Descripción de la Exposición
O FUSO - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa regressa a Lisboa entre os dias 28 de agosto e 2 de setembro para a sua 10ª edição e traz consigo um conjunto de novos programas e projecções inéditas. Este ano, as exibições unificam-se sobre o tema (r)evolução e (r)esistência na videoarte. Com um olhar crítico sobre o mundo contemporâneo, a programação do FUSO 2018 foca a sua atenção em questões em torno da resistência, existência, revolução e evolução.
O festival pretende confrontar linguagens canónicas com as mais contemporâneas, cruzando artes plásticas, performance, cinema, literatura e meios digitais, propondo uma nova interpretação da imagem em movimento no século XXI.
O FUSO abre com um filme de Daniel Blaufuks, Mein Kampf, no dia 28 de agosto, na Travessa da Ermida. Mein Kampf evoca uma poderosa imagem de destruição e reflete sobre alguns dos grandes tabus da nossa sociedade, nomeadamente a proibição de obras literárias de cariz “perigoso”.
A sessão competitiva (Open Call) da edição de 2018 acontece no dia 29 de agosto no Jardim do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT). O festival recebeu 179 inscrições. Foram selecionados 24 vídeos de 28 artistas diferentes, que serão apresentados no dia 29 de Agosto, no MAAT. Os artistas concorrem ao Prémio Aquisição Fundação EDP/MAAT e ao Prémio Incentivo FUSO/RESTART.
Se este festival tem sempre um olhar focado no futuro, esta edição espelha também o passado, e o seu próprio passado. O programa Reload, com curadoria de Marta Mestre, pretende celebrar os artistas premiados no Open Call do FUSO ao longo dos 10 anos, exibindo seus novos trabalhos nas áreas da videoarte e da curta-metragem, em sessão dupla no dia 30 de agosto, no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado.
No Museu Nacional de Arte Antiga, dia 31 de agosto, a resistência é celebrada através do programa Os Cinétracts de Maio de 68: A Revolução no Cinema, de Bernardette Caille. Realizados de forma colectiva e sem assinatura, por vezes por autores conhecidos como Godard ou Chris Marker, durante as manifestações de maio de 1968 em Paris, os cinétracts foram feitos sem qualquer edição, sem som e são agora exibidos pela primeira vez fora do território francês.
Ainda no MNAA, a diretora da Electronic Arts Intermix (EAI), Lori Zippay, apresenta o programa Sensação de Poder: Corpos de Resistência, uma viagem ao núcleo do vídeo ativismo, uma das manifestações mais fortes e originárias da videoarte. Concebido a partir do arquivo da instituição nova-iorquina, os trabalhos usam diversas tecnologias de imagem em movimento e estratégias conceptuais, para dar voz às noções de resistência cultural e ação política, em obras que datam dos anos 60 até à atualidade.
Dia 1 de setembro, no Jardim do Museu Nacional de História Natural e da Ciência é exibido Diálogo de Mãos, um programa de Kiki Mazzucchelli. A curadora toma emprestado o título da obra que a artista Lygia Clark realizou em parceria com Hélio Oiticica em 1966 em que dois participantes cujos pulsos são atados por uma faixa elástica em forma de uma fita de Möbius, para propor uma espécie de livre associação entre trabalhos que exploram o potencial formal, lingüístico e simbólico das mãos na produção audiovisual.
Na mesma noite, a curadora Evanthia Tsantila mostra em Imaginar o Futuro uma Grécia antes e depois da crise internacional que atingiu o país em 2009. O programa traz o olhar discreto e atento, mas também crítico de duas artistas sobre as condições sociais e políticas do mundo onde vivem e, com as suas obras, tentam dar-nos um vislumbre sobre o nosso complexo, obscuro e quase inconcebível presente.
Para encerrar o festival no dia 2 de setembro, no Claustro do Museu da Marioneta, serão apresentadas obras selecionadas pela curadora Reem Fadda. Seu programa Quando descontruímos algo investiga os conceitos da descolonização, investigação forense, desconstrução e objetivo através do vídeo. E questiona de que forma os artistas desenvolveram uma linguagem de filmografia que utiliza o vídeo para apoiar uma ação em contextos humanitários, sociais e políticos.
O anúncio dos vencedores do Open Call 2018 será feito nesta noite de encerramento, no Museu da Marioneta.
Muitos dos curadores responsáveis pelos programas do FUSO 2018 estarão em Portugal e disponíveis para falar à imprensa, nomeadamente: Bernadette Caille (França), Evanthia Tsantila (Grécia), Kiki Mazzucchelli (Brasil), Marta Mestre (Portugal) e Reem Fadda (Jordania).
O FUSO realiza-se de 28 de agosto a 2 de setembro em vários espaços da cidade: Travessa da Ermida, Jardim do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT), Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, Jardim do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e Claustro do Museu da Marioneta.
Dando seguimento ao objetivo do FUSO de divulgar a arte em vídeo portuguesa dentro e fora do país, o festival viaja em setembro ao Brasil (Videobrasil em São Paulo e Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro) para apresentar as obras dos artistas vencedores do Open Call e uma sessão histórica com obras do Ernesto de Sousa. Em outubro vai aos Açores, em novembro estará na Galícia e no início de 2019 será a vez da cidade do Porto conhecer um pouco do festival.
O FUSO - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa é financiado pela Dgartes e está inserido no programa Lisboa na Rua, promovido pela EGEAC.
Exposición. 28 ago de 2018 - 02 sep de 2018 / Varios espacios de Lisboa / Lisboa, Portugal
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