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Footnote 15: A Prototype

Exposición / Galeria Boavista / Rua da Boavista, 47-50 / Lisboa, Portugal
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Cuándo:
19 feb de 2022 - 30 abr de 2022

Inauguración:
19 feb de 2022

Organizada por:
Galerias Municipais - Cámara Municipal de Lisboa - EGEAC - Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural

Artistas participantes:
Ana Cardoso, Eileen Quinlan, Igor Krenz, Jorge Pinheiro, Józef Robakowski, Karin Schneider, Monika Sosnowska, Nicolás Guagnini, Tomás Cunha Ferreira

ENLACES OFICIALES
Web 

       


Descripción de la Exposición

Um protótipo é uma forma inicial dada a um material. Um protótipo pode ser visto como um modelo sujeito a modificação – e pode, ou não, vir a ser desenvolvido. Footnote 15 pretende explorar o prototípico na obra de artistas portugueses, polacos, brasileiros, argentinos e americanos de diferentes gerações, cuja prática tem em comum linguagens vanguardistas assentes em sistemas modulares e na abstração geométrica. Este projeto é uma colaboração em curso entre Ana Cardoso (artista portuguesa que vive em Lisboa e Nova Iorque) e Barbara Piwowarska (curadora polaca que vive e trabalha no Porto, na Casa São Roque). O diálogo entre ambas teve início em 2020, no estúdio de Ana Cardoso em Lisboa. Cardoso mostrou a Piwowarska uma ideia em protótipo para uma exposição na qual as suas e outras pinturas contemporâneas dialogariam com obras abstratas da escultora polaco-russa Katarzyna Kobro, cuja prática se articulou entre o Construtivismo e o Unismo. Por coincidência, Kobro fora também o ponto de partida para o projeto Footnote de Piwowarska, iniciado em 2010 em Varsóvia. Enquanto projeto à margem da história e das vanguardas, explorava a extraordinária e pouco conhecida receção da obra de Kobro na América do Norte e do Sul na década de 90 e início de 2000. Entre as décadas de 1920 e 1930, Kobro desenvolveu as suas composições abstratas relacionando-as com o corpo do observador, unificando tempo e espaço, em defesa do ritmo da vida humana e em diálogo com o legado do Construtivismo, Neoplasticismo e Arte Concreta. É interessante verificar que a sua obra corresponde profundamente às propostas do Neoconcretismo brasileiro da década de 60, e particularmente de Lygia Clark. Cardoso e Piwowarska decidiram desenvolver a etapa seguinte do projeto em Portugal, convidando artistas locais e internacionais a explorar o mesmo tema. Para a exposição Footnote 15: A Prototype [Nota de Rodapé 15: Um Protótipo], Cardoso contribui com uma instalação de vários painéis concluídos em 2022. À entrada, convida a audiência a ativar uma série de telas sobre um plinto (Protótipo), e a experimentar as suas várias possíveis configurações. As esculturas históricas de Kobro, produzidas entre 1922 e 1933, encontram-se presentes na exposição através do documentário Kompozycje przestrzenne Katarzyny Kobro [Composições espaciais de Katarzyna Kobro] (1971), de Józef Robakowski, mas também na instalação vídeo Prostowanie skrzywienia [Correção de Inclinação] (2007), de Igor Krenz, a qual, apresentada num ecrã inclinado, apresenta a sala Neoplasticista do Muzeum Sztuki, em Łódź, concebida por Władysław Strzemiński em 1948. Monika Sosnowska apresenta ainda um esboço para uma escultura e um modelo muito pequeno para a instalação de grandes dimensões Bon Voyage [Boa Viagem], de 2000, que se assemelha às composições espaciais de Kobro ou ainda aos modelos arquiteturais de De Stijl e van Doesburg. Union Gaucha Productions (Karin Schneider e Nicolás Guagnini) contribui com o seu filme experimental Phantom Limb [Membro Fantasma] (1998) no qual, pela primeira vez, as obras de Kobro e Clark são apresentadas em conjunto. Eileen Quinlan participa com cinco painéis de polaroides, incluindo First Things First [Primeiras coisas primeiro lugar] (2022), na sequência da sua anterior série Play Time [Tempo para Brincar] (2014). Os painéis retratam “composições manipuladas” feitas de brinquedos Magna-Tiles, com os quais os filhos da artista brincavam. Jorge Pinheiro, para quem «um objecto é sempre projecto de novo objecto», apresenta desenhos que derivam de sequências de Fibonacci, bem como a sua histórica escultura em vidro acrílico cor-de-rosa (1970) e Protótipo para Madame Butterfly (1970/2010). Tomás Cunha Ferreira, cuja obra tem mantido, ao longo dos anos, um diálogo próximo com a prática de Ana Cardoso, e tem vindo a definir a sua obra como protótipo e «objeto quase-mutante» conclui Footnote 15 com Murmur (2022), uma intervenção site-specific que consiste em pequenos objetos instalados na fase final de montagem da exposição. Footnote é um projecto em curso que aplica uma «metodologia das margens», referenciando instituições, situações e conceitos existentes sob a forma de exposições e intervenções. Iterações anteriores organizadas entre 2010-2021, incluem: Footnote 1: Phantom Limb (CCA Ujazdowski Castle, Varsóvia); Footnote 2: Correction (Silberkuppe, Berlim); Footnote 3: Andrea Fraser (Foksal Gallery, Varsóvia); Footnote 5: Screening Space (MUMOK, Viena); Footnote 6: As Model (Miguel Abreu Gallery, Nova Iorque); Footnote 10: Museum of the Unknown (Centre Pompidou, Paris); Footnote 11: Volodymirskyi Market (Kiev Art Week, Kiev); Footnote 12: No Medium (Academy of Fine Arts / Exhibitions Bureau, Varsóvia); e Footnote 14: Angel of History (Casa São Roque, Porto).


Entrada actualizada el el 22 abr de 2022

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