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Japan in/out Brazi

Exposición / Galeria Nara Roesler Nueva York / 511 West 21st Street / Nueva York, New York, Estados Unidos
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Cuándo:
04 sep de 2024 - 05 oct de 2024

Inauguración:
04 sep de 2024 / 18 a 20 h.

Precio:
Entrada gratuita

Organizada por:
Galeria Nara Roesler

Artistas participantes:
Asuka Anastacia Ogawa , Lydia Okumura, Tomie Ohtake

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Abstracción orgánica  Abstracción orgánica en New York  Figurativo  Figurativo en New York  Geométrico  Geométrico en New York 

       



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Descripción de la Exposición

A Nara Roesler Nova York tem o prazer de apresentar Japan In/Out Brazil, exposição coletiva que reúne o trabalho de três artistas de diferentes gerações que têm em comum a origem japonesa e que nasceram ou possuem vínculos muitos próximos com o Brasil: Tomie Ohtake (1913-2015), Lydia Okumura (1948) e Asuka Anastacia Ogawa (1988). Embora tenham em comum a origem japonesa e o fato de pertencerem a essa diáspora no Brasil, as três pertencem a diferentes gerações: enquanto Tomie Ohtake nasceu no início do Século XX e iniciou sua produção ainda na década de 1950, Okumura deu impulso a sua poética na década de 1970, momento de grande efervescência na arte conceitual, e Asuka Anastacia Ogawa é de uma nova geração de pintores contemporâneos. Tomie Ohtake consiste é um exemplo emblemático da diáspora japonesa na arte brasileira, sobretudo por seu pioneirismo. Com um trabalho inicialmente figurativo, a artista rapidamente se desloca para a abstração, na qual combina elementos gestuais com um rigor formal característico da abstração geométrica. A partir da década de 1970 passa a trabalhar com grandes áreas de cor e enquadramentos que sugerem continuidade das composições para além do espaço da tela. Com uso da tinta acrílica a partir de meados dos anos 1980, passa a criar tonalismos e deixar visíveis as sobreposições de camadas cromáticas, criando uma abstração de aspecto cósmico. Também desenvolveu um corpo de trabalhos escultóricos, que na exposição está representado por um trabalho da série Tubulares, desenvolvida a partir da década de 1990. Sua forma tubular e aspecto sinuoso, similar a um gesto pictórico, transmite leveza, em oposição à o natureza do material que a compõem (aço carbono). Lydia Okumura, por outro lado, é uma importante representante da arte conceitual brasileira, vertente que ganhou força no país a partir do final da década de 1960. Ao contrário de outros artistas que lhe foram contemporâneos, que gradualmente deslocaram suas produções para algo mais experimental, Okumura já em suas primeiras criações demonstrou um alto grau de inovação, dado que concebia seus trabalhos não como objetos artísticos acabados, mas como situações visuais que impactavam diretamente na percepção do espectador. Desse modo, por meio de desenhos e intervenções no espaço, a artista criava instalações e trabalhos site-specific que jogavam com a sensorialidade do público, convidando-o para interagir e fazer parte do trabalho. A partir da década de 1980, Okumura passa a trazer esses experimentos óticos para a pintura, criando composições onde são explorados elementos geométricos e a ambiguidade entre bi e tridimensional. A relação entre elementos culturais japoneses e brasileiros fica muito visível no trabalho de Asuka Anastacia Ogawa, jovem pintora que nasceu no Japão mas viveu parte de sua infância e adolescência no Brasil, antes de seguir para Europa e Estados Unidos, nos quais completou sua formação. Em sua obra pictórica, a artista representa personagens andróginas, de aspecto infantil, com olhos grandes e pele negra. Os fundos são neutros e de cores saturadas, por vezes intensamente luminosas. A representação frontal desses personagens, bem como o fundo algo abstrato, sugere que as mesmas carregam um forte conteúdo espiritual. Os títulos das telas fazem menção tanto a antepassados de Ogawa quanto a elementos ancestrais das culturas do Japão e do Brasil. Assim, a exposição reúne diferentes contribuições fornecidas por três artistas de diferentes gerações que integraram a diáspora japonesa no Brasil, mostrando que tal diáspora não somente teve grande importância para a história da arte no país mas continua, ainda hoje, fornecendo caminhos para se pensar a produção contemporânea. Sobre Tomie Ohtake Uma das principais representantes da arte abstrata no Brasil, Tomie Ohtake (n. 1913, Kyoto, Japão - m. 2015, São Paulo, Brasil) se mudou para o Brasil em 1936. Sua carreira artistica teve início aos 37 anos quando se tornou membro do grupo Seibi, que reunia artistas de descendência japonesa. No final da década de 1950, ao deixar para trás a fase inicial de estudos figurativos na pintura, mergulhou em explorações abstratas. Nessa fase, realizou a série conhecida como Pinturas cegas em que suprimia a visão para experimentar e desafiar as idéias fundamentais do movimento neoconcreto brasileiro, trazendo à tona em sua prática sensibilidade e intuição. Em 1957, convidada pelo crítico Mário Pedrosa, ela realizou uma primeira exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP), que culminou, quatro anos depois, em sua participação na Bienal de São Paulo de 1961. Ohtake começou a experimentar vários métodos de impressão durante os anos de 1970 e, já no final da década de 1980, executou projetos esculturais de grande escala assim como esculturas públicas em São Paulo e nas cidades vizinhas. Tendo trabalhado até o fim na vida, Tomie Ohtake faleceu em 2015, aos 101 anos de idade. Seus trabalhos foram exibidos inúmeras exposições. Entre as individuais mais recentes, encontramos: Infravermelho, na Nara Roesler (2024), em São Paulo, Brasil; Tomie Ohtake Dançante, no Instituto Tomie Ohtake (ITO) (2022), em São Paulo, Brasil; Persistência do visível, na Nara Roesler (2021), em Nova York, Estados Unidos; Tomie Ohtake: cor e corpo, na Caixa Cultural Brasília (2018), em Brasília, Brasil; Tomie Ohtake: nas pontas dos dedos, na Galeria Nara Roesler (2017), em São Paulo, Brasil; Tomie por Tizuka Yamasaki, no Museu da Imagem e do Som (MIS) (2015), em São Paulo, Brasil. Principais coletivas recentes incluem: Open Ended: SFMoMA’s Collection - 1900 to Now, no SFMoMA (2024), em San Francisco, Estados Unidos; 60a Bienal de Veneza (2024); Action, Gesture, Paint: Women Artists and Global Abstraction 1940-70, na Whitechapel Gallery (2023), em Londres, Reino Unido; Raio-que-o-parta: Ficções do moderno no Brasil, no Sesc 24 de Maio (2022), em São Paulo, Brasil; Composições para tempos insurgentes, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) (2021), no Rio de Janeiro, Brasil; Surface Work, na Victoria Miro (2018), em Londres, Reino Unido; Arte moderna na coleção da Fundação Edson Queiroz, no Museu Coleção Berardo (2017), em Lisboa, Portugal; Fusion: Tracing Asian Migration to the Americas Through AMA’s Collection, no Art Museum of the Americas (2013), em Washington, Estados Unidos. Possui obras em importantes coleções, como: Colección Patricia Phelps de Cisneros, Caracas, Venezuela; Dallas Museum of Art, Dallas, Estados Unidos; M+, Hong Kong; Metropolitan Museum of Art (MET), Nova York, Estados Unidos; Mori Art Museum, Tóquio, Japão; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Tate Modern, Londres, Reino Unido. Sobre Lydia Okumura Lydia Okumura (n.1948, Osvaldo Cruz, Brasil) iniciou sua trajetória originalmente interessada na cerâmica. cursou artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) entre 1970 e 1973, momento em que tomou contato não apenas com o legado deixado pela abstração geométrica brasileira, como também com movimentos artísticos internacionais que lhe eram contemporâneos, como a Arte Conceitual, cada vez mais forte no Brasil, e o Minimalismo. Dessas investigações, surgem trabalhos em diferentes suportes, como desenho, serigrafia, litografia e xilogravura, se destacando em especial as obras instalativas site-specific, que constituem parte bastante expressiva de sua poética. Ao lado de Genilson Soares e Francisco Inarra, entre 1970 e 1974, integrou o grupo Equipe3, através do qual realizou trabalhos e ações, além de ter participado da 12ª Bienal Internacional de São Paulo (1973). Partindo de elementos da abstração geométrica, como planos, linhas e cores, Okumura se debruça sobre as relações visuais existentes entre os mesmos, porém quase sempre levando em conta um fator extra, e crucial em seu trabalho, que é o espaço expositivo. Utilizando materiais como cordas, chapas de ferro, lápis e carvão, cria trabalhos que transitam entre o bi e o tridimensional, se projetando da parede para o espaço expositivo. Segundo Rachel Adams, a artista: “desafiava ativamente os espectadores a questionarem as percepções do mundo ao seu redor, por meio de esculturas, instalações e obras em papel que apagavam o limite entre duas e três dimensoes”. Lydia Okumura participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, incluindo: 12a Bienal Internacional de São Paulo (1973), Today’s Art of Brazil (The Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio, Japão, 1983) e 4a Bienal de Arte (Medellín, Colombia, 1981). Nos últimos anos produziu individuais nacionais e internacionais, como: Situations (UB Art Gallery, University of Buffalo, EUA, 2016) e In Front of Light (Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil, 2015), e participou de coletivas como: This Must be the Place (Americas Society, Nova York, EUA,2021) e The Women Geometers, Atchugarry Art Center, Miami, EUA (2019). Museus como The Metropolitan Museum of Art (Nova York, EUA), Hara Museum of Contemporary Art (Tóquio, Japão) e a Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo, Brasil) têm trabalhos de Okumura em suas coleções. Sobre Asuka Anastacia Ogawa Nascida no Japão, Ogawa passou parte da infância e adolescência no Brasil, completou os estudos na Suécia e graduou-se na Central Saint Martins College, em Londres. A diversidade cultural que permeou seus anos de formação teve grande impacto em sua produção artística, que incorpora diferentes referências visuais, crenças e tradições. Sobre fundos monocromáticos e vibrantes, suas pinturas oníricas caraterizam-se por retratar crianças andróginas com rostos cuidadosamente construídos pela artista e olhos amendoados que parecem mirar para além dos limites da tela. Embora não tenham uma temática definida as imagens de Ogawa remetem sobretudo à sua ancestralidade japonesa e afro-brasileira. “Embora eu não tenha um tema quando pinto, estou sempre pensando em minha mãe, avó e bisavó, e na beleza, força, luta e amor de nossos ancestrais”, diz a artista. Esse legado ancestral fica visível através dos elementos das telas de Ogawa, como vestimentas, adereços, objetos e animais em composições que retratam de maneira enigmática situações cotidianas como um indivíduo lavando roupa ou um jogo entre crianças. Ogawa trata de temas relacionados ao afeto e a ritos espirituais, criando situações ambíguas e misteriosas, carregadas de simbolismos que conectam a artista às suas diversas raízes. Ogawa realizou nos últimos anos algumas exposições individuais, como: Pedra (Blum&Poe, Los Angeles, EUA, 2023), Tamago (Blum&Poe, Los Angeles, EUA, 2022), Feijão (Half Gallery, Nova York, EUA, 2019) e Soup (Henry Taylor’s, Los Angeles, EUA, 2017). Participou também de coletivas, como Room by room: concepts, themes and artists in the Rachosfy Collection (The Warehouse, Dallas, EUA, 2023), Co-respondences: Brazil and Abroad (Nara Roesler, Nova York, EUA, 2023), 5471 Miles (Blum&Poe, Los Angeles, EUA, 2020), Early 21st Century Art (Almine Rech Gallery, Londres, Reino Unido, 2018), e Don’t Eat Me (Deli Gallery, Nova York, EUA, 2018). Seu trabalho integra as coleções do Dallas Museum of Art (Dallas, EUA), Nasher Museum of Art at Duke University (Durham, EUA) e do X Museum (Beijing, China). Sobre Nara Roesler Nara Roesler é uma das principais galerias de arte contemporânea do Brasil, representa artistas brasileiros e latino-americanos influentes da década de 1950, além de importantes artistas estabelecidos e em início de carreira que dialogam com as tendências inauguradas por essas figuras históricas. Fundada em 1989 por Nara Roesler, a galeria fomenta a inovação curatorial consistentemente, sempre mantendo os mais altos padrões de qualidade em suas produções artísticas. Para tanto, desenvolveu um programa de exposições seleto e rigoroso, em estreita colaboração com seus artistas; implantou e manteve o programa Roesler Hotel, uma plataforma de projetos curatoriais; e apoiou seus artistas continuamente, para além do espaço da galeria, trabalhando em parceria com instituições e curadores em exposições externas. A galeria duplicou seu espaço expositivo em São Paulo em 2012 e inaugurou novos espaços no Rio de Janeiro, em 2014, e em Nova York, em 2015, dando continuidade à sua missão de proporcionar a melhor plataforma possível para que seus artistas possam expor seus trabalhos.


Entrada actualizada el el 27 ago de 2024

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