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Great Moments. Eduardo Batarda nos Anos Setenta

Exposición / Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva / Praça das Amoreiras, 56 - 58 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
01 oct de 2020 - 17 ene de 2021

Inauguración:
01 oct de 2020 / 14 - 19 h.

Horario:
de miércoles a domiingo de 10 a 18 h.

Comisariada por:
João Mourão & Luís Silva

Organizada por:
Fundação Carmona e Costa, Fundação Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva

Artistas participantes:
Eduardo Batarda

       


Descripción de la Exposición

O Museu encerra 2020 com a exposição Great Moments.Eduardo Batarda nos Anos Setenta, com curadoria de João Mourão e Luís Silva e organizada em parceria com a Fundação Carmona e Costa. Eduardo Batarda (Coimbra, 1943) é um artista incontornável do processo de crítica e renovação da prática artística contemporânea que teve lugar em Portugal a partir dos anos sessenta do século XX. Com um percurso académico realizado inicialmente em Lisboa e posteriormente fora de Portugal, no Royal College of Art, em Londres, Batarda cedo deu início ao desenvolvimento de um corpo de trabalho que recusava filiações simplistas e que encetava um olhar simultaneamente crítico, cético, irónico, absurdo e humorístico sobre tudo o que o rodeava, desde a situação política e social do Portugal de então às dinâmicas artísticas suas contemporâneas e nas quais o artista tinha dificuldade em se rever. Great Moments. Eduardo Batarda nos Anos Setenta reúne um momento fundamental da prática do artista, o trabalho realizado quase exclusivamente em aguarela e tinta-da-china sobre papel durante a década de setenta. O título da exposição, claramente irónico, é uma referência a Great Moments in Self-Expression (École Bolognaise), um trabalho de 1973, e assume para si próprio a derisão que caracteriza perfeitamente este momento da carreira do artista. Recorrendo a técnicas e materiais considerados menores, como a aguarela, e a estruturas formais e narrativas alheias ao discurso artístico vigente, como aquelas provenientes do universo da banda desenhada, os trabalhos deste período constituem-se como uma postura claramente antagonista e de rutura com as formas e discursos artísticos considerados relevantes, operando através do que pode ser considerado uma política de terra queimada onde Batarda reconhecia explicitamente e expunha a irrelevância e o seu desinteresse total pelos debates e produção artística da altura. Ainda que o mundo da arte e as suas idiossincrasias se apresentem como alvo do olho e do dedo acusatório do artista, a sua desilusão e crítica vão muito mais além. O Portugal da época, a sua moral e costumes bafientos, a exaustão do regime e a guerra colonial, e até mesmo o ceticismo relativo à promessa democrática são tópicos soberbamente expostos através de espirais narrativas de uma minúcia avassaladora, onde o percurso por vezes metafórico, por outras literal, é sinuoso e caleidoscópico, imersivo e hiperbólico, barroco, surreal e pós-moderno ao mesmo tempo.


Entrada actualizada el el 30 sep de 2020

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