Descripción de la Exposición
O Museu Afro Brasil apresenta, entre os dias 28 de agosto e 5 de dezembro, exposição individual de Frida Orupabo, artista e socióloga radicada em Oslo (Noruega). O evento, que é correalizado com a Fundação Bienal de São Paulo e conta com o apoio internacional do Nordic Culture Fund e Office for Contemporary Art Norway (OCA), é parte da programação da 34ª Bienal de São Paulo Faz escuro mas eu canto, em cartaz no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera e outros espaços culturais da cidade entre 4 de setembro e 5 de dezembro.
“O trabalho de Frida Orupabo amplifica e torna evidentes os violentos processos de objetificação do corpo da mulher negra, desde a época colonial até os dias de hoje”, explica o curador da 34ª Bienal, Jacopo Crivelli Visconti, responsável pela seleção de obras e artistas desta edição da mostra ao lado de Paulo Miyada, Carla Zaccagnini, Francesco Stocchi e Ruth Estévez. Orupabo. A edição desse ano pretende reivindicar o direito à complexidade e à opacidade, tanto das expressões da arte e da cultura quanto das próprias identidades de sujeitos e grupos sociais.
Sobre a exposição
Artista essencialmente digital, no sentido de que a sua prática se alimenta de imagens disponíveis na internet, Orupabo as assimila, elabora e transforma por meio de descontextualizações e colagens. Embora, recentemente, o seu trabalho tenha se desdobrado também em obras físicas, o seu perfil de Instagram (@nemiepeba) continua sendo o “âmbito mais avançado da sua prática”, como afirmou o também artista Artur Jafa, um de seus mentores.
Nesse espaço, desde 2013, Orupabo vem construindo uma espécie de interminável colagem digital, constituída por imagens, textos e vídeos, originais e apropriados, que registram e expõem o legado duradouro do colonialismo em cenas e imagens que vão do racismo e do sexismo mais explícitos a exemplos de violência familiar e questões envolvendo gênero e identidade.
Esse mesmo arquivo digital constitui também o ponto de partida da maioria das suas esculturas, colagens e fotomontagens físicas, nas quais a artista permanece sem acesso ao nome dos seus sujeitos – cujas imagens anônimas e martirizadas são de domínio público e derivadas dos processos coloniais de objetificação. A artista opera enfatizando seu direito a olhar, e não apenas a ser olhados.
“Os meus trabalhos não são silenciosos” – diz ela –, “eles falam para quem olhar para eles. Como as minhas colagens, a maioria das figuras olha diretamente para você; te obriga a vê-las, mas elas também te veem. Criar trabalhos que ‘olham de volta’, para mim, é questionar uma ‘mirada branca’ e sua percepção do corpo negro”.
Embora seu processo de trabalho mantenha uma relação direta com a fluidez da internet, Orupabo utiliza um método de composição quase artesanal. O processo de corte e recomposição das imagens adquire, assim, uma dimensão íntima, pessoal e afetiva, que contrasta com a violência exposta nos corpos fragmentados de mulheres negras, seus membros e troncos reunidos em estranhas, aflitivas marionetes articuladas, cujo olhar imóvel nos acusa.
Exposición. 28 ago de 2021 - 05 dic de 2021 / Museu Afro Brasil Emanoel Araujo / São Paulo, Sao Paulo, Brasil
Exposición. 14 nov de 2024 - 08 dic de 2024 / Centro de Creación Contemporánea de Andalucía (C3A) / Córdoba, España
Formación. 23 nov de 2024 - 29 nov de 2024 / Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía (MNCARS) / Madrid, España