Descripción de la Exposición
A 3+1 Arte Contemporânea tem o prazer de apresentar a exposição coletiva Feeling time (Sentir o tempo / Tempo de sentir), com obras de Javier Arce (ES 1973), Bobby Dowler (UK 1983), Miguel Marina (ES 1989) e Alberto Peral (ES-BI 1966).
A exposição explora temas relacionados com o reger do tempo, tendo em conta um enquadramento contemporâneo, em relação ao espaço e às percepções que lhe estão associadas. O título Feeling time tem um sentido duplo, fazendo referência ao livro escrito por Amit Yahav (1) com o mesmo nome, e ao acto em si de sentir o tempo, num momento fictício e fantástico. No seu livro, Yahav investiga a forma como os escritores no século XVIII quantificam o tempo de uma forma cronométrica e qual é o efeito disto no individuo.
Através da pintura, escultura e instalação empregues pelos quatro artistas, a exposição procura dar ênfase à ideia de tempo nas abordagens únicas de cada um em relação a este tema e presente nas suas práticas divergentes.
A forma como Miguel Marina encara a pintura enquanto um processo, quase como fazendo marcações, uma vez que cada gesto é ao mesmo tempo parte de uma identidade única e parte de uma composição e paisagem maiores - as pinceladas anteriores informam as seguintes num ritmo contínuo que potencialmente continua num caminho para a tela seguinte. O ambiente doméstico de Javier Arce é a base para a sua obra, onde surge um conflito aparente entre os espaços de natureza e de trabalho: um híbrido entre a sua casa no campo na Cantábria e entre a cidade. Tanto os materiais utilizados na sua pintura recente, ou nas esculturas e instalações, remetem para uma narrativa entrelaçada dos dois.
Também as esculturas de Alberto Peral cruzam dois lugares: o interior e o exterior, por vezes no meio, quer seja numa estrutura já existente ou posicionadas de forma trivial, as obras existem e remetem para um campo espacial que questiona a sua posição contextual. Um entre. Como uma pergunta sem resposta. As suas esculturas questionam a realidade enquanto se dobram, distorcem e espelham, como sósias de si próprias, revelando objectos permutáveis que quase evoluem em frente ao observador. Esta possibilidade variada de interpretações é também evidente no trabalho de Bobby Dowler. O artista caracteriza as suas pinturas como “Pinturas objecto”, uma vez que, procura telas e estiradores entre amigos e colegas para construir os seus trabalhos. Assim, as obras existem entre os campos da pintura e da escultura, resultando numa linguagem renovada que remete para uma história, e talvez para uma ligação, como uma teia de consciências.
(1) Feeling Time: Duration, the Novel, and Eighteenth-Century Sensibility Hardcover – 8 de Maio, 2018 de Amit S. Yahav (Autora)
Exposición. 31 oct de 2024 - 09 feb de 2025 / Artium - Centro Museo Vasco de Arte Contemporáneo / Vitoria-Gasteiz, Álava, España