Descripción de la Exposición
Are you ready for the Guerrilla Girls? “Vocês estão prontos para as Guerilla Girls?” Com essa pergunta, o coletivo de artistas feministas aceitou o convite de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, e Camila Bechelany, curadora-assistente do MASP, para realizarem sua primeira individual no Brasil. A partir de 28 de setembro, as Guerrilla Girls apresentarão uma retrospectiva com mais de 100 de seus icônicos cartazes, produzidos em cerca de 30 anos de carreira, além de uma performance, que ocorrerá no dia seguinte, com quatro das atuais integrantes do coletivo.
A exposição ocupará o mezanino do 1º subsolo do Museu, onde os cartazes estarão distribuídos em linha cronológica, que percorre as duas paredes do espaço. As obras serão expostas em inglês, com legendas em português. Duas delas, no entanto, serão traduzidas e recriadas em português, com exclusividade para o MASP: Vantagens de ser uma artista mulher [The Advantages of Being a Woman Artist] e o famoso cartaz amarelo com a representação da figura feminina nua da obra A Grande Odalisca (1814), de Jean-Auguste Dominique Ingres, vestida com máscara de gorila. Na composição, as artistas responderão a pergunta: As mulheres precisam estar nuas para entrar no Museu de Arte de São Paulo? [Do women have to be naked to get into Museu de Arte de São Paulo?]. Os dados serão coletados no início de setembro, para que reflitam a realidade do acervo permanente do Museu no período da exposição.
Por meio de performances e cartazes bem-humorados que congregam diferentes vertentes de feminismos, as Guerrilla Girls fazem críticas severas ao patriarcalismo, ao sexismo e à desigualdade de gênero e raça que historicamente permeiam o universo da arte, ressaltando não apenas como artistas mulheres e negras são excluídas do cânone da arte, mas também como o corpo feminino, especialmente o corpo nu, tem sido explorado e objetificado ao longo da história da arte ocidental. Segundo as artistas, seu trabalho tem por objetivo “minar a ideia de uma narrativa dominante para revelar a sub-história, o subtexto, o que é ignorado e a injustiça descarada”.
Sobre as Guerrilla Girls
As Guerrilla Girls formaram-se nos Estados Unidos, em 1985. O coletivo de artistas mulheres feministas mantém o anonimato quanto à identidade e à quantidade de suas integrantes, que costumam utilizar máscaras de gorila em aparições ao público. Ativistas dos direitos humanos, as Guerrilla Girls são uma das principais vozes contra o preconceito de gênero e étnico, bem como contra a corrupção na política, na arte, no cinema e na cultura pop.
As Guerrilla Girls já participaram de mais de 100 projetos, desenvolvendo cartazes, ações, livros, vídeos e adesivos em cidades como Nova York, Los Angeles, Minneapolis, Cidade do México, Istambul, Londres, Bilbao, Roterdã e Xangai, entre outras. Realizaram exposições em instituições como a Tate Modern (2006), o Centre Pompidou (2009-2012), o Istanbul Modern Museum (2006) e a 51º Bienal de Veneza (2005).
Parte importante deste projeto do MASP é a edição do catálogo (MASP, 150 pp.) em versões em português e inglês, com reproduções de todos os cartazes já produzidos pelo grupo, além de uma entrevista com as artistas e textos de Adriano Pedrosa e Camila Bechelany, curadores da mostra. Uma publicação com tal abrangência do trabalho do coletivo é inédita tanto no Brasil quanto no exterior.
A curadoria da exposição é de Adriano Pedrosa, diretor artístico, e Camila Bechelany, curadora assistente do MASP. A expografia é da METRO Arquitetos Associados.
A exposição conta com o patrocínio da Samsung.
Actualidad, 16 oct de 2017
#loquehayquever en Brasil: las Guerrilla Girls aterrizan en el MASP
Por Paula Alonso Poza
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