Descripción de la Exposición
Na quinta-feira, 7 de novembro, Fernanda Valadares (1971, São Paulo, SP) inaugura a individual "La inmensidad del lugar y la intimidad del espacio (y viceversa)…", com texto crítico de Alexia Tala, na Aura. A mostra, que reúne um conjunto composto pelas séries mais recentes da artista, explora as tensões entre os conceitos de espaço e lugar através de arquiteturas vazias e volumes naturais.
Marcada pela destreza no reordenamento da lógica entre imensidão e intimidade, a prática de Fernanda desenvolve algo de uma transformação do vazio em território poético. Ao ensaiar a impregnação de experiências subjetivas sobre paisagens naturais ou espaços arquitetônicos, o conjunto se desdobra em torno de metáforas da condição humana que se alastram por uma espécie de reverberação da quietude.
Por meio das sobreposições das camadas da encáustica, a artista sugere um deslocamento atmosférico; espaços que outrora eram parte do sistema carcerário podem se transformar em lugares por meio de mudanças de contexto e função. O que era historicamente denso e pesado, como penitenciárias ou ilhas prisionais, parece se fazer suspenso do mundo, o que garante ao trabalho um caráter paralelamente etéreo e terreno, intangível e mundano, limitante e libertador.
Mediados pela dualidade, os trabalhos da artista perseguem a possibilidade de dar chão a paradoxos. Segundo Alexia Tala, "como espectadores, depositamos nossa experiência nesses espaços, conectando o íntimo com o infinito, descobrindo que a imensidão também habita nossa interioridade e que o íntimo pode se expandir diante de nós como um horizonte sem fim. As obras de Valadares, assim como as reflexões de Bachelard e Tuan, nos lembram que o mundo que habitamos não é apenas uma realidade externa, mas também uma construção poética da experiência que se fixa na mente, ancorando forma e contorno no vasto e, às vezes, avassalador cenário da existência".
O título, então, traduzido ao português como "A imensidão do lugar e a intimidade do espaço (e vice-versa)..." fala de uma intimidade que não se faz limitada ao que é privado, bem como a possibilidade de uma imensidão que nada reserva de pública. A produção de Fernanda, na verdade, esbarra em paisagens emocionais infinitas e espaços fenomenológicos reconfigurados pelo encontro com cada espectador. Entre o íntimo e o imenso, a vida terrena e o cosmos, essas paisagens não procuram por nenhum – ainda que vivendo entre e dentro de cada um deles.
"La inmensidad del lugar y la intimidad del espacio (y viceversa)…" tem abertura na quinta-feira, 7 de novembro, e permanece aberta ao público até 1° de fevereiro de 2025 no piso térreo da galeria.