Candomblé e da Umbanda que foram trazidas para as Américas por povos iorubás escravizados originários da África Ocidental e Central. No contexto brasileiro, o Candomblé e a Umbanda foram impactados pela interação com grupos indígenas e pela influência da Igreja Católica Romana, instalada no Brasil pelos colonizadores portugueses. Ao lado de sua noção de espaço pictórico e investigações cromáticas, o trabalho de Valentim dá origem a uma nova linguagem, cuja iconografia é revelada tanto para aqueles que estão familiarizados com as referências religiosas afro-brasileiras quanto para aqueles que não estão. Suas obras também fazem alusões incisivas à ameaça enfrentada pela consciência progressista e humanista durante a ditadura militar no Brasil, desafios que ainda perduram nos dias de hoje. Nascida na mesma época em que Valentim começou a fazer arte e igualmente comprometida com a luta contra o apagamento cultural promovido por regimes políticos opressivos, Sonia Gomes abandonou uma carreira jurídica aos 45 anos para se dedicar à arte, recusando-se a ficar confinada aos limites históricos que oprimem as mulheres afro-brasileiras ou por concepções tacanhas sobre o que define a arte. Nas esculturas e instalações de Gomes, o tecido emerge como um material recorrente, muitas vezes na forma de roupas doadas por pessoas que desejam contribuir para o seu processo criativo. Ela corta, torce, costura e estica esse material em formas abstratas que transpiram vida e novo potencial, emergindo de sentimentos de tensão e luta. Nas palavras da própria artista, compartilhadas em conversa com Fernanda Brenner, “Eu sou uma mulher negra trabalhando a partir de um contexto periférico, e isso, é claro, influenciou minhas oportunidades de trabalho, métodos e ética. Mas não é tudo; isso não me define. Meu trabalho me salvou; o trabalho comprometido – até mesmo compulsivo – de remendar, desatar nós, costurar e entrelaçar materiais preexistentes é o que me mantém firme e seguindo em frente. É minha força motriz. Sempre fiz isso; inicialmente, eu criava roupas e acessórios para mim, e isso me levou a fazer trabalhos mais abstratos. Nunca foi meu plano me tornar uma artista. A primeira exposição que fiz foi uma catarse, como se as peças precisassem existir de alguma forma". A relação de Gomes com a galeria antecede sua fundação e é uma parte fundamental da sua evolução como artista. Linhas Tortas apresenta vários de seus trabalhos que falam da resistência à predeterminação na arte e na vida. Embora o papel da tecelagem e dos têxteis na arte seja inquestionável nos dias de hoje, esse não era o caso na época de Anni Albers e de muitos de seus colegas e predecessores. À medida que Anni Albers envelhecia, ela se viu confrontada com a impossibilidade de continuar a tecer, devido a um tremor que se instalou em suas mãos. Albers começou a colaborar com esse tremor, levando sua mão trêmula ao papel e trabalhando com ele para criar belos desenhos. Às vezes, o tremor em sua mão e em seu coração caminhavam juntos, de mãos dadas, enquanto ela criava obras vulneráveis e íntimas para pessoas de seu círculo mais próximo. Curiosamente, ela observou que, de repente, quando as pessoas viam seus desenhos em papel, a percepção do seu trabalho transitava da categoria de artesanato para a arte. Uma dessas belas criações agora adorna as paredes da Casa Iramaia e está pendurada em diálogo com uma instalação têxtil contemporânea da artista baseada em Bruxelas, Hana Miletić. Como Albers, a migração de Miletić está relacionada à história das guerras, em particular, no caso de Miletić, às guerras iugoslavas do início dos anos 1990. Quase vinte anos após fixar residência em Bruxelas e enfrentar a situação de violência na atual Croácia, Miletić participou de um programa de residência na Fundação Albers, no Senegal, uma experiência que continua a inspirar seu trabalho, ampliando o diálogo sobre os têxteis na arte contemporânea. Enquanto Miletić e Albers fugiram da guerra para construir novas vidas, Alma Allen libertou-se de uma rígida criação mórmon quando adolescente em Utah, traçando um percurso por squats (moradias ocupadas) que o levou desde Joshua Tree até a cidade de Nova York. Inspirado pelas maravilhas da natureza, ele lançou sua jornada na arte ao criar pequenos objetos esculpidos em pedra e madeira, uma forma de expressão material que ele utilizava para manter um diálogo com os povos indígenas ligados à terra que o haviam influenciado. À medida que avançava, continuou a criar essas pequenas esculturas, batalhando nas ruas do SoHo para vendê-las e garantir sua sobrevivência. Foi lá que o artista encontrou apoiadores e clientes, os quais o ajudaram e contribuíram para que o seu trabalho crescesse em escala e ambição. No entanto, essa ambição teve seu preço, pois sua obsessão em esculpir resultou em lesões recorrentes, deixando-o impossibilitado de usar as mãos por longos períodos. Diante disso, o artista concebeu e construiu um sistema robótico usando peças sobressalentes de linhas de montagem e software proprietário, transformando-o em uma extensão mecanizada de suas mãos. Linhas Tortas apresenta esculturas do artista esculpidas à mão ou por robôs, delineando a interconexão entre esses processos que definem sua prática contínua e tecendo também uma homenagem à mão de Louise Bourgeois. Perto dali, na Casa Iramaia, o trabalho de Solange Pessoa encontra inspiração nas mãos, vida e legado de Antônio Francisco Lisboa, popularmente conhecido como Aleijadinho, um proeminente artista brasileiro nascido em Minas Gerais no século 18, filho de um arquiteto português e de uma mãe brasileira escravizada. Embora conhecido como um dos protagonistas do Barroco brasileiro que tanto inspira Pessoa, a jornada de Aleijadinho foi marcada por graves restrições devido a deformidades físicas decorrentes de uma doença que lhe reduziu as mãos a tocos e deixou seus pés deformados – membros que ele eventualmente perdeu. Conta-se que ele amarrava ferramentas de trabalho às mãos e envolvia os pés em almofadas para criar suas magníficas esculturas religiosas, igrejas e projetos arquitetônicos. Embora a existência concreta de Aleijadinho seja questionada, sua presença no imaginário brasileiro não o é. As linhas curatoriais de Linhas Tortas são: Linha curatorial 1: Quem tem o poder de escrever? Quem imaginamos que seja esse escritor? Quais linhas podem não ter sido registradas na página, permanecendo vivas apenas por meio de tradições orais e memórias, arte e cultura? Linha curatorial 2: Qual pode ser o papel da escrita na expressão artística? Como assinamos o que escrevemos no mundo? Linha curatorial 3: Jornadas inesperadas podem mudar quem somos? Qual é o impacto de encontrar e se envolver com um lugar fora dos itinerários convencionais? Linha curatorial 4: Certos eventos ou reviravoltas da vida que parecem limitações podem abrir novas direções para a expressão criativa? O que seriam as geometrias da libertação? Linha curatorial 5: Podemos visualizar o tempo e o espaço de maneiras e formas não lineares? Artistas: Adriano Costa, Alexandre da Cunha, Alma Allen, Alvaro Barrington, Amadeo Luciano Lorenzato, Amy Siegel, Amilcar de Castro, Annalee Davis, Anni Albers, Antonio Obá, Antony Gormley, Anusha Alamgir, Ayesha Sultana, Bruce Conner, Calvin Marcus, Candice Lin, Carolina Fusilier, Castiel Vitorino Brasileiro, Celso Renato, Christodoulos Panayiotou, Daniel Steegmann Mangrané, Eduardo Orteg, Erika Verzutti, Etel Adnan, Evelyn Taocheng Wang, Fernando Marques Penteado, Francesca Woodman, Giangiacomo Rossetti, Guglielmo Castelli, Hanna Miletić, Heidi Bucher, Huma Bhabha, Iulia Nistor, Josi, Kasper Bosmans, Kishio Suga, Laure Prouvost, Lawrence Abu Hamdan, Lawrence Weiner, Leonilson, Leticia Ramos, Luana Vitra, Luc Tuymans, Lucas Arruda, Luiz Roque, Lygia Pape, Lynda Benglis, Maaike Schoorel, Madelynn Gingold, Mariana Castillo Deball, Marina Perez Simão, Mario Garcia Torres, Matthew Lutz-Kinoy, Michael Dean, Mimi Lauter, Mira Schor, Monica Sartori, Naufus Ramírez-Figueroa, Neha Choksi, Neïl Beloufa, Nicole Chaput, Nina Canell, Pacita Abad, Paloma Bosquê, Paloma Contreras Lomas, Patricia Leite, Paulo Monteiro, Paulo Nazareth, Paulo Nimer Pjota, Pim Blokker, Pol Taburet, Roberto Burle Marx, Rosana Paulino, Rubem Valentim, Runo Lagomarsino, Sanam Khatibi, Saskia Pintelon, Senga Nengudi, Shilpa Gupta, Silvia Bächli, Solange Pessoa, Sonia Gomes, Sula Bermúdez-Silverman, Torkwase Dyson, Tunga, Varda Caivano, Veronika Hapchenko, Vojtěch Kovařík, and Willys de Castro.


Entrada actualizada el el 23 ago de 2023

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