Exposición en Lisboa, Portugal

Footnote

Dónde:
Caroline Pagès Gallery / Rua Tenente Ferreira Durão, 12 - 1° Dto. [Campo de Ourique] / Lisboa, Portugal
Cuándo:
08 abr de 2017 - 27 may de 2017
Inauguración:
08 abr de 2017
Precio:
Entrada gratuita
Organizada por:
Artistas participantes:
Documentos relacionados:
Descripción de la Exposición
A obra de Teresa Henriques (Lisboa, 1978) tem sido construída numa estreita ligação com a arquitectura, a linguagem e a escultura. O desenho, muitas vezes presente nas suas obras, declara uma consciência do espaço como material de trabalho que a artista utiliza enquanto lugar e elemento da própria obra, presente nas instalações e acções escultóricas que podemos designar como site-specific. A linguagem, a palavra, o seu significado e as referências que cada um destes elementos pode indexar encontram na literatura e na história da arte uma outra componente que configura a prática escultórica desta artista num contexto localizado e preciso, como por exemplo a instalação "Carpe Diem's Drawing", realizada em 2015, em Lisboa, no espaço Carpe Diem Arte e Pesquisa1. A obra que refiro demonstra a metodologia e a métrica que caracterizam o seu processo de trabalho. O lugar como experiência é, por um lado, o concretizado na exposição. Mas ... é, por outro, um esquema mental, um momento de reflexão que se abre como campo de trabalho e de pesquisa no desenvolvimento das suas obras. Pode também ser o espaço urbano, um ponto de observação, ou uma combinação entre a linguagem e diversos conceitos e noções que decorrem da ideia de espaço. Esta exposição, intitulada "Footnote", representa essa rede de ligações nas salas da Galeria Caroline Pagès. Duas palavras constituem-se como o eixo central do trabalho apresentado: "empty" e "weight" (vazio e peso), dois conceitos que estão estreitamente ligados à noção de espacialidade, mas também à consciência da relação desta com o corpo e com a linguagem enquanto índice polissémico de reconhecimento do mundo. As duas palavras foram resgatadas ao dicionário, e as suas definições são elencadas em cada uma das obras. A peça "empty" apresenta-se como a situação espacial mais contraditória, porque a totalidade do texto é aplicada sobre o rodapé de uma das salas, circunscrevendo todo o perímetro de um espaço aparentemente vazio. É inevitável o jogo com o espectador, com o chão e as paredes vazias da sala, mas a tal não pode escapar essa linha gráfica que vai obrigar cada um que entre na sala a ver-se sujeito a uma torção do corpo para observar visualmente o desenho das letras sobre o rodapé e simultaneamente ler o significado que as diversas definições, nalguns casos alteradas pela artista, fazem corresponder a acções, sensações e estados de humor subjectivos. O mesmo se passa na obra "weight", em que a definição gramatical e as correspondentes definições desta palavra são inscritas numa placa de ferro que ocupa quase por completo o espaço do chão de uma das salas da galeria. Esta peça não é um obstáculo que limita o espaço do espectador: pelo contrário, é uma escultura (na tradição minimalista) que faz parte do trânsito do corpo no espaço, acentuando de novo o seu movimento. É uma relação tensional que ocorre sobre essa definição de peso (weight), numa acentuação tautológica entre o peso da obra e o peso do corpo que a observa e se torna parte desta. Mas nas duas obras referidas encontramos correspondências ou contradições. Como exemplo, numa das definições da peça "empty" podemos encontrar a seguinte frase: 'this piece is empty and meaningless'; tal como na peça "weight" nos confrontamos com outra frase: 'any heavy load, mass, or object'. Estes dois elementos, entre outros inscritos nas obras, conjugam referências sobre conceitos que se aplicam ao corpo e ao espaço, ampliando o campo de possibilidades de leitura da obra numa perspectiva conceptual e também poética. A linguagem é aqui uma matéria dúctil, sujeita a transformação e também transformadora pela sua qualidade semântica, extraída a partir da sua definição matricial proveniente do dicionário. De forma semelhante, a obra "Wings", uma escultura de parede constituída por um sistema mecânico que acciona duas asas negras pelo movimento da mão sobre um carreto de pesca, mimetiza o movimento do voo de uma hipotética ave, numa acção que se esgota enquanto possibilidade desse voo, mas que se constitui como embuste perante o nosso imaginário em que o voo é uma pré-existência. A Leveza, o Peso, o Vazio, o Espaço e o Verbo são elementos de um vocabulário corpóreo que Teresa Henriques nos propõe como desafio às nossas expectativas sobre a obra de arte na relação com a vida. João Silvério

 

 

Entrada actualizada el el 21 abr de 2017

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