Descripción de la Exposición
Pedro Varela propõe um novo olhar sobre a paisagem em sua quinta exposição individual na Zipper Galeria. Diferentemente de conceitos como “um dado momento do espaço” ou “as formas naturais e culturais visíveis de um determinado lugar”, o artista retrata um panorama informacional, baseado principalmente no conteúdo corrente nas mídias sociais, para formar a sua “Hiper Paisagem”. A mostra inaugura no dia 10 de maio de 2022 e tem texto crítico do curador Shannon Botelho.
A temática da exposição se liga à proposta visual dos trabalhos por meio da técnica empregada pelo artista. Em sua maioria, o conjunto de trabalhos foi produzido a partir de recortes, em tela e papel. Reunidos e amontoados, formam verdadeiras florestas simbólicas, que remetem às formações botânicas retratadas pelo artista em séries anteriores. A representação do imaginário tropical – ou daquilo que se constituiu como discurso dominante em relação aos trópicos, no período colonial – foi objeto de investigação de Pedro.
Agora, o artista faz uma espécie de panorama da história presente do país. Ao invés de plantas inspiradas nos relatos de viajantes, as imagens reúnem conteúdos, escritos ou figurativos, que tratam de uma imensa profusão temática, muitas vezes sarcásticos, contraditórios, irônicos e provocativos.
“Hiper Paisagem” fica em cartaz até 11 de junho de 2022.
Sobre o artista
Pedro Varela (Niterói, Brasil, 1981) vive e trabalha em Petrópolis, Rio de Janeiro. A paisagem é uma espécie de eixo central na produção do artista, que explorando-a por diferentes meios, técnicas e séries. Em seus trabalhos, Pedro Varela apresenta cidades imaginárias que se dissolvem no vazio, florestas tropicais que evocam nossas raízes culturais mestiças e panoramas que tentam abarcar vivências do mundo real e virtual ao mesmo tempo, entre outras paisagens. Atualmente, vem desenvolvendo séries de pinturas monocromáticas e desenhos multicoloridos.
Tem trabalhos em coleções como Coleção SESC (São Paulo-SP); Gilberto Chateaubriand/Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ); Montblanc México (Cidade do México); Sprint Nextel Art Collection, Overland Park; Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro (MAR-RJ).
Entre suas principais exposições destacam-se: "Autofágico", Zipper Galeria, São Paulo, 2019; "Trail with no end in sight", Galeria Enrique Guerrero, Cidade do México, 2019; "Tender Constructions", (Com Carolina Ponte), Cité Internationale des Arts, Gallery 4 and 5. Paris, França; “Pedro Varela”, Zipper Galeria, São Paulo, 2016; "O grande tufo de ervas (Com Mauro Piva)", Galeria do Lago – Museu da república, Rio de Janeiro, 2015; "Crônicas tropicais", MDM Gallery, Paris, 2015; "Tropical", Galeria Enrique Guerrero, Mexico DF, 2014; "Dusk to dawn… Threads of infinity (com [with] Carolina Ponte)", Anima Gallery, Doha, Catar, 2014; "Pedro Varela", Centre Culturel Jean-Cocteau, Les Lilas, 2014; "Pedro Varela", Xippas, Montevidéu, 2013; "Le Brésil Rive Gauche", Le Bon Marché Rive Gauche, Paris, 2013; "Tropical", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2012; "Ficções", Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015; "Anima Gallery two years anniversary", Anima Gallery, Doha, Qatar, 2014'; "Latina", Xippas Art Contemporain, Genebra, 2014; "Repentista", Gallery Nosco, Londres, 2014.
Texto crítico: Shannon Botelho
Shannon Botelho é crítico de arte, curador independente e professor no Departamento de Artes Visuais do Colégio Pedro II (RJ). É doutorando em História e Crítica da Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes/UFRJ em parceria com a École des Hautes Études en Sciences Sociales/CRBC (Paris). É representante do Comitê de História, Teoria e Crítica de Arte da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP). Realiza curso de acompanhamento crítico e teórico para profissionais ligados ao campo cultural do Rio de Janeiro e de São Paulo. Foi curador nas exposições: Abstrato Possível, Concreto Real (MMGV-RJ-2017); Balangandãs (Zipper Galeria-SP 2018); Paisagem Grão de Areia (MMGV-RJ 2018); O que você guarda tão bem guardado (Casa Abaeté – Ribeirão Preto 2019); Da Linha, o Fio (BNDES-RJ 2019), Impulsos Imitativos (MMGV-RJ 2019), Estruturas Improváveis (Casa das Artes- Tavira 2020), Illusions (Zipper Galeria-SP 2021), Malgré le Brouillard (Anne+ Art Contemporain – Paris 2021) e Forma é Afeto (Andrea Rehder-SP 2022).
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