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O segredo profundo do artista reside na capacidade de, com suas obras, pôr os homens na direção de ver plenamente o mundo que os cerca (Rilke)

Assim esse projeto reúne onze artistas envolvidos com a investigação da gravura contemporânea em seu espaço de criação e questões ligadas ao seu ofício.

Biel Carpenter, Eduardo Ver, Eduardo Sancinetti, Ernesto Bonato, Francisco Maringelli, Mauricio Parra, Rafael Casamenor, Sergio Kal, Sergio Niculitcheff, Roberto Stelzer e Ulysses Bôscolo.

Se as idéias para um trabalho de arte nascem da cabeça do artista, o atelier se faz presente entre a o início e a chegada de cada trabalho, ou ... seja, é o hiato necessário para que essas questões tomem forma e se materializem em vida, seguindo assim o seu próprio caminho.

A gravura que emerge de uma superfície dada pelo suporte, sendo esse também singular em sua composição como madeira, metal, acrílico entre outros, tem o olhar que cada artista possui sobre como lidar com a existência das coisas. Universos pessoais, munidos de ferramentas, encontros fortuitos e improváveis de objetos criando outras experiências visuais, pacíficas ou caóticas, convivendo dentro desse espaço que se caracteriza atelier.

Gravame não só reflete sobre a incursão do artista pelo cosmo do atelier, mas propõe que o mesmo de voz ao que aparentemente estava esquecido, como imagem ou objeto significante, trazendo à tona tal qual um tesouro precioso, o comum e o diário.

O poeta alemão Rilke apresenta-nos um exercício do olhar nos dizendo: 'Devemos transformar o nosso olhar para recuperar o encanto, o espanto e a maravilha de ver o belo onde menos esperamos'.

A experiência vivida por cada artista que compõe a mostra se reflete nos trabalhos aqui apresentados.