Descripción de la Exposición
As observações íntimas de Philippe Van Snick sobre o mundo foram inspiradas por uma combinação de influências, desde teorias matemáticas, filosofia, ciências botânicas, cosmologia e história da arte até seus próprios estudos das minúcias da vida cotidiana. Incorporando essas diversas influências, ele estabeleceu caminhos formais, poéticos e conceituais para pesquisar e desenvolver as possibilidades da experiência visual.
A exposição leva o título da principal obra em exibição no andar térreo, ‘Instability of Fundamentals’, concebida em 1990 e apresentada no mesmo ano na Galeria Zeno X em Antuérpia. Mais tarde, esteve em exibição no Provinciaal Museum Hasselt (1993-1994), na National Gallery durante o 12º Festival Internacional de Inverno de Sarajevo (1996) e no Grazer Kunstverein (2016).
Esta instalação de grande escala consiste em oito blocos pintados de madeira colocados sobre cavaletes, demonstrando as explorações do artista relativas ao dia e à noite, o ritmo das estações e a passagem do tempo.
O posicionamento dos oito volumes assimétricos no espaço é variável. Muitas configurações são possíveis. Como em várias outras obras, Van Snick abraça aqui a dualidade. Há unidade na obra como um todo, mas também na dispersão de seus diferentes elementos.
“Ao apresentar os blocos sobre cavaletes, pude evocar a noção de instabilidade. Um cavalete é um objeto de uso bastante trivial que [é] leve e pode ser movido facilmente, mas também oferece suporte. Os cavaletes significavam que eu poderia fazer flutuar os volumes coloridos, modelar outras constelações com eles. Esse tipo de trabalho nunca começa com 'Vou colocar volumes sobre um cavalete' como uma ideia pré-concebida. A partir da vontade de trabalhar no espaço e de transmitir determinadas ideias, os cavaletes apresentam-se em certo momento do processo de trabalho. Nessa hora você percebe que é possível.”1
Philippe Van Snick tinha um grande interesse em observar o cosmos, o mundo, a sociedade e a vida. Todo sistema possui variáveis que levam a possibilidades dinâmicas e formas de interpretação. Isso implica uma alternância de momentos de instabilidade e estabilidade. Cada elemento de um sistema tem um certo grau de autonomia, embora permaneça parte do todo coletivo.
Uma seleção de desenhos de 2009 a 2017 está exposta no andar inferior. Os desenhos de Van Snick são marcados por um certo grau de abstração. Inspirando-se em seu entorno imediato, ele costumava encenar a natureza em torno de suas casas em Bruxelas e na área de Perigord, na França. Os desenhos de Philippe Van Snick não pretendem reproduzir a natureza, mas estabelecer novas realidades e possibilidades ao incorporar diversas formas ao mundo.
“Jardins são áreas fechadas nas quais plantas e arte se encontram. Eles formam 'culturas', em um sentido descomprometido da palavra.”2
Através de esculturas, desenhos, pinturas, fotografias e instalações, Van Snick eleva os níveis sutis de interação entre homem, arte e natureza. As suas obras parecem ligar passado e presente, o efémero e o eterno, dando lugar a uma poesia que conecta a experiência quotidiana a preocupações universais.
Esta exposição foi organizada em colaboração com Philippe Van Snick Estate.
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1- Philippe Van Snick 'Território'. Uma conversa entre Philippe Van Snick, Wouter Davidts e Eva Wittocx, Kunst Nu, Ghent, S.M.A.K., dezembro de 2000, nº 6, p. 4-9.
2-Peter Sloterdijk: 'Você tem que mudar sua vida' 2009.
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