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Lady Warhol

Exposición / Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) / Av. Pedro Alvares Cabral, s/nº – Parque Ibirapuera / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
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Cuándo:
16 abr de 2013 - 23 jun de 2013

Inauguración:
16 abr de 2013

Organizada por:
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP)

Artistas participantes:
Christopher Makos

ENLACES OFICIALES
Web 
Etiquetas
Fotografía  Fotografía en Sao Paulo 

       


Descripción de la Exposición

Quais limites separam a figura feminina da masculina? Essa pergunta, que abriga em seu interior um universo de inferências a respeito da divisão de gêneros e de identidade sexual, é o cerne das fotos da série Imagem alterada, que o fotógrafo norte-americano Christopher Makos clicou usando como modelo seu amigo e cocriador do projeto, o ícone pop Andy Warhol. Pela primeira vez no Brasil, 50 imagens da série serão exibidas na mostra itinerante Lady Warhol, que o Museu de Arte Moderna de São Paulo recebe a partir do dia 16 de abril (terça-feira), às 20h, com a presença de Makos e curadoria da produtora espanhola La Fábrica, que organizou a mostra em colaboração com o MAM e é a responsável pelo festival PHotoEspaña.

 

No início dos anos 1970, o fotógrafo, então um iniciante egresso de Los Angeles, conheceu Andy Warhol na abertura da retrospectiva do último no Whitney Museum, e tornaram-se amigos. Um grande admirador da fotografia, o próprio Warhol flertou com esse suporte em retratos de celebridades e de seus amigos em Polaroid. No início dos anos 1980, quando Makos já não era mais novato e já tinha seu nome consolidado como fotógrafo, inclusive de moda, ele e Warhol resolveram fazer um projeto juntos.

 

A inspiração veio das fotos de autoria de Man Ray (de quem Makos foi assistente no fim dos anos 70), em que Marcel Duchamp surgia caracterizado como o personagem feminino 'Rrose Selavy (cuja duplicidade no 'r' inicial sugere pronúncia que evoca a palavra 'hereuse', 'feliz' em francês), mas Makos não queria apenas emular a experiência de seus antecessores no início do século 20. 'Eu tinha claro que a obra que realiaríamos juntos devia explorar nossas referências culturais em lugar de limitar-se a calcar a experiência Rrose Selavy criada 60 anos antes' afirma ele. 'Me perguntava como faria para transitar pela linha estreita que separa a usurpação que supõe a citação da criatividade que implica inspirar-se na obra de outro artista'.

 

A forma encontrada para resolver esse dilema foi buscar na forma um diferencial na composição dos ensaios e, no conteúdo, trazer questões presentes no tempo dos próprios autores. Tendo trabalhado com o próprio autor do original, Man Ray, Makos muitas vezes se pergunta como Man Ray indicaria a ele que resolvesse um determinado problema na realização de um projeto. 'E foi dessa forma que compreendi como devia executar o projeto com Andy', explica. Em contraponto ao clima noir das imagens de seus antecessores, o norte-americano optou por trazer às fotos uma claridade que realçasse a brancura da pele já muito branca de Warhol. Segundo Makos, '[...] Andy era a pessoa mais branca que eu tinha conhecido'.

 

Na escolha do figurino para as imagens, evidenciou-se o caráter de dubiedade de gêneros e de um estilo inconformista e alternativo que contrastava com o modo de vida yuppie da época. Foram utilizadas oito perucas e Andy Warhol foi maquiado como as modelos de então. Mas no corpo, o que se vê são suas roupas usuais de trabalho: camisa branca, gravata, jeans. Na pose, duas atitudes distintas: o olhar perdido no horizonte das mulheres ricas que pediam a Warhol que as retratasse; e fotos 'com glamour', como modelos de passarela, com uma maquiagem elaboradíssima.

 

Para sintetizar a relevância de Lady Warhol ainda hoje, Makos diz: 'se levamos em conta o estado emocional da cultura no mundo, as fotos de Identidade alterada, criadas em 1981, seguem dialogando de maneira eloquente com o público contemporâneo. A mim, me trazem à memória Man Ray, que foi minha grande inspiração, e Andy Warhol, que foi meu melhor modelo e amigo'.

 

O ARTISTA

 

Christopher Makos, fotógrafo norte-americano, nasceu em Lowell (Massachusetts), mas cresceu na Califórnia. Desde o início dos anos 1970, tem trabalhado no desenvolvimento de um estilo de fotojornalismo gráfico. Seus retratos de anônimos frequentadores de clubes noturnos e dos expoentes do pré-punk, do glam rock e do punk propriamente (reunidos em livros como 'White Trash', sucesso publicado em 1977) capturaram a essência do período com um estilo cru e direto. Amigo de Andy Warhol, Keith Harring e Jean-Michel Basquiat, consagrou-se como um dos nomes-chave da fotografia dos anos 1980, atuando para revistas como Interview, Rolling Stone, House and Garden, Connoisseur, Esquire, People e New York Magazine. Entre seus retratados, figuram Elizabeth Taylor, Salvador Dalí, John Lennon e Mick Jagger; e suas fotos foram expostas em instituições como Guggenheim de Bilbao, Whitney Museum (NY), IVAM (Valencia), além de o Museu Nacional Reina Sofía (Madri) ter comprado um dos retratos de Andy Warhol feitos por ele para seu acervo. Além de 'White Trash'; publicou 'Warhol: a personal photographic memory' (1989), 'Makos men: sewn photos' (1996) e 'Makos' (1997).

 


Imágenes de la Exposición
Christopher Makos

Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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