Gravura pode ser considerado um termo bastante difundido, referido até mesmo a outras formas de reprodução gráfica de imagem, entre elas as mecânicas. No entanto, isso não corresponde à efetiva natureza da gravura, pensada como obra de arte.
A imagem impressa acompanha a humanidade desde seus primórdios. Podemos remontar essa trajetória às primeiras mãos marcadas, por meio de pigmentos, nas paredes de grutas e cavernas. Para abordar esse meio de criação é preciso, portanto, delimitar um escopo. Propomos, assim, um percurso histórico pelas gravuras do Itaú Cultural.
A coleção tem 451 imagens impressas sobre papel e mapeia cinco séculos da produção gráfica europeia. As primeiras imagens são xilogravuras produzidas no século XV. A partir desse período, aprimoram-se as técnicas, são incorporadas inovações e é desenvolvida a linguagem gráfica. Por esse caminho, no século XIX a gravura chega à autonomia.
Para esta mostra, trazemos artistas como Martin Schongauer, Albrecht Dürer, Martin de Vos, Rembrandt...van Rijn, Giovanni Piranesi, Francisco de Goya e Honoré Daumier. Trata-se de um recorte representativo, pela diversidade de técnicas, temas e destinações das gravuras. Esta seleção nos permite pensar na linguagem gráfica e em outros caminhos de leitura e interesse ao longo desse fascinante empreendimento que foi a produção de imagens impressas.
Entrada actualizada el el 05 may de 2018
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