Dois nomes, dois artistas que marcaram profundamente a arte em Portugal, em especial, na segunda metade do século XX.
Fernando Lanhas e Álvaro Lapa foram pessoas com formas distintas de pensar e de interpretar o que os rodeava, o pensamento e a vida; mas com um objectivo similar, procurar resposta para questões e sonhos, e por uma busca incessante do porquê das coisas da arte e da vida.
Os dois artistas faziam a desconstrução da imagem, ideia ou sonho, para depois fazerem a representação pictórica através de dois caminhos diferentes.
Álvaro Lapa tem uma representação não geométrica onde a sua pintura de compreensão complexa é muito autobiográfica e cheia de simbolismo, havendo uma grande relação entre a pintura e a literatura.
Fernando Lanhas faz a planificação do pensamento e das obras no espaço e no tempo, transformando a imagem do mundo, numa completa racionalização das cores e formas geométricas.
Apesar da grande diferença e intensidade...do trabalho destes dois artistas, é possível colocar as obras de ambos em diálogo.
Diálogo onde a assimetria e a simetria, a complexidade e a simplicidade, o intenso e o suave se cruzam, permitindo a cada visitante uma busca íntima do nosso ser no meio do universo.
Entrada actualizada el el 17 ene de 2019
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