Descripción de la Exposición
A artista dominou a técnica da gravura quando já era uma consagrada pintora, no final dos anos 60, utilizando-se da serigrafia e da litografia. Porém foi na gravura em metal, a partir de 1987, que encontrou a mesma liberdade do pincel e com a qual seguiu trabalhando. Tomie extraiu todo o proveito sugerido por esta forma de arte: fez uma série em que unia três gravuras de mesma imagem com cores diferentes, resultando em trabalhos com quase três metros de altura; recortou imagens e, ao colocá-las a alguns centímetros da parede, criou novas formas com a sombra produzida pela luz direta; inventou uma obra para duas paredes, trabalhos com dobra em ângulo reto, propondo novas perspectivas. Entre as várias composições reunidas na exposição, que apontam a potência de uma linguagem singular reinventada ao longo de cinco décadas (1969 – 2008), destaca-se ainda o álbum Yu-Gen (1997), composto por doze poemas de Haroldo de Campos, inspirados no Japão, traduzidos no campo plástico por Tomie. Uma obra realizada a quatro ãos, na qual os textos manuscritos pelo próprio poeta também viram imagens e contracenam em equilíbrio com os desenhos e cores criados pela artista.
As gravuras de Tomie ganharam reconhecimento internacional a partir de 1972, quando foi convidada a participar da sala Grafica D’Oggi na Bienal de Veneza - exposição que contou com a presença dos mais importantes artistas do mundo, como os norte-americanos da Pop Art -, além de sua participação na Bienal de Gravura de Tóquio, em 1974, tradicional mostra internacional desta técnica.