A quarta exposição individual de PAULO BRIGHENTI na GALERIA BAGINSKI, Família, marca a ruptura e continuidade com o seu trabalho anterior. PAULO BRIGHENTI prossegue a sua exploração da luz enquanto factor de definição e dissolução da imagem visual, agora por via de uma nova relação com a cor.
Em conformidade com os motivos desenvolvidos, os títulos das exposições de PAULO BRIGHENTI recorrem amiúde a imagens de erosão e sublimação, apontando um tempo que é efémero e transitório. Conversamente, em Família, do tempo que - invisível - se deposita em cada trabalho, à sua tradução pela sobreposição dos gestos e formas, o tempo tratado é também o da acumulação e da densidade. O material utilizado - pastel seco, pigmento em pó comprimido em barra - não deixa de desenvolver, pelas suas características intrínsecas, essa dupla condição de ruína e acumulação, quer no momento da aplicação, como no momento do confronto e leitura.
Neste...contexto, a cor actua por semelhante acordo de opostos: entre a forma espacialmente compacta e a natureza vibrátil e relacional da cor; bem como na paleta, simultaneamente económica e exuberante, pela circunscrição de cada pintura a um jogo limitado de cores, e à sua intensa reactividade quando justapostas. Este efeito duplo de contracção e expansão, amplificado pela verticalidade das composições, resulta no progressivo avanço do espaço pictórico à interlocução com o espectador.
Depois de Chama Dupla (2013), Negativland (2010) e The Radiohead series (2006), Família é a quarta exposição individual de PAULO BRIGHENTI na GALERIA BAGINSKI.
Jorge André Catarino
Entrada actualizada el el 29 sep de 2015
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