Descripción de la Exposición
José Carlos de Brito e Cunha (1884-1950), o J. Carlos, é autor de uma das mais poderosas crônicas visuais do Brasil na primeira metade do século XX. Sua vasta produção, que se acredita ter passado de 50 mil desenhos, inclui caricaturas, charges, cartuns, alfabetos tipográficos, vinhetas, publicidade, enfim, todo o universo gráfico das primeiras revistas ilustradas do Brasil. A exposição J. Carlos: originais, com curadoria de Cássio Loredano, Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires, mostra instantes decisivos dessa longa e variada produção em 290 desenhos, que podem ser vistos a partir de 25 de março, às 18h, na Galeria Marc Ferrez do Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro.
Os desenhos foram selecionados entre os cerca de mil itens originais que integram a coleção Eduardo Augusto de Brito e Cunha, sob a guarda do IMS desde 2015. O acervo reunido pelo filho do artista também inclui coleções encadernadas das publicações em que J. Carlos atuou, como Careta, Para Todos, Fon-Fon e Almanaque Tico-Tico. Ao privilegiar os originais, muitas vezes anotados, a mostra pretende não apenas dar conta de alguns dos temas mais recorrentes do artista, mas também mostrar o caminho das ilustrações da prancheta para as páginas. Um percurso que fica claro quando se vê lado a lado o original e a página da revista.
A primeira seção é dedicada ao J. Carlos artesão: nela estão letras, vinhetas, rascunhos, logotipos - uma espécie de visita aos bastidores dos desenhos que viriam em seguida. O Brasil é o centro do segundo núcleo temático, com a crônica da política, sobretudo dos governos Dutra e Vargas, e dos costumes do Rio de Janeiro, do carnaval, das melindrosas e do povo sempre sofrido.
Outra série de desenhos é uma verdadeira aula de história, com momentos importantes da Segunda Guerra Mundial interpretados por desenhos que vão do humor puro simples a impressionantes alegorias em defesa da liberdade. O segmento final mostra um J. Carlos pouco conhecido, desenhando para crianças em histórias em quadrinhos no Tico-Tico ou como autor de Minha babá, livro infantil que hoje é raridade.
J. Carlos foi um dos primeiros representantes do modernismo no Brasil, com a leitura - direta ou indireta - que fez do art nouveau e da art déco a partir da década de 1910. Isso pode ser percebido nos desenhos que fez de arranha-céus e seus interiores, nas roupas e nos corpos de suas melindrosas e afrodites, desenvolvendo um estilo completamente seu, inconfundível e inimitável.
Aos 18 anos, publicou seu primeiro desenho, um retrato de Campos Sales, presidente da República de 1898 a 1902, e não largou mais a imprensa. Com a imagem chegando, nesse início do século XX, em pé de igualdade com a palavra, as redações e a publicidade precisavam recorrer ao desenho para vender seus produtos e valorizar o que era noticiado. Tudo tinha que ser desenhado, já que a fotografia ainda era um processo laborioso e caro, e sua reprodução impressa ainda era quase exclusivamente em preto e branco.
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