Galeria Inox apresenta a exposição Lampoonist, do artista multimídia Alexandre Orion, de 26 de abril a 25 de maio de 2013. A vernissage acontece no dia 25 de abril, às 19h. Serão apresentadas 10 obras na mostra: Quatro esculturas, uma instalação de neon, que será desmontada e vendida separadamente em seis partes. A exposição apresenta obras tridimensionais e luminosas.

Reconhecido internacionalmente como um dos principais nomes da arte urbana, Orion já realizou intervenções e exposições individuais nas principais capitais do mundo. Artista multimídia, iniciou sua atividade artística em 1992, sob influência da cultura urbana e do universo do graffiti. Em pouco tempo, se destacou dos artistas de sua geração e passou a interagir com as ruas de uma maneira muito singular.

O projeto Lampoonist apresenta objetos tridimensionais e luminosos que fazem um paralelo poético entre a estética marginal ... e institucional, público e privado, transgressor e oficial. Com várias mostras internacionais agendadas, o projeto tem um impacto universal e um discurso visual que atinge o espectador.

É uma espécie de disfunção visual em que duas estéticas díspares se fundem, por um lado banaliza a publicidade por tirar dela sua característica formal, e por outro explicita a estética elaborada e intrincada das escritas urbanas. Ao mesmo tempo, em que rebaixa a publicidade à uma estética inferior, também eleva a escrita urbana à condição institucional, criando um questionamento em relação à sua essência transgressora, ao apresentá-la de forma comercial.

Ao utilizar a técnica dos luminosos publicitários para a criação de graffitis, Orion funde as linguagens oficiais e marginais e dilui a barreira visual que as distanciava, trazendo ambas para um único foco de discussão. A escrita urbana transgressoravem à tona em forma de luz. Aquilo que muitos reconhecem como sombrio, agressivo e ruidoso, ganha brilho e demonstra suas virtudes estéticas.

A palavra Lampoonist, tem origem no inglês e significa aquele que, com sarcasmo ou ironia, crítica publicamente algo ou alguém. Alexandre Orion explica: 'Entre os artistas de rua, sempre existiu e existe uma forte crítica à publicidade, a ideia de consumo e de privatização do espaço público. É como se os artistas de rua lutassem contra aqueles que se apropriam da cidade de maneira exploratória, como se a arte urbana fosse uma resposta transgressora à publicidade. Em parte, isso é verdade. Mas, hoje em dia, muitos desses artistas trabalham para as agências de publicidade e se orgulham disso. O projeto Lampoonist é também uma reflexão sobre essa condição contraditória entre a ideologia transgressora e a absorção pelo mercado', diz o artista.

As obras da série Lampoonist utilizam palavras que se referem ao mundo das artes e que definem características estéticas ou movimentos artísticos, tais como 'Kitsch' e 'Rupestre'. Como Orion diz: 'São preconceitos, são palavras que adjetivam, classificam e muitas vezes têm duplo sentido. Na história da arte, conceitos como 'Naif' ou 'Fauvismo' surgiram com intenção depreciativa, para criticar aquilo que não era aceitável, que não era vigente na época. Essas mesmas palavras são usadas hoje para definir um estilo, uma maneira de fazer ou uma estética específica'.

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Alexandre Orion nasceu em 1978. Artista multimídia, iniciou sua atividade artística em 1992, sob influência da cultura urbana e do universo do graffiti. Em pouco tempo, se destacou dos artistas de sua geração e passou a interagir com as ruas de uma maneira muito singular. Segundo o artista: 'A cidade não é uma tela. Antes de trabalhar no espaço público é preciso saber que cada parede e calçada, está repleta de significados'. É exatamente com esses significados, muitas vezes sutis, que o artista trabalha, interagindo com os passantes, tornando-os parte de sua obra artística, pesquisando técnicas, explorando o que a cidade oculta e revelando facetas do cotidiano que muitas vezes não percebemos.

Reconhecido internacionalmente como um dos principais nomes da arte urbana, Orion já realizou intervenções e exposições individuais nas principais capitais do mundo. No Brasil suas obras foram exibidas em espaços como Centro Cultural Banco do Brasil, Itaú Cultural, Caixa Cultural e Pinacoteca do Estado de São Paulo. Tem entrevistas e textos publicados em mais de 10 línguas, nos principais veículos de imprensa do Brasil e do mundo e pelas principais editoras de livros de arte, como Die Gestalten Verlag, Laurence King Publishers, Focus Press, Editions de la Martiniére, Taschen, Thames and Hudson, entre outras. Orion realizou exposições e possui obras nos acervos da Fondation Cartier pour L'art Contemporain, em Paris, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Centrum Beeldende Kunst de Rotterdam, Itaú Cultural, Deustche Bank de Nova York, Fundação Padre Anchieta, Nelson Atkin's Museum, Spencer Museum of Art, 516 Arts, e em sua mais recente mostrainternacional, entre maio e agosto de 2012, dividiu espaço com Vik Muniz, Paul Hazelton, Cai Guo-Qiang, Zhang Huan e Maskull Lassere, no MAD Museum de Nova York.