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LB/Festival de Vídeo Online

Exposición Online


Cuándo:
Desde 28 abr de 2020

Inauguración:
28 abr de 2020

Comisariada por:
Analívia Cordeiro

Organizada por:
Luciana Brito Galeria

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

A partir do dia 28 de abril, a Luciana Brito Galeria inaugura plataforma pensada exclusivamente para a hospedagem de vídeos em seu website. Apresentamos o LB/Festival de Vídeo Online, que reune um conjunto de vídeos atuais e históricos, para traçar um panorama na história da videoarte no Brasil e no mundo. Além de ser uma mídia flexível, que nos permite acesso de onde e quando quisermos, o vídeo talvez seja a mídia que mais assimilou as transformações da contemporaneidade, assumindo seu lugar definitivo nas artes visuais. O festival quer tornar acessível ao público um conteúdo importante para a história da arte e que faz parte do acervo Luciana Brito Galeria, com trabalhos de artistas representados além de outros convidados. Apresentamos o vídeo “Corda” (2014), de Pablo Lobato, onde o artista constrói uma narrativa que mostra a tensão gerada entre os romeiros da procissão católica Círio de Nazaré (Belém-PA) para garantir suas relíquias. A cada semana, um novo vídeo será disponibilizado e ficará em nosso site por tempo indeterminado. A ideia é instigar o olhar do espectador de maneira a questionar seus conteúdos e debater suas propostas, num exercício despretensioso para entender os trabalhos desses artistas, além do posicionamento ao longo da trajetória da videoarte. Este novo projeto da galeria foi concebido por Analívia Cordeiro que também participou da curadoria juntamente com a equipe da galeria. Além disso, o público poderá acessar o site atualizado com as obras inéditas disponíveis dos artistas representados. ______________ Texto Curatorial: Aqui você verá vídeos históricos. Enquanto uns são praticamente inéditos, outros são consagrados pela história da arte. Em seus mais de 50 anos de existência, a vídeoarte é uma mídia que se caracteriza por sua enorme flexibilidade. Os formatos destes vídeos passaram por mais de dez variações: desde o início, com as grossas fitas U-Matic ou Betacam, por exemplo, até os pequenos e atuais pen-drives com suas enormes capacidades. Conhecer as transformações as quais essas obras sofreram é, hoje em dia, muito mais interessante do que se poderia pensar, considerando a acessibilidade atual da tecnologia, além da possibilidade de conhecer as fontes originais nos faz compreender que são justamente esses instrumentos que formatam o nosso mundo e a nossa percepção. Esta exposição tem o objetivo de mostrar como esses dispositivos existentes no passado pode nos ajudar a compreender e complementar o resultado artístico como um todo. O modo de exibição também variou muito: hoje existem inúmeras plataformas, desde celulares de pequena dimensão, até projetores 4K – Ultra HD, com grande extensão e qualidade excepcional. Mais uma vez, seguindo os rumos e as necessidades da nossa história, essa arte se reinventa e adquire um valor único quando entendemos, sentimos, compartilhamos e discutimos sua capacidade em traduzir um momento histórico, um lugar geográfico específico, ou mesmo um comportamento particular que se torna universal. Neste momento de isolamento social, a câmera de vídeo ganhou status de principal meio de comunicação visual, o único canal entre aqueles a quem queremos comunicar. Com isso em mente, podemos avaliar o significado de se expressar através de uma câmera. Podemos ainda compreender melhor a razão da qual os artistas escolheram este recurso para contar suas histórias e se posicionar no mundo, ressignificando-o através das lentes e do olhar do espectador. Mesmo hoje sendo tão próxima de nós, a câmera de vídeo nos impõe condições e a principal delas é que tudo o que queremos expressar deve se encaixar dentro de um retângulo, presente em todos os dispositivos de exibição de vídeo, desde aparelhos celulares até datashows. Ao mesmo tempo, há o desafio de fazer com que o espectador perceba a mensagem e seja instigado a imaginar o que acontece fora deste retângulo. É um jogo, e ao mesmo tempo, uma ditadura: a ditadura do retângulo. Nessa obrigação de enquadrar o mundo dentro de um espaço restrito condicionamos nosso cérebro a pensar assim e nossa percepção se altera de acordo com esses padrões. Vemos a realidade como algo a ser adaptado pelo nosso principal instrumento atual de expressão: o vídeo. O vídeo é visual e sonoro, mas é a realidade que nos oferece as sensações físicas. O grande desafio para o artista, dessa forma, é transmitir a riqueza e a complexidade da realidade com os recursos limitados dessa tecnologia. É intrigante observar como a genialidade e talento de cada artista provoca em nós sensações que vão além das restritivas soluções técnicas e até das experiências humanas. Através desse retângulo e dos recursos audiovisuais, cada artista cria sua poética e compõe uma obra única. Além disso, independente da percepção individual do espectador, há de se considerar o significado histórico e artístico contido em cada vídeo. É importante ainda apreciar os aspectos diversos do contexto de cada período, seus valores e possibilidades. Por isso, cada uma dessas obras pode ser vista mais de uma vez, e a cada oportunidade surge um novo olhar, assim como acontece com as telas penduradas nas paredes. Assim como a pintura, o vídeo também é uma tela, mas com movimento e som: este é o princípio base da vídeoarte. Nenhuma outra mídia conseguiu trilhar tão bem o caminho para a contemporaneidade como a vídeoarte. Ao longo de sua trajetória foi eliminando os obstáculos, aperfeiçoando-se, até conquistar seu lugar definitivo nas artes visuais. Não só foi assimilada como recurso pelas mais diversas linguagens, como carrega em si a capacidade de agregar os elementos da arte, como por exemplo a tradição clássica da tela emoldurada ou a narrativa literária. Nesse sentido metalinguístico, como ela pode ser renovadora? Pense nisso enquanto assiste aos vídeos. Os vídeos aqui escolhidos para serem apresentados online são legítimos, de alta qualidade artística, concebidos primeiramente para serem mostrados em formato original. Trata-se de uma curadoria genuína e autêntica, realizada para transmitir as ideias e as formas de pensamentos que nos fazem pensar, além de nos envolver com as poéticas intrigantes das épocas em que foram concebidos. Ao assistir aos vídeos, permita-se transportar para o período em questão: anos de 1970, 80, 90 ou os anos 2000, e ao mesmo tempo experiencie com eles o que há de universal e duradouro. Computador Sparcstation 2 1/16 Analivia Cordeiro, março 2020


Entrada actualizada el el 25 abr de 2020

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