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Lia Menna Barreto: A boneca sou eu — Trabalhos 1985-2021

Exposición / Museo de Arte de Río Grande do Sul Aldo Malagoli - MARGS / Praça da Alfândega, s/n / Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
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Cuándo:
11 may de 2021 - 08 ago de 2021

Inauguración:
11 may de 2021

Comisariada por:
Fernanda Medeiros, Francisco Dalcol

Organizada por:
Museo de Arte de Río Grande do Sul Aldo Malagoli - MARGS

Artistas participantes:
Lia Menna Barreto
Etiquetas
Dibujo  Dibujo en Rio Grande do Sul  Escultura  Escultura en Rio Grande do Sul  Instalación  Instalación en Rio Grande do Sul  Pintura  Pintura en Rio Grande do Sul 

       


Descripción de la Exposición

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul — MARGS, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura do RS — SEDAC, reabre na terça-feira, dia 11.05.2021, mediante agendamento prévio, inaugurando a exposição inédita “Lia Menna Barreto: A boneca sou eu — Trabalhos 1985-2021”. A mostra traz a público a produção e trajetória de uma das mais notáveis artistas entre a chamada Geração 80 no Rio Grande do Sul, e desde os anos 1990 nome destacado e com ampla inserção no circuito de arte contemporânea brasileira e mesmo internacional. A exposição apresenta dezenas de obras, que totalizam centenas de peças em exibição, traçando um panorama da trajetória de mais de 30 anos de uma produção pautada pela liberdade de trânsito e contaminações entre múltiplas linguagens e materiais, na intersecção entre arte, vida e cotidiano. Com curadoria de Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS, e Fernanda Medeiros, curadora-assistente, esta é a maior mostra já realizada da artista e a primeira a reunir um conjunto de obras tão extenso e abrangente de sua carreira. A ampla exposição ocupa todos os espaços expositivos do 1º andar do MARGS: as 3 galerias das Pinacotecas, as Salas Negras e a Sala Aldo Locatelli, além do foyer à entrada do Museu. Seguindo as novas orientações do Governo do Estado do RS em relação à pandemia da Covid-19, o MARGS adotou uma série de medidas sanitárias e de regras de acesso e visitação necessárias para garantir uma visita segura e que ofereça uma experiência que possa ser aproveitada da melhor maneira: máximo de 15 visitantes simultâneos (sendo grupos até 6 pessoas), controle de fluxo de entrada, uso obrigatório de máscara, medição de temperatura e respeito à distância de 2m. Em acordo com a legislação vigente, neste primeiro momento o MARGS reabre para visitação mediante agendamento prévio nas modalidades “Visita presencial sem mediação” e “Visita presencial com mediação”, que deve ser feito pela plataforma Sympla (www.sympla.com.br/produtor/museumargs). O período segue de terça-feira a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h), sempre com entrada gratuita. No caso da “Visita presencial com mediação”, serão 2 faixas de horários, para grupos de até 6 pessoas: 11h às 12h e 14h às 15h, de terça-feira a sábado. A exposição “Lia Menna Barreto: A boneca sou eu — Trabalhos 1985-2021” traz a público objetos, esculturas, sedas, instalações, pinturas e desenhos realizados desde 1985, além de documentos e registros visuais que complementam e ampliam a experiência. Junto a obras do acervo do MARGS, a mostra conta com empréstimos da Fundação Vera Chaves Barcellos (FVCB), do Museu de Arte Contemporânea do RS (MAC-RS) e de coleções particulares. Um dos destaques é um trabalho em site specific de grande escala e inédito (5 metros de altura por 11 de largura), composto por centenas de peças e objetos. Intitulado “Colar” e instalado na galeria central das Pinacotecas, foi realizado especialmente para a exposição. Nas Salas Negras, é apresentado “Ratão” (1993), uma das obras mais emblemáticas do acervo do MARGS, junto a “Diário de uma boneca” (1998), conjunto de mais de 400 pequenas bonecas feitas em costura de trouxas de pano, restos de tecido e pedaços de outras bonecas. A primeira delas, a artista fez para a filha de então 3 anos; as demais foram surgindo uma a cada dia, sem que falhasse um dia sequer ao longo de mais de um ano, como um registro da condição da maternidade. Já na Sala Aldo Locatelli, a série “Ordem noturna” (1996) ganha um resgate histórico com a exibição pela primeira vez de boa parte do conjunto das obras integrantes. E no foyer à entrada do Museu, o público poderá conferir durante o período expositivo o processo de desenvolvimento do trabalho “Máquina de bordar” (1997), que consiste em um sistema de produção de bordado a partir do plantio e germinação de sementes de milho. Colocadas sobre tecido úmido, dentro de bandejas e sendo regadas, as sementes brotam com o passar dos dias, iniciando-se um bordado a partir das raízes. Semanas depois, com as plantas e raízes desenvolvidas, inicia-se o processo de secagem, e a parte bordada é retirada da bandeja e armazenada ao lado. E em seguida o processo recomeça, dando início a um novo bordado. Como parte da exposição, o MARGS realizará um programa público com atividades envolvendo a mostra física e ações virtuais nos perfis do Museu nas redes sociais. A programação será divulgada em sequência. Programa “História do MARGS como História das Exposições” Esta exposição assinala um resgate e mesmo um reencontro da história do MARGS com a história da artista. Em 1985, recém-formada pelo Instituto de Artes da UFRGS e em pleno início de carreira, Lia teve teve a oportunidade de realizar no Museu a sua primeira individual. A exposição ocorreu pelo projeto “Espaço investigação”, que promoveu à época uma série de exposições de artistas jovens. Ao dar lugar no MARGS a pesquisas e propostas artísticas contemporâneas, o “Espaço investigação” é sempre lembrado por ter sido responsável pela projeção de muitos artistas então emergentes. Agora, passados 36 anos, Lia volta a apresentar uma individual no Museu. Nesse sentido, “Lia Menna Barreto: A boneca sou eu — Trabalhos 1985-2021” integra o programa “História do MARGS como História das Exposições”. Seu objetivo é trabalhar a memória da instituição de uma maneira inovadora, abordando a história do museu, as obras e constituição de seu acervo e a trajetória e produção de artistas que nele expuseram, por meio de projetos curatoriais que revisitam, resgatam e reexaminam episódios, eventos e mostras emblemáticas do passado do MARGS, de modo a compreender sua inserção e recepção públicas. Ao mesmo tempo, a realização desta exposição se insere no amplo programa da atual direção artística do MARGS que desde 2019 tem resultado em um conjunto de mostras dedicadas a artistas mulheres, somando-se assim às diversas monográficas já apresentadas e à coletiva “Gostem ou não — Artistas mulheres no acervo do MARGS” (2019-20). A artista e sua produção Lia Menna Barreto (1959) é uma das mais notáveis artistas entre a chamada Geração 80 no Rio Grande do Sul, tendo se tornado já desde os anos 1990 nome destacado e com ampla inserção no circuito de arte contemporânea brasileira e mesmo internacional. Nascida no Rio de Janeiro e crescida em Porto Alegre, a artista vive radicada já há alguns anos em seu sítio-chácara em Eldorado do Sul (RS), onde mantém em realização suas atividades e produção artísticas. O trabalho de Lia Menna Barreto ganhou reconhecimento e projeção nacional com esculturas, objetos e instalações em que desconstrói e reconstrói brinquedos infantis, bonecas de plástico, bichos de pelúcia e animais de borracha, a maior parte deles encontrados após paciente coleta em lojas populares no Centro de Porto Alegre, ao longo dos últimos 30 anos. A operação básica e elementar da produção de Lia é se apropriar desses objetos cotidianos, seriais e industrializados, intervindo neles a partir de procedimentos nos quais os corta, secciona, desmonta e prensa a quente, seguindo-se a reconstrução do todo a partir da remontagem de suas partes. Nas palavras do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol: “Há uma atração que conjuga fascínio e desconcerto no encontro com a produção de Lia Menna Barreto. Em um primeiro contato, suas obras são capazes de acionar sentidos díspares, despertando sensações que se alternam entre delicadeza e brutalidade, afeto e crueldade, ternura e perversidade, perplexidade e ironia. Partindo em grande parte da apropriação de brinquedos infantis, bonecas de plástico, bichos de pelúcia e animais de borracha, seus trabalhos operam no limite do tensionamento da quase violação dos universos lúdico, infantil e mesmo feminino.” Lia Mascarenhas Menna Barreto (Rio de Janeiro, 1959) É bacharel em Desenho pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (1985). No mesmo ano, realizou no MARGS, em Porto Alegre, a sua primeira exposição individual. Em 1988, participou do 10º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Fundação Nacional de Arte – Funarte, no Rio de Janeiro, no qual foi contemplada com o Prêmio Aquisição. Entre 1993 e 1994, viveu em São Francisco, nos Estados Unidos, e estudou na Stanford University, com bolsa concedida pelo programa International Fellowship in the Visual Arts, da American Arts Alliance. Em 1997, expôs trabalhos na 6ª Bienal de Havana, na Bienal de Los Angeles e na 1ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, em Porto Alegre, da qual volta a participar, em 2003, em sua 4ª edição. Atualmente, vive e trabalha em Eldorado do Sul – RS.


Entrada actualizada el el 24 may de 2021

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