Esta exposição no Museu de Serralves irá debruçar-se sobre os aspetos gestuais, formais e sociais da conceção de arquitetura de Matta-Clark, ou nas suas palavras, de "fazer espaço sem o construir.” Esta apresentação, composta sobretudo por obras do Gordon Matta-Clark Archive no CCA, irá apresentar fotografias, desenhos e documentos relacionados com os projetos mais importantes do artista, e também os seus filmes comerciais, assim como empréstimos importantes relacionados com a obra pioneira do artista.
A exposição irá explorar o singular sentido de Matta-Clark "dos vazios metafóricos, lacunas, espaços abandonados, lugares que não foram construídos.” A apresentação em Serralves está concebida à volta de uma série de verbos construtivos e destrutivos que definem a conceção do arquitetural do artista: cortar, separar, inclinar, partir, escrever, construir, desenhar, etc. Além de materiais de arquivo e obras importantes deste artista, a exposição vai apresentar uma seleção de obras de outros artistas que criam...um contexto para os cortes literais e metafóricos de Matta Clark, feitos sobre locais de reconstrução e de abandono e em contextos acentuadamente queer e de privação económica.
Esta exposição continua a colaboração entre Serralves e o Canadian Centre for Architecture. Entre as colaborações anteriores contam-se as exposições "O Processo SAAL: Arquitetura e participação 1974-1976”, em 2015, e o "Arquivo de Álvaro Siza Vieira”, em 2016.
A exposição será acompanhada por uma publicação que destacará a abordagem concetual do artista à arquitetura e o seu importante contributo para o pensamento sobre o espaço (in)habitado.
A exposição "Gordon Matta-Clark: Cutting, Splitting, Tilting, Writing, Building, Drawing, Eating” é coproduzida
com a CULTURGEST, Lisboa, onde será apresentada em outubro de 2017.
Entrada actualizada el el 25 ene de 2017
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