Descripción de la Exposición
Toda paisagem retém uma determinada verdade do mundo. No século XIX, os impressionistas abandonaram as verdades da academia, abriram as portas de seus ateliês e foram para as ruas, dedicando-se a saudável pintura "em plein air" a fim de reconstruir o papel da pintura - e da arte - no mundo. A partir dessa paisagem, desse exercício de captar o instante fugidio do mundo, criaram-se as bases que estruturaram o pensamento estético modernista.
Toda pintura é uma experiência do mundo. A pintura é a arte da permanência; une à sensibilidade a razão, revela, "torna visível". Ela enriquece a nossa informação sobre a realidade e alimenta, com informações poéticas e objetivas, a nossa relação com o mundo que nos rodeia. Assim, a pintura é uma maneira de ver, sentir e compreender o mundo, estabelecendo com ele um diálogo onde o acaso e a construção se complementam, onde o conceito e a práxis se unem para a construção de um corpo articulado, inteligente e poético. Todo artista dialoga com a tradição. Eduardo Garcia não teme o passado, ao contrário, faz dele um compromisso para a sensibilização do olhar. Há, em sua ação, uma espécie de aura romântica, um compromisso com a criação do belo e com a revelação de um mundo escondido diante de nosso olhar. Para ele, o artista é um desbravador, um descobridor, e a tarefa maior de seu ofício é desnudar os véus do olhar. A pintura é instrumento de sensibilização, simples e sofisticada como o pão e o vinho.
Exposición. 09 abr de 2018 - 26 may de 2018 / Verve Galeria [ESPACIO CERRADO] / São Paulo, Sao Paulo, Brasil