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Hespérides

Exposición / Galeria 111 - Porto [ESPACIO CERRADO] / Rua D. Manuel II, 246 / Porto, Portugal
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Cuándo:
19 ene de 2013 - 23 feb de 2013

Inauguración:
19 ene de 2013

Organizada por:
Galeria 111

Artistas participantes:
João Urbano Melo Resendes - Urbano

       


Descripción de la Exposición

Como para muitos outros seres mitológicos, os especialistas dividem-se na atribuição de paternidade das Hespérides, três deusas e sete ninfas que habitavam perto do Atlas (no extremo ocidente, nas margens do Oceano), num jardim em cujas árvores cresciam frutos de ouro. De acordo com as versões dos especialistas, estas deusas podem ser filhas ou da Noite (Nix) ou da Luz (Éter).

 

Não existe nenhuma narrativa que não recorra a opostos. Como afirma Naomi Klein, «o que nos mantém alerta, orientados e fora de choque é a nossa história», a nossa narrativa. A obra que URBANO hoje apresenta deve ser entendida no seguimento de Europa 2001 onde o Agnus Dei de Zurbaran, com as quatro patas amarradas, surgia como metáfora para dois acontecimentos marcantes daquele ano. Por um lado uma epidemia de febre aftosa que levou ao sacrifício de milhares de animais e por outro a situação em que passariam a estar (a partir do dia 1 de janeiro de 2002) os países da Zona Euro, sendo esse o último ano de preparação para a entrada em vigor da moeda única. Trabalhos em acrílico, folha de prata e ouro e pastel, numa paleta luminosa onde predomina a cor branca, são agora apresentados. As seis árvores que abrem esta nova exposição são assim uma referência aos seis países fundadores da então Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, embrião do que viria a ser a atual União Europeia.

 

Subjaz a esta ideia de Europa (Comunidade Europeia), um pacto de paz entre os governos dos países que lhe pertencem. A verdade contudo é que o Paraíso dourado prometido está a revelar-se um pesadelo, através de uma crise que extrapola as suas fronteiras e alastra mundialmente. Se em 2001 URBANO apresentava na sua obra um animal aprisionado, o que agora mostra são imagens de um mundo idílico que entretanto se revelou absurdo.

 

Esta exposição nasce da mitologia grega, país berço da civilização ocidental, a enfrentar hoje uma dramática ruína. Os deuses de outrora foram substituídos pelos frutos que pendem nas árvores desse pomar no jardim onde habitam as Hespérides, frutos de ouro que por toda a mitologia semeiam guerra e discórdia.

 


Entrada actualizada el el 26 may de 2016

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