Descripción de la Exposición
O universo heterogêneo dos artistas que compõem a presente exposição ilustra a diversidade de referências a informar a atual prática artística no Irã.
O cenário contemporâneo daquele país parece construído como uma colcha de retalhos que justapõe a nostalgia pelo passado a um presente aparentemente intransponível, no qual a arte contemporânea e as conexões com o Ocidente funcionam como escape a uma realidade permeada pela guerra e pela violência nos mais diversos níveis.
Neste contexto, Shadi Ghadirian exibe uma serie de fotografias que, a exemplo das naturezas mortas flamencas, ou mesmo das imagens de revistas de moda atuais, combinam objetos de fetiche do mundo do consumo ao arsenal bélico presentes no imaginário contemporâneo forjado pela mídia; Amin Aghaei explora conceitualmente em pintura, vídeo e fotografia o olhar fracionado, embotado e caótico de quem experimenta a guerra; Ali Zanjani, partindo de imagens de arquivo fílmico 16 mm, combina referências à mulher iraniana de ontem e hoje na série "Gravidez Estática", um grande painel reapropriacionista que captura a beleza feminina ao passo em que tangencia o contraste entre a representação da mulher velada no Oriente Médio e a exposição dos atributos femininos no Ocidente; já Farnaz Jahanbin faz uso de banners reproduzindo imagens emblemáticas da história antiga e moderna do Irã para fazer intervenções gráficas em pintura com a tradicional caligrafia daquele país, aproximando-se paradoxalmente da street art produzida no Ocidente.